MAHLER COM GARBO E ELEGÂNCIA NO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO. CRÍTICA DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.

   TMSP, FOTO INTERNET

  
   A música de Mahler é uma das mais complexas do repertório clássico, sua orquestração é impactante:  notas altas rapidamente alternadas com notas baixas , sons inesperados, temas inspirados na literatura, melodias folclóricas e marchas  são algumas das muitas e complexas características mahlerianas.
   A sinfonia número um foi originalmente concebida como poema sinfônico, é inspirada em um amor juvenil, Mahler a revisou algumas vezes e utilizou vários ciclos de canções compostos por ele anteriormente. O público torceu o nariz na estreia da obra e a recebeu com cara de poucos amigos.
   O programa do Theatro Municipal de São Paulo apresentou no fim de semana no dia 1 e 2 de Junho obras de Britten e Mahler, a Orquestra Sinfônica Municipal regida por John Neschling mostra uma evolução permanente nas mãos do competente maestro. O programa começou com a bela musicalidade da obra Four Sea, quatro interlúdios compostos por Britten  e deveras bem executados pela Sinfônica Municipal. Serviu como grande aperitivo para o prato principal. 
  Mahler, foto Internet
   A primeira sinfonia de Mahler trouxe uma musicalidade poderosa, todos os naipes se destacaram pela qualidade da execução . Pequenos erros ocorreram, mas nada  que atrapalhasse em demasia o concerto. A leitura de Neschling da obra segue a linha tradicional, com sonoridade vibrante e uma atenção total a todas as notas da partitura. Toda a tensão da música mahleriana se faz ouvir com clareza, as contradições da música ficam evidentes no terceiro movimento, inocente melodia infantil inspirada em marcha fúnebre.  Destaque positivo foram os metais, no Brasil as grandes orquestras tem dificuldade com esse naipe, os da OSM tocaram com excelência.
Ali Hassan Ayache 

Comentários

  1. Começou a puxar o saco é? Só porque te deixam de fora... Ta querendo fazer lobby. Acorda Ali puxa-saco

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Giovanildo Porungaba3 de junho de 2013 às 14:47

      Quando o ALi critica todos reclamam, quando elogia falam que está puxando o saco... falar sua opinião sempre gera controvérsias...

      Excluir
    2. A opinião de um incompetente nao vale nada.

      Excluir
    3. Já que vc é tão revoltado, por que não mostra a cara? Fazer desaforos anonimamente é muito cômodo!! Aparece, babaca!!! Dá seu nome

      Excluir
  2. Realmente a OSM está mostrando a que fim ela veio, espero que faça um contraponto forte em relação à OSESP, pois a política de aumento abusivo de preços, fim da fila da hora, programas com compositores medíocres, certamente ajudarão ainda mais o Neschling lá no Municipal.
    Um dos maiores talentos do Neschling sem dúvida é a grande qualidade musical de seus programas.

    Espero que essa parceria dure muitos anos e traga bons frutos, pois a atual política da OSESP é elitizante, prioriza uns poucos ricos que são assinantes, desgastam os músicos imensamente, e a qualidade musical da orquestra muitas vezes é desafiada desnessariamente com programas enfadonhos que não acrescentam em nada.
    Gostaria muito de ouvir os Poemas Sinfônicos de Liszt e outros compositores românticos e barrocos que parecem esquecidos pela diretoria da OSESP.
    Vamos torcer para que o Neschiling coloque uma série de órgão aos Sábados pela manhã, pois aquele órgão parado lá no Theatro Mvnicipal é de chorar

    ResponderExcluir
  3. Marcelo Lopes Pereira3 de junho de 2013 às 15:04

    Domingo fui lá e saí muito satisfeito com o desempenho da Orquestra, só espero que o trabalho continue.

    A orquestra Sinfônica Mvnicipal poderá experimentar de agora em diante uma nova "Era de Ouro", e isso só fará bem a música e a Arte.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas