ÓPERA POPULAR POR EXCELÊNCIA. ARTIGO DE ANTÔNIO RODRIGUES NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.
As manifestações populares nada mais são do que, enfim, a ópera do povo brasileiro.
Caros amigos, o nosso site www.movimento.com tem sua sede no Brasil e não poderiam passar despercebidas as manifestações de rua que aconteceram nestes últimos dias. Acho que é nosso dever dar a nossa perspectiva dos acontecimentos. Não é um assunto especificamente de Música Clássica, mas quase seria uma ópera em que os atores e cantores se rebelam contra a direção geral e artística do espetáculo e não dão a menor bola para o maestro.
Para todos nós brasileiros, graças a Deus, como cantam os manifestantes e carregam nos seus cartazes “o gigante despertou”. Despertou quase tarde e, ao mesmo tempo, a tempo e hora. A tal famigerada PEC 37 acaba de ser rejeitada no legislativo, coisa que certamente não aconteceria se a votação acontecesse há 15 dias. Isso é um grande resultado conquistado pelas ruas.
A mobilização começou por causa de aumento de passagens ativada pelo Movimento Passe Livre, mas rapidamente se estendeu, colocando em pauta toda a insatisfação deste povo tão massacrado por impostos (maior carga mundial, cujo resultado ninguém vê), por desmandos nos gastos (quando as verbas nunca chegam ao destino final como deveriam chegar).
Especial e principalmente, por desonestidade, ladroagem, apropriação indevida do dinheiro público por autoridades, deputados, senadores, vereadores, etc… que têm acesso fácil a conchavos politiqueiros. Alguns são ladrões mesmo… não há porque aliviar a palavra. Basta ver as pesquisas que indicam que estas são as instituições menos confiáveis do público.
A multidão, representando os brasileiros, clama por mudanças políticas (voto não obrigatório, melhor representatividade, etc…) e clama por uma reforma judiciária que urge cada vez mais. Vejam todo o esforço, dinheiro e energia gastos com o julgamento do mensalão que, agora, segundo um dos próprios integrantes do STF, corre o risco de ver que, se alguém for preso, isso será apenas daqui a dois anos.
Isso, graças a uma montanha de recursos a que condenados ricos têm acesso. Isso é uma vergonha… UM BASTA AOS RECURSOS. Há que se fazer uma reforma, que impeça que a justiça seja feita por meras falácias.
O que acabou acontecendo neste julgamento do mensalão foi um exemplo para criminosos do tipo. Infelizmente, não um exemplo corretivo e que lhes meta medo, mas um exemplo que prova que eles estão “certos”, ou seja, podem continuar a fazer as malandragens que sempre fizeram, pois não correm risco algum de condenação. Para isso, acredita o povo, serviu o julgamento do mensalão.
Mas, como se disse acima, “o gigante despertou” e já vimos a movimentação do senado que, na pessoa do seu presidente (que aliás não deveria estar lá), tenta lucrar politicamente com várias atitudes pedidas pelos manifestantes, inclusive um projeto do passe livre para estudantes. Mas não vamos nos iludir… ele não é uma pessoa confiável e, certamente, vai manobrar diferentemente, assim que puder. Basta ver a vida pregressa dele.
As manifestações, através de seus líderes, deve estar atentas ao desenrolar destas atividades parlamentares e sair às ruas sempre que as coisas correrem diferentemente da vontade popular. Isso vai dar resultado, como vimos pela rejeição da PEC 37.
Enumeramos algumas coisas importantes e que devem estar sob vigilância contínua:
- ainda temos a PEC 33 para derrubar;
- ainda temos o (não sei como adjetivar essa pessoa) Feliciano;
- ainda temos os temas da mobilidade urbana, onde não basta apenas a redução das passagens pela diminuição dos impostos, pois isso significa que o povo está pagando isso. Ainda ontem, ouvi que o lucro das empresas de ônibus é absurdo;
- ainda temos a educação onde são prioridades não só escolas e materiais, mas principalmente salários dignos para os professores;
- ainda temos a saúde, onde não basta aumentar a quantidade de vagas para médicos, mas sim que as prefeituras ofereçam salários dignos e condições de trabalho com locais próprios e aparelhagens pelo menos básicas, para atraírem os médicos, que também têm direito a uma vida digna. Basta de prefeitos que vivem dizendo que tentaram atrair médicos, mas eles não preencheram as vagas. Vejam os salários e condições oferecidos;
- ainda temos a corrupção com a ladroagem sempre embutida em qualquer obra que se faça neste país;
- ainda temos a reforma judiciária, importantíssima para a efetiva prisão dos condenados;
- ainda temos a luta contra a corrupção, criando meios de vigilância e principalmente de condenação e devolução de dinheiro roubado de nós;
- ainda temos a reforma política, para que os partidos venham realmente a representar a população e não seus interesses escusos, como tem acontecido.
Enfim, são alguns itens, a que se podem acrescentar muitos outros, que servirão de base para as manifestações dirigirem suas forças e não arrefecerem.
Esperamos que o final desta ópera popular seja a contento de todo o povo brasileiro.
Antônio Rodrigues
Fonte: http://www.movimento.com/
Caros amigos, o nosso site www.movimento.com tem sua sede no Brasil e não poderiam passar despercebidas as manifestações de rua que aconteceram nestes últimos dias. Acho que é nosso dever dar a nossa perspectiva dos acontecimentos. Não é um assunto especificamente de Música Clássica, mas quase seria uma ópera em que os atores e cantores se rebelam contra a direção geral e artística do espetáculo e não dão a menor bola para o maestro.
Para todos nós brasileiros, graças a Deus, como cantam os manifestantes e carregam nos seus cartazes “o gigante despertou”. Despertou quase tarde e, ao mesmo tempo, a tempo e hora. A tal famigerada PEC 37 acaba de ser rejeitada no legislativo, coisa que certamente não aconteceria se a votação acontecesse há 15 dias. Isso é um grande resultado conquistado pelas ruas.
A mobilização começou por causa de aumento de passagens ativada pelo Movimento Passe Livre, mas rapidamente se estendeu, colocando em pauta toda a insatisfação deste povo tão massacrado por impostos (maior carga mundial, cujo resultado ninguém vê), por desmandos nos gastos (quando as verbas nunca chegam ao destino final como deveriam chegar).
Especial e principalmente, por desonestidade, ladroagem, apropriação indevida do dinheiro público por autoridades, deputados, senadores, vereadores, etc… que têm acesso fácil a conchavos politiqueiros. Alguns são ladrões mesmo… não há porque aliviar a palavra. Basta ver as pesquisas que indicam que estas são as instituições menos confiáveis do público.
A multidão, representando os brasileiros, clama por mudanças políticas (voto não obrigatório, melhor representatividade, etc…) e clama por uma reforma judiciária que urge cada vez mais. Vejam todo o esforço, dinheiro e energia gastos com o julgamento do mensalão que, agora, segundo um dos próprios integrantes do STF, corre o risco de ver que, se alguém for preso, isso será apenas daqui a dois anos.
Isso, graças a uma montanha de recursos a que condenados ricos têm acesso. Isso é uma vergonha… UM BASTA AOS RECURSOS. Há que se fazer uma reforma, que impeça que a justiça seja feita por meras falácias.
O que acabou acontecendo neste julgamento do mensalão foi um exemplo para criminosos do tipo. Infelizmente, não um exemplo corretivo e que lhes meta medo, mas um exemplo que prova que eles estão “certos”, ou seja, podem continuar a fazer as malandragens que sempre fizeram, pois não correm risco algum de condenação. Para isso, acredita o povo, serviu o julgamento do mensalão.
Mas, como se disse acima, “o gigante despertou” e já vimos a movimentação do senado que, na pessoa do seu presidente (que aliás não deveria estar lá), tenta lucrar politicamente com várias atitudes pedidas pelos manifestantes, inclusive um projeto do passe livre para estudantes. Mas não vamos nos iludir… ele não é uma pessoa confiável e, certamente, vai manobrar diferentemente, assim que puder. Basta ver a vida pregressa dele.
As manifestações, através de seus líderes, deve estar atentas ao desenrolar destas atividades parlamentares e sair às ruas sempre que as coisas correrem diferentemente da vontade popular. Isso vai dar resultado, como vimos pela rejeição da PEC 37.
Enumeramos algumas coisas importantes e que devem estar sob vigilância contínua:
- ainda temos a PEC 33 para derrubar;
- ainda temos o (não sei como adjetivar essa pessoa) Feliciano;
- ainda temos os temas da mobilidade urbana, onde não basta apenas a redução das passagens pela diminuição dos impostos, pois isso significa que o povo está pagando isso. Ainda ontem, ouvi que o lucro das empresas de ônibus é absurdo;
- ainda temos a educação onde são prioridades não só escolas e materiais, mas principalmente salários dignos para os professores;
- ainda temos a saúde, onde não basta aumentar a quantidade de vagas para médicos, mas sim que as prefeituras ofereçam salários dignos e condições de trabalho com locais próprios e aparelhagens pelo menos básicas, para atraírem os médicos, que também têm direito a uma vida digna. Basta de prefeitos que vivem dizendo que tentaram atrair médicos, mas eles não preencheram as vagas. Vejam os salários e condições oferecidos;
- ainda temos a corrupção com a ladroagem sempre embutida em qualquer obra que se faça neste país;
- ainda temos a reforma judiciária, importantíssima para a efetiva prisão dos condenados;
- ainda temos a luta contra a corrupção, criando meios de vigilância e principalmente de condenação e devolução de dinheiro roubado de nós;
- ainda temos a reforma política, para que os partidos venham realmente a representar a população e não seus interesses escusos, como tem acontecido.
Enfim, são alguns itens, a que se podem acrescentar muitos outros, que servirão de base para as manifestações dirigirem suas forças e não arrefecerem.
Esperamos que o final desta ópera popular seja a contento de todo o povo brasileiro.
Antônio Rodrigues
Fonte: http://www.movimento.com/
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