OSB Ópera & Repertório apresenta ‘Jupyra’ e ‘Moema’ no Theatro Municipal.

ÓPERAS NARRAM A HISTÓRIA DE DUAS ÍNDIAS APAIXONADAS. OBRAS TÊM INTENSA LIGAÇÃO COM A HISTÓRIA DO RIO DE JANEIRO
 
Duas joias secretas da ópera nacional serão apresentadas pela OSB Ópera & Repertório, no dia 4 de julho, quinta-feira, às 20h. As duas protagonistas são índias apaixonadas. “Jupyra”, de Francisco Braga, foi executada pela primeira vez no extinto Theatro Lírico do Rio de Janeiro, em 1900, nas comemorações dos 400 anos de descobrimento do Brasil. Já “Moema”, de Delgado de Carvalho, fez parte do programa inaugural do Theatro Municipal do Rio, em 1909. Tragédias de rebeldia e sangue dão o tom desta apresentação da série Ágata, com regência de Silvio Viegas. Quem interpreta os dois papéis centrais é a soprano argentina Florencia Fabris, grande sucesso em papéis dramáticos de peso, como Lucrezia Borgia.
As duas óperas são pontos altos de uma temporada que versa sobre casamentos e traições. Brasileiras, figuram entre preciosidades de Rossini, Britten, Bernstein, Cherivias, Poulenc, Berlioz, entre outras. São cantadas em italiano, embora se ambientem totalmente no Brasil. A primeira narra a história da índia Jupyra, que planeja a morte de seu amante Carlito, que a traíra com a jovem branca Rosália. Ela pede que Quirino o execute, e como prêmio, oferece seu corpo ao capanga. A última apresentação desta peça no Theatro Municipal foi no ano de 1962, com Ida Miccolis e Glória Queiroz. A que vem na sequência desvenda o amor proibido entre a índia Moema e o europeu Paolo. A nativa percebe que a vida de seu amado está ameaçada pelo ódio dos índios Tapyr e Japyr, e então sacrifica sua própria vida para protegê-lo.
“Jupyra”é uma ópera que dialoga diretamente com o Romantismo francês, do ponto de vista musical. Existe, inclusive, uma versão em língua francesa. Já “Moema” é considerada uma verista, na linha da “Cavalleria Rusticana”. Em outras palavras, se aproxima do Realismo, da vida cotidiana das classes marginalizadas, e se afasta dos grandes temas enaltecidos pelo Romantismo.
Uma outra curiosidade importante sobre a apresentação está nas partituras. As duas foram reeditadas muito recentemente, embora as peças sejam tão antigas. A edição de “Moema” foi encomendada pela Fundação OSB a Marcelo Ramos, maestro titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e doutor em regência pela Universidade Ball State. O trabalho do especialista pressupôs profundos conhecimentos de pesquisa musical, para reavaliar erros de harmonia, articulação, dinâmica, entre outras características da audição. Já as notações de “Jupyra” têm pouco mais de 15 anos.
O maestro Silvio Viegas
Atualmente, Silvio Viegas é maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, além de professor de regência na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Foi também diretor artístico da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes, em Belo Horizonte, de 2003 a 2005.
Já regeu importantes óperas, como “A flauta mágica”, “O Barbeiro de Sevilha”, “Carmen”, entre outras. Como convidado, esteve à frente de orquestras como a Sinfônica de Burgas (Bulgária), a Sinfônica do Festival de Szeged (Hungria), Sinfônica Brasileira, etc. Em 2001 obteve o primeiro lugar no Concurso Nacional "Jovens Regentes”, organizado pela OSB no Rio de Janeiro.
Florencia Fabris
A soprano argentina interpretou papéis principais em diversas óperas, como “Madame Butterfly”, “Lucrezia Borgia”, “Bellisario”,entre outras. Pela sua estreia na Orquestra Lírica de Buenos Aires, em“Lucrezia Borgia”, em maio deste ano, a cantora foi aclamada pela crítica por impecáveis interpretação e afinação.
Sobre a Fundação OSB
A Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira é uma entidade sem fins lucrativos, mantida por captação de recursos privados. Através dela são mantidos dois corpos artísticos – a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) e a OSB Ópera & Repertório – além de atividades de cunho educacional, orientadas para a formação de público ouvinte de música clássica. As atividades da Fundação OSB são viabilizadas pelo apoio da Vale, da Prefeitura do Rio de Janeiro, do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de um conjunto de investidores.
Sobre a OSB Ópera & Repertório
A OSB Ópera & Repertório é um dos corpos artísticos da Fundação OSB. Atualmente é composta por 36 músicos. A cada apresentação há um regente convidado. A orquestra tem foco em repertório lírico – as óperas são montadas em versão de concerto, sem encenação e figurino– e em música de câmara. No ano de 2013, os músicos vão apresentar duas séries de concerto no Theatro Municipal: Ônix e Ágata. A temporada é elaborada pelo diretor artístico da Fundação, Pablo Castellar, com consultoria de elenco de André Heller-Lopes, e com a comissão de músicos desta orquestra que atua em caráter consultivo.
SÉRIE ÁGATA
JUPYRA –FRANCISCO BRAGA
MOEMA –DELGADO DE CARVALHO
Quinta-feira, 4 de julho, às 20h, no Theatro Municipal do Rio
Silvio Viegas, regente
Florência Fabris - Moema/Jupyra - soprano
Flavia Fernandes - Rosália - soprano
David Macondes- Tapyr/Quirino - barítono
Eric Herrero -Paolo/Carlito - tenor
Márcio Marangon - Japyr - baixo-barítono
Serviço:
Theatro Municipal do Rio de Janeiro - Praça Marechal Floriano s/nº, Centro
Informações do Theatro: (21) 2332‐9191/ 2332‐9005, a partir das 10h.
Bilheteria: 2332‐9005 / 2332‐9191
Classificação: Livre
Preços: R$ 20 (Galeria), R$ 60 (Balcão Superior), R$ 100 (Plateia), R$ 140 (Balcão Nobre)
Capacidade: 2237 lugares; 456 (plateia); 344 (balcão nobre); 406 (balcão superior); 94
(balcão lateral); 624 (galeria); 100 (galeria lateral); 132 (frisas); 69 (camarotes)
Acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção na entrada lateral do
Theatro na Avenida Rio Branco.
Há serviço de valet gratuito
Descontos: 50% para terceira idade, estudantes, portadores de necessidades especiais e menores de 21 anos.
Programação sujeita à alteração.
Série Ágata
Patrocínio: BG Brasil
Apoio Cultural: Compactor e Credit Suisse
Realização: Ministério da Cultura. A Orquestra Sinfônica Brasileira é mantida pela Vale e Prefeitura do Rio. Apoio financeiro: BNDES. Patrocinador master: Carvalho Hosken
Mais informações pelo site: www.osb.com.br

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