“QI BAIXO E CITAÇÕES – OPINIÕES,EM SUMA” ARTIGO DE MARCUS GÓES NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.

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Li alhures (eta, nomezinho esquisito...) que o regente de orquestra John Neschling, ex-diretor da OSESP , se queixa da opinião do dono de blog Ali Hassan Ayache, o qual, entre outras coisas, teria dito que há “gringo demais na OSESP”. Assino e confirmo o que disse Ali. Aliás , não é ele o primeiro a afirmar tal teratológico fato: o importante regente Maestro Isaac Karabtchevsky já disse a mesma coisa há algum tempo, segundo publicação por mim lida.

Uma orquestra brasileira, um teatro brasileiro, um corpo de baile brasileiro, devem  ser encarados chauvinisticamente, mesmo que, se você contratar vinte Heifetz, dez Casals, cinco Rampals, e por aí, o resultado musical for melhor. Uma orquestra brasileira paga tudo com dinheiro brasileiro, e a excelência ou não do resultado deve ter por principal ponto de referência os artistas que o produzem, os quais obviamente devem ser na grande maioria brasileiros.

O regente Neschling, por falar nele lembremos que foi afastado da OSESP, menciona capciosamete regentes estrangeiros em orquestras norte-americanas, holandesas,inglesas,austríacas, quando não são os REGENTES que são os “ gringos” em demasia da OSESP, e sim os instrumentistas. Ali pode achar que a OSESP e qualquer outra orquestra brasileira soam melhor com maciça maioria de instrumentistas brasileiros.Assim parece aos ouvidos DELE. Ou será que o regente Neschling quer que o  Ali ouça com os ouvidos dele John ?

A mais forte demonstração de baixo QI é achar que sua opinião é a única certa, e cercá-la de referências literárias. O alto QI não precisa desse reforço. Em minha opinião e segundo meus ouvidos  e sentidos,a OSESP nunca foi uma orquestra tão boa quanto a OSB , e o regente Neschling nunca foi tão sensível, musical e eficiente quanto o regente Roberto Minczuk.Essa suposta primazia da OSESP e de Neschling se deve a uma vergonhosa política de agradar (para não dizer nome mais feio) a mídia levando críticos dos principais jornais brasileiros a passear na Europa, nos USA e no Brasil com tudo pago, consoante declarações do próprio Neschling no site “allegro” ,  já não existente.

Em suma, Ali tem o direito de achar que há gringos demais na OSESP , e o regente Neschling não tem nada de vir meter o bedelho no assunto, pois não representa a OSESP nem sei de procuração que esta lhe tenha dado.

Provinciana é a matemática que pretende maior número de búlgaros baratos, coreanos, japoneses, chineses, armênios ou ázeros sentadinhos em frente às estantes de uma orquestra brasileira, de preferência tocando a Catira Batida .

GOTT SOLL ALLEIN MEIN HERZE HABEN

MARCUS GÓES – JUNHO 2013

Comentários

  1. Marcelo Lopes Pereira10 de julho de 2013 às 08:47

    Gostei do artigo, na realidade não vejo nenhum mal na OSESP ter uma grande quantidade de músicos estrangeiros, pois sem dúvida nenhuma eles enriqueceram a OSESP, trouxeram experiências artísticas e escolas de vários lugares e sem dúvida nenhuma somaram em muito. A música clássica de alto nível tem natureza absolutamente apátrida, e nenhuma grande orquestra do mundo hoje possui músicos apenas nativos do país (exceção acredito eu apenas com a orquestra do Dudamel, que ainda precisa melhorar muito).
    Na realidade, acredito eu, a OSESP precisa contratar mais pessoas para que os músicos possam se revezar e estudar mais, pois sem dúvida nenhuma três aprentações (Às vezes quatro por semana) toda a semana acaba sendo cansativo para eles.
    Devemos sim abrir às portas para todos os músicos de todo o lugar do mundo, no entanto precisamos dar às mesmas condições para que os brasileiros possam concorrer em´pé de igualdade e principalmente quem deve sair ganhando é a música e a arte.

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  2. Primeiramente Parabéns ao critico pelos seus 4.5 primaveras.Cada um tem sua opinião o tal renomado maestro, deixou evidente seu incomodo pessoal com o amigo geografo e admirador das artes.O crítico que é gringo,cita que Brasil é uma "gringolândia" e não mentiu.O famoso maestro quer tampar o sol com a peneira deveria ele si emprenhar em usar seu prestigio para conseguir melhorar a infraestrutura na gringolândia e exportar nossos talento que estão ai sobrando mais sem oportunidades de serem vistos.Parabéns pelos 45 anos Ali Ayache.

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