MARIN ALSOP A RAINHA DO CHICOTE OU" MARIN ALSOP CHICOTEIA A ORQUESTRA PARA ENTRAR EM FORMA". ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.
Sala SP, Foto Internet
John Neschling pode ter todos os defeitos do mundo e eu já tive umas encrencas com ele, mas a verdade tem que ser dita e o passado não pode ser apagado. O homem pegou a Orquestra Sinfônica de São Paulo arruinada e fez um excelente trabalho de reestruturação. Em mais de uma década exerceu o cargo de diretor artístico e regente titular e transformou a OSESP em uma orquestra de nível internacional. Debaixo de uma enxurrada de críticas, algumas justas e outras nem tanto, defendeu a bandeira da orquestra e a transformou.
Em conversas com a equipe que trabalhou com John Neschling na OSESP fui informado que ele gostava de casa cheia, o homem fazia de tudo para que todos entrassem e quando as cadeiras lotavam pessoas assistiram aos concertos de pé. Diferente da administração atual que adora a sala vazia e prima pelo esnobismo.
Fazer uma viagem à Europa é excelente para a orquestra, tocar em casas conceituadas também. Mas não é só de excursões que se faz uma grande orquestra. A maestrina Marin Alsop só aparece para reger e nada mais, sei que a OSESP faz um trabalho com jovens, será que a maestrina conhece esse trabalho?
Matéria publicada na revista inglesa The Spectator ( www.spectator.co.uk) diz que Marin Alsop chicoteia a orquestra para entrar em forma (“Marin Alsop whip São Paulo´s orchestra into shape...”) e o pior cita de maneira deselegante o ex-diretor John Neschling dizendo que o “regente anterior da orquestra (sic) era John Neschling, que fez algumas boas gravações, mas que ficou conhecido por seus chiliques que acabaram por afastar os bons solistas de São Paulo". O repórter tem a cara de pau de comparar o trabalho da OSESP com o "El Sistema" venezuelano, não chega nem perto, nem bate na trave, comprar o trabalho feito na Venezuela com a OSESP é chutar a bola pra fora do estádio.
Marin Alsop, foto Internet
Não sei quem passou essas informações ao repórter Damian Thompson, tenho algumas desconfianças, mas posso afirmar que a atual direção capitaneada por Arthur Nestrovsky faz tudo para que o legado de John Neschling junto a OSESP seja esquecido e apagado. Querem mostrar que seu trabalho de anos foi em vão. Lembro que a mais famosa orquestra nacional só faz a excursão para a Europa e toca nas grandes salas de concerto porque John Neschling fez um trabalho primoroso nela. Depois dele tivemos um reinado medíocre de Yan Pascal Tortelier que continua com um cargo na orquestra. A atual diretoria adora inventar um cargo.
Tenho restrições e críticas ao atual trabalho de Neschling no Theatro Municipal de São Paulo e já as expus nesse blog diversas vezes.Discordância é coisa natural da vida. Querer apagar todo um trabalho, que de ensaios em um restaurante e público minguado, fez uma grande orquestra é deslealdade pura, paro por aqui senão começo a escrever impropérios.
Ali Hassan Ayache
Será esse o chicote que a maestrina usa?
Fonte da Revista : http://www.spectator.co.uk/arts/arts-feature/9012021/a-world-class-orchestra-in-the-heart-of-sao-paulos-crackland/
John Neschling pode ter todos os defeitos do mundo e eu já tive umas encrencas com ele, mas a verdade tem que ser dita e o passado não pode ser apagado. O homem pegou a Orquestra Sinfônica de São Paulo arruinada e fez um excelente trabalho de reestruturação. Em mais de uma década exerceu o cargo de diretor artístico e regente titular e transformou a OSESP em uma orquestra de nível internacional. Debaixo de uma enxurrada de críticas, algumas justas e outras nem tanto, defendeu a bandeira da orquestra e a transformou.
Em conversas com a equipe que trabalhou com John Neschling na OSESP fui informado que ele gostava de casa cheia, o homem fazia de tudo para que todos entrassem e quando as cadeiras lotavam pessoas assistiram aos concertos de pé. Diferente da administração atual que adora a sala vazia e prima pelo esnobismo.
Fazer uma viagem à Europa é excelente para a orquestra, tocar em casas conceituadas também. Mas não é só de excursões que se faz uma grande orquestra. A maestrina Marin Alsop só aparece para reger e nada mais, sei que a OSESP faz um trabalho com jovens, será que a maestrina conhece esse trabalho?
Matéria publicada na revista inglesa The Spectator ( www.spectator.co.uk) diz que Marin Alsop chicoteia a orquestra para entrar em forma (“Marin Alsop whip São Paulo´s orchestra into shape...”) e o pior cita de maneira deselegante o ex-diretor John Neschling dizendo que o “regente anterior da orquestra (sic) era John Neschling, que fez algumas boas gravações, mas que ficou conhecido por seus chiliques que acabaram por afastar os bons solistas de São Paulo". O repórter tem a cara de pau de comparar o trabalho da OSESP com o "El Sistema" venezuelano, não chega nem perto, nem bate na trave, comprar o trabalho feito na Venezuela com a OSESP é chutar a bola pra fora do estádio.
Marin Alsop, foto Internet
Não sei quem passou essas informações ao repórter Damian Thompson, tenho algumas desconfianças, mas posso afirmar que a atual direção capitaneada por Arthur Nestrovsky faz tudo para que o legado de John Neschling junto a OSESP seja esquecido e apagado. Querem mostrar que seu trabalho de anos foi em vão. Lembro que a mais famosa orquestra nacional só faz a excursão para a Europa e toca nas grandes salas de concerto porque John Neschling fez um trabalho primoroso nela. Depois dele tivemos um reinado medíocre de Yan Pascal Tortelier que continua com um cargo na orquestra. A atual diretoria adora inventar um cargo.
Tenho restrições e críticas ao atual trabalho de Neschling no Theatro Municipal de São Paulo e já as expus nesse blog diversas vezes.Discordância é coisa natural da vida. Querer apagar todo um trabalho, que de ensaios em um restaurante e público minguado, fez uma grande orquestra é deslealdade pura, paro por aqui senão começo a escrever impropérios.
Ali Hassan Ayache
Será esse o chicote que a maestrina usa?
Fonte da Revista : http://www.spectator.co.uk/arts/arts-feature/9012021/a-world-class-orchestra-in-the-heart-of-sao-paulos-crackland/
Disagreement is a natural thing in life? Follow this blog a while, and specifically this text seems not written by the author.
ResponderExcluirWe humans know disso.O common problem is that there are creatures who can only live around people who do not have disagreements, objections nor opnion and adverse attitude.
Sometimes use the "reins short" or "The Whip" is necessary, since many UNFORTUNATELY, this means arttistico, has the syndrome of Dorival Caymmi song:
I was born so I grew so
I am still
I will always be so.
Esse artigo é muito bom, porém a política de elitização da OSESP é clara. O fim do ingresso da hora serve apenas para esvaziar a casa.
ResponderExcluirO público de música clássica é restrito e ela, ao contrário dos que os capitalistas imaginam, não é uma fonte de lucros fáceis como os musicais bobos que infestam São Paulo bem como shows megalomaníacos que não enriquecem a cultura de ninguém. Uma orquestra como a OSESP precisa de um público fiel que frequente a Sala pelo menos uma vez por semana, fato esse muito difícil devido ao elevadíssimo preço dos ingressos.
Os ingressos mais baratos do Cultura Artística para recitais de piano e música de Câmara já estão mais em conta que os ingressos mais baratos da OSESP para o mesmo tipo de evento. Espero que a atual administração ponha sua mão na consciência e entenda que os ingressos devem ser mais acessíveis e um concerto com uma Hélène Grimaud com uma sala parcialmente vazia sem dúvida nenhuma desmotiva grandes solistas de virem a São Paulo, enquanto isso o Neshiling faz de tudo para lotar o Theatro Mvnicipal, quero ver se no ano que vem ele coloca as óperas de Sábado no mesmo horário da OSESP, pois nesse ano assistimos À OSESP e depois vamos ao Mvnicipal se o Neschiling mudar de ideia e os preços continuarem assim salgados teremos uma Sala triste e vazia
Bravo!
ResponderExcluirNegar as qualidades de gestões anteriores parecem ser uma tradição nacional! Talvez esteja relacionado ao ego imenso dos diretores artísticos e maestros que navegam por nossas terras. A gestão de maestro Eleazar De Carvalho, em que pesem os últimos anos de penúria institucional maldosamente impingidos pelos sucessivos secretários de estado da cultura, perseguiu a excelência artística. De Carvalho, o único desses maestros a realmente possuir carreira internacional de primeira linha, trabalhou intensamente na formação de plateia com uma programação instigante, equilibrando repertório contemporâneo, monumentos da música clássica e incentivo a jovens talentos. Suas integrais de Beethoven, Mahler etc. educaram gerações de músicos e público. Houve momentos balouçantes, é verdade, em especial nos últimos anos. Com salários em torno de R$ 1500 para instrumentistas e R$ 2500 para o regente titular (podem acreditar, meninos eu vi e vivi!), cachês de solistas e regentes convidados com atrasos de quase um ano, o embate de maestro Eleazar nos últimos anos foi heróico. No entanto, a administração Neschling fez o possível para apagar sua memória e a presença de qualquer um, artista ou técnico, que remetesse ao brilho de maestro De Carvalho. Neschling parece inteligente e culto. Com certeza leu "O Príncipe". Agora padece do mesmo mal. Sua contribuição, polêmica como sói acontecer, foi essencial para profissionalizar a estrutura da OSESP. Não podemos negar que, como diretor artístico, Neschling conhece e tem experiência na vida orquestra, além de saber música! Isso poderia ser afirmado de outros diretores artísticos que andam por aí?
ResponderExcluirA publicação sai como Unknown, mas como não tenho nada a esconder, assino,
Branco Bernardes
Em minha opinião a maestrina Marin Alsop poderia dar mais atenção à Osesp para que os músicos se sentissem mais motivados e assim contribuindo para que a Sala São Paulo ficasse sempre cheia.Cansei de presenciar concertos com a Marin regendo e a Sala quase vazia.Lamentável.
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