NELSON FREIRE, UM ARTISTA NO AUGE. BEETHOVEN, CHOPIN E OSESP. CRÍTICA DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.
As duas apresentações do pianista Nelson Freire com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo intituladas de Concerto Pré-Turnê Europa 2013 foram uma grata surpresa que não constava na programação inicial. Não é todo dia que se pode ver a apresentação de um dos maiores pianistas da atualidade. Preparatória para a hiper valorizada turnê à Europa (para a direção tocar na Europa é mais importante que toda a temporada no Brasil) mostra ao público brasileiro o que a galera do velho continente verá da OSESP.
Felizmente o que eles verão é uma OSESP com sonoridade impecável, que consegue uma musicalidade única acompanhada de um solista no auge. Vimos isso nos dois dias com a obra de Ludwig van BEETHOVEN em seu Concerto nº 4 Para Piano em Sol Maior, Op.58 e na obra de
Nelson Freire , foto Internet
O que falar do mineiro Nelson Freire, seu toque ao piano é seguro e tira dele notas que empolgam. Sua técnica é delicada que consegue extrair refinamento da música de Beethoven e de Chopin, os diálogos com a orquestra mostraram pequenas falhas que podem corrigidas nas próximas apresentações. No final do Beethoven ele fez cara de poucos amigos à maestrina,
Disse ele uma vez que não se dá bem com os pianos da Sala São Paulo, imagina se eles se dessem bem! Nelson Freire, um pianista no auge de sua arte, técnica rara e inspiradora que emociona e leva o ouvinte a sentir a completa magia da música. Sorte nossa e sorte dos europeus de poder ouvir um talento como ele.
Outro destaque da apresentação foi a Sinfonia nº 1 em Ré Maior - Titã de Gustav MAHLER, a OSESP se mostrou com grande sonoridade em uma peça pra lá de complicada. Música inspirada em Richard Wagner que conta com elementos da natureza em sua composição. Uma tempestade sonora em diversas passagens e um silêncio no fim do terceiro movimento interrompido por uma paulada de fazer disparar o coração no início do quarto. Marin Alsop realçou os tons da música de Mahler e conseguiu com sua orquestra exprimir toda a complexidade e simplicidade da música alemã.
Mahler, Foto Internet
Já ia me esquecendo, tivemos na abertura dos dois dias a obra Terra Brasilis - Fantasia sobre o Hino Nacional Brasileiro de Clarice ASSAD. Pequena peça com temas do Hino Nacional excelentes para europeu ouvir.
Ali Hassan Ayache
Felizmente o que eles verão é uma OSESP com sonoridade impecável, que consegue uma musicalidade única acompanhada de um solista no auge. Vimos isso nos dois dias com a obra de Ludwig van BEETHOVEN em seu Concerto nº 4 Para Piano em Sol Maior, Op.58 e na obra de
Frédéric CHOPIN, Concerto nº 2 Para Piano em Fá Menor, Op.21. A sonoridade da OSESP foi única, volume e tempos precisos com luminosidade nos andamentos e uma regência precisa de Marin Alsop.
Disse ele uma vez que não se dá bem com os pianos da Sala São Paulo, imagina se eles se dessem bem! Nelson Freire, um pianista no auge de sua arte, técnica rara e inspiradora que emociona e leva o ouvinte a sentir a completa magia da música. Sorte nossa e sorte dos europeus de poder ouvir um talento como ele.
Outro destaque da apresentação foi a Sinfonia nº 1 em Ré Maior - Titã de Gustav MAHLER, a OSESP se mostrou com grande sonoridade em uma peça pra lá de complicada. Música inspirada em Richard Wagner que conta com elementos da natureza em sua composição. Uma tempestade sonora em diversas passagens e um silêncio no fim do terceiro movimento interrompido por uma paulada de fazer disparar o coração no início do quarto. Marin Alsop realçou os tons da música de Mahler e conseguiu com sua orquestra exprimir toda a complexidade e simplicidade da música alemã.
Mahler, Foto InternetJá ia me esquecendo, tivemos na abertura dos dois dias a obra Terra Brasilis - Fantasia sobre o Hino Nacional Brasileiro de Clarice ASSAD. Pequena peça com temas do Hino Nacional excelentes para europeu ouvir.
Ali Hassan Ayache
Vou fazer minhas observações:
ResponderExcluirSem dúvida nenhuma tivemos um dos melhores desempenhos que a OSESP nos últimos anos nesses dois dias, seria muito bonito se a "modelagem" do som sempre fosse assim. Falar do Nelson Freire é muito simples, perfeição resume tudo, sua execução foi pura magia, simplesmente divina um presente para sempre, sem preço !
Infelizmente sabemos que isso é muito difícil devido a grande carga de trabalho a qual os músicos são submetidos.
Na minha opinião os músicos são todos grandes artistas merecendo mais folgas e tempo de estudo, seria interessante a contratação de mais músicos para que houvesse um maior revezamento entre os artistas. Afinal, eles não são meros bancários (que trabalham duramente submetidos a metas cruéis, falo com propriedade pois já trabalhei em três bancos)
ou unidades de produção como pensam alguns !
Quero desejar a todos vocês, músicos da OSESP uma ótima recepção na Europa e saibam que aqui no Brasil vocês têm um público que ficará com muitas saudades, como uma forma de intercâmbio saudável, durante a ausência da OSESP, teremos a Orquestra de Minas e torço para que eles também façam muito bonito por aqui.