AOS COMPETENTES A DEMISSÃO, JAMIL MALUF É AFASTADO DA ORQUESTRA EXPERIMENTAL DE REPERTÓRIO. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.
Quando John Neschling assumiu a direção artística do Theatro Municipal de São Paulo já era esperado um monte de polêmicas e mudanças drásticas. Todos sabem que Joninho adora uma encrenca. O regente sempre se supera e qualquer um que possa estar a sua sombra no Theatro Municipal de São Paulo é afastado, demitido ou defenestrado.
Orquestra Experimental de Repertório, foto Internet.
Ano passado tivemos o afastamento do regente do Mário Zaccaro do Coral Lírico, trabalho competente é premiado com demissão no Teatro Municipal. Recebi estarrecido a notícia que o maestro Jamil Maluf foi afastado da direção da Orquestra Experimental de Repertório, esta fundada por ele nos anos noventa. E o pior e mais alarmante, segundo o site da rádio Cultura FM essa decisão foi à revelia dos conselheiros da Fundação do Theatro Municipal. Para que servem esses conselheiros? Esse conselho é só para inglês ver.
John Neschling já tentara ano passado mandar a Orquestra Experimental de Repertório para o distante teatro Paulo Eiró para ela cair no ostracismo, não conseguiu. Não satisfeito conseguiu agora afastar Jamil Maluf da direção da orquestra e para não perder o habito cancelou a ópera Satyagraha de Philip Glass, esta escolhida e a ser dirigida por Jamil Maluf.
A questão que nunca se cala, por que John toma essas medidas? Segundo informações oficiais isso visa a integração dos corpos estáveis e a Experimental terá uma função pedagógica e se apresentará em teatros de Bairro e CEUs. Tudo balela para ser publicado na Revista Concerto.
Aqui você sabe a verdade amigo, só existem duas explicações plausíveis para a demissão do maestro Maluf : Sua competência, ele com uma orquestra de jovens conseguiu uma sonoridade melhor que a Orquestra Sinfônica Municipal de Neschling, seu trabalho à frente da orquestra sempre superou em muito a orquestra titular da casa. Maluf rege melhor e consegue extrair mais dos músicos em concertos. Quando o assunto é música de ópera Maluf ganha de goleada de Neschling. É sabido que John não gosta de concorrência.
Outro detalhe que chama a atenção é que mandando a Experimental para teatros e CEUs da prefeitura e deixando-a a cargo da Secretaria da Educação Municipal sobram mais recursos para a Fundação do Theatro Municipal contratar cantores estrangeiros para papéis minúsculos. Vejo a Orquestra Experimental de Repertório fadada ao desaparecimento lento e gradual.
Jamil Maluf, foto Internet.
Enquanto isso no maravilhoso mundo das redes sociais o diretor artístico do Municipal anuncia com orgulho ingressos esgotados para as duas apresentações da Trilogia Romana e nem sequer cita o nome do compositor da obra Ottorino Respighi. Pede a todos para divulgar a abertura de uma récita extra para o próximo dia 18 como se nada acontecesse no Theatro Municipal de São Paulo. Ainda bem que o cargo de diretor artístico do Theatro Municipal não é vitalício.
Ali Hassan Ayache
Orquestra Experimental de Repertório, foto Internet.
Ano passado tivemos o afastamento do regente do Mário Zaccaro do Coral Lírico, trabalho competente é premiado com demissão no Teatro Municipal. Recebi estarrecido a notícia que o maestro Jamil Maluf foi afastado da direção da Orquestra Experimental de Repertório, esta fundada por ele nos anos noventa. E o pior e mais alarmante, segundo o site da rádio Cultura FM essa decisão foi à revelia dos conselheiros da Fundação do Theatro Municipal. Para que servem esses conselheiros? Esse conselho é só para inglês ver.
John Neschling já tentara ano passado mandar a Orquestra Experimental de Repertório para o distante teatro Paulo Eiró para ela cair no ostracismo, não conseguiu. Não satisfeito conseguiu agora afastar Jamil Maluf da direção da orquestra e para não perder o habito cancelou a ópera Satyagraha de Philip Glass, esta escolhida e a ser dirigida por Jamil Maluf.
A questão que nunca se cala, por que John toma essas medidas? Segundo informações oficiais isso visa a integração dos corpos estáveis e a Experimental terá uma função pedagógica e se apresentará em teatros de Bairro e CEUs. Tudo balela para ser publicado na Revista Concerto.
Aqui você sabe a verdade amigo, só existem duas explicações plausíveis para a demissão do maestro Maluf : Sua competência, ele com uma orquestra de jovens conseguiu uma sonoridade melhor que a Orquestra Sinfônica Municipal de Neschling, seu trabalho à frente da orquestra sempre superou em muito a orquestra titular da casa. Maluf rege melhor e consegue extrair mais dos músicos em concertos. Quando o assunto é música de ópera Maluf ganha de goleada de Neschling. É sabido que John não gosta de concorrência.
Outro detalhe que chama a atenção é que mandando a Experimental para teatros e CEUs da prefeitura e deixando-a a cargo da Secretaria da Educação Municipal sobram mais recursos para a Fundação do Theatro Municipal contratar cantores estrangeiros para papéis minúsculos. Vejo a Orquestra Experimental de Repertório fadada ao desaparecimento lento e gradual.
Jamil Maluf, foto Internet.
Enquanto isso no maravilhoso mundo das redes sociais o diretor artístico do Municipal anuncia com orgulho ingressos esgotados para as duas apresentações da Trilogia Romana e nem sequer cita o nome do compositor da obra Ottorino Respighi. Pede a todos para divulgar a abertura de uma récita extra para o próximo dia 18 como se nada acontecesse no Theatro Municipal de São Paulo. Ainda bem que o cargo de diretor artístico do Theatro Municipal não é vitalício.
Ali Hassan Ayache
Você já perguntou para os bolsistas o que eles sentem? Você já acompanhou o que aconteceu quando ele foi diretor da casa? E a história da puxada de tapete com o Ira Levin? E quando ele colocou a sinfônica municipal em segundo plano e a Oer em primeiro? Quantas vezes enquanto músico da Oer tive que voltar de vários festivais em que estava para fazer ensaios pra encher linguiça, quantos amigos que ganharam bolsa para festivais de música no exterior e foram convidados para solar com outras orquestras jovens vi receber um grande não sem ao menos um desculpe, quando ele exigiu uma certa exclusividade pagando mil reais, quando ele manobrou para tirar os músicos de outras orquestras semiprofissionais da Oer, ou então falava que não podíamos fazer cachê em outras orquestras? Isso ninguém vê, além do que , dizer que a Osm do Neschling soa pior que a Oer? Você está precisando ir para um sanatório...
ResponderExcluirNeschling e seus fãs, tsc tsc tsc...
ResponderExcluirNão sou fã de ninguém, só vi isso acontecer com vários amigos e comigo...
ExcluirCalúnias, sr. Anônimo. Eu sei como um bolsista se sente! O Jamil possuia essa rigidez sim, mas claramente com o intuito de preservar o próprio corpo orquestral, de não ter desfalques. Não era uma maldade gratuita, mesmo que muitas vezes incompreensível e revoltante para um jovem músico. O resultado sempre foi brilhante e MUITAS vezes superior a OSM, sobretudo há uns anos atrás. O fato é que de qualquer forma, NADA DISSO LEGITIMA SUA DEMISSAO. Ninguém é um ser humano perfeito, mas a dedicação do Jamil é impar e deveria ser valorizada como tal. Sua demissão só poderia ser realidade nessa terra de ninguém mesmo. Onde já se viu? Conferir-se tanto poder ao Neschling, como se somente sua visão fosse merecedora de crédito, como se tudo o que existiu antes dele não valesse nada. Isso está errado. Não se mexe em estruturas assim profundas sem considerar todo o trabalho realizado. Sem valorizar os artistas da casa, que tiraram leite de pedra durante décadas. Como disse o Ali, o futuro da OER é sombrio, e em vez de duas sinfônicas na casa, haverá somente uma, a outra será utilizada para fins exclusivamente pedagógicos. Como pode ser boa essa condenação ao ostracismo? Quem vai "cuidar" da OER melhor que o Jamil, com o mesmo carinho? Ninguém. Eu não gostaria de ser bolsista lá hoje.
ResponderExcluirOlá, Anômimo! Tudo bem? Fiquei com vontade de te conhecer mas confesso que ao começar a ler os seus comentários, a vontade passou. Você deve ser muito bom mesmo para julgar um maestro da envergadura do Jamil Maluf, hein? Já se candidatou a secretário do Neschling? Quem sabe seja menos frustrante do que a sua carreira como musicista?
ResponderExcluirO trabalho do Jamil está fora da capacidade de compreensão e quiçá de críticas de pessoas comuns. E um anônimo, meu caro, é menos do que uma pessoa comum.
E vc Fábio já se canditatou a secretário do Jamil??? a postura do Neschling não foi correta, pois desvalorizou o trabalho do Jamil de anos de dedicação, comprometimento, porque ele ama a OER e isso é inegável...mas vamos combinar que ele não é nenhum santo...
ExcluirNa verdade, Sr. Anônimo, eu agradeço pela indicação mas eu não preciso do emprego porque o meu salário é bem maior do que o de um secretário ou músico. Pode se candidatar...rs
ResponderExcluirSinceramente, eu não lembro de ter escrito nada sobre "santo". Você sabe ler algo além de partitura? Entenda que em toda empresa existem regras, independentemente se as pessoas concordam ou não com elas. Também existem pessoas, que se comportam diferentemente umas das outras e nem por isso são melhores ou piores. E o Municipal não é diferente disso.
Brincadeiras a parte, admiro o respeito que demonstrou pelo trabalho dele.
As mudanças sempre são bem vindas, o ruim é a forma como acontecem ;-)
Parabéns pelo salário Fábio! Dessa forma vc tem tempo disponível pra ficar com a bunda numa cadeira na frente de um PC questionando assuntos que vc n conhece não tem vivência! Eu adoraria que vc tivesse ao menos uma vocação na sua vida além de ser ironico...e fosse um bolsista sob a batuta do Jamil...com seu belo salário você tem condições de se cadidatar a assessor dele, mas você não precisa né querido?! seu tempo é muito bem utilizado...
ResponderExcluirReafirmo que admiro o trabalho e talento dele.
Mas no TM tem pessoas que se acha intocável, e quando as coisas acontecem acham ruim a forma que elas acontecem.
O Nosso amigo João N. é aquele que coloca mulher pelada e historinha de vampiro na Obra prima de Mozart (Bodas de Fígaro) ? Lamentável. Pena que somos nós que pagamos tudo isso monetariamente e culturalmente.
ResponderExcluirReclamar de estética já é demais,não estou defendendo ninguem, por favor, muitos pintores, diretores, etc etc e etc, utilizaram essa estética pelo mundo inteiro, você nem sabe o nome da ópera em que isso ocorreu e alias, ocorreram varias vezes em varias óperas no proprio TM, a função da arte não é só agradar, é também criar questionamentos, inquietações, se você quiser tudo "bonitinho, do seu agrado e politicamente correto", existem vários DVDs do André Rieu que podem te agradar!
ExcluirA questão é: querem substituir? Então, substituam (e dêem a desculpa esfarrapada que quiserem depois), contanto que façam tudo dentro da lei. E a lei (no caso, o Estatuto da Fundação Theatro Municipal) vem sendo desrespeitada, pois ela determina que as indicações de maestros para os corpos artísticos têm que ser submetidas à aprovação do Conselho Deliberativo, como disse o Wladimir Safatle, que é um dos conselheiros, em entrevista à Rádio Cultura FM. Esta já é a terceira substituição de maestro que se faz no Municipal sem passar pelo tal Conselho. As outras duas foram no Coral Lírico e no Coral Paulistano. E depois ainda vêm com conversa de moralização, transparência e etc.
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