ITÁLIA NA COPA, NO TMRJ.

Francesca Dego e um violino Stradivari em concerto no Rio de Janeiro.


Um autêntico violino Stradivari do Museu do Violino de Cremona e uma intérprete de exceção, Francesca Dego, voarão para o Brasil e serão protagonistas  de “Itália na Copa“, projeto da Embaixada da Itália com finalidade de promover as excelências italianas em ocasião da Copa do Mundo de Futebol.
Os refletores do Theatro Municipal do Rio de Janeiro irão iluminar a violinistaFrancesca Dego e a pianista Francesca Leonardi (duas das artistas mais importantes do panorama dos concertos internacionais) e o Stradivari “Vesuvius”, de 1727, protagonistas de um amplo acervo musical de Beethoven a Respighi, passando por Tartini e Sarasate.
No mesmo dia, às 15h, no Consulado Geral da Itália, a cidade de Cremona(recentemente inscrita no Patrimônio Mundial imaterial da UNESCO para o “ Saper Fare Liutario”- saber fazer violino ) e o Museu do Violino serão apresentados aos jornalistas, ao mundo da cultura e às empresas. O Museu, elemento principal do encontro, é o catalisador entre a tradição de fabricação de violinos da cidade, que tem suas raízes no Renascimento, e os artesãos contemporâneos.
Estarão presentes os célebres oradores: Virginia Villa, Diretora-Geral do Museu, e o conservador das coleções Fausto Cacciatori. Não faltará o momento musical: Francesca Dego alternará o violino “Stradivari “ com o violino de Marcello Ive, vencedor do Concurso Internacional Trienal , considerado o campeonato mundial dos “liutai” fabricantes de violinos . Os dois instrumentos representam uma história contínua de habilidosos artesãos e de competência, paixão, orgulho e determinação que lhes permitiu obter uma notoriedade inquestionável. Esta fascinante história de cinco séculos é narrada pelo Museu do Violino.
A profundidade das raízes – observa Virginia Villa faz com que seus frutos sejam contínuos e variados: das pequenas oficinas artesanais renascentistas aos laboratórios contemporâneos, desenvolve-se uma linha equilibrada de arte e artesanato, criatividade e tradição, história e território, com a qualidade das matérias-primas e técnicas de produção. Por esta razão, quanto mais a arte da fabricação de violinos transforma-se em uma arte global, mais Cremona consolida a sua liderança neste setor. O Museu do Violino, através de abordagens multidisciplinares e fortes laços locais, reforça o valor da escola da cidade de ontem e de hoje, no interesse da economia da cultura, ou seja, um patrimônio constituído não somente de bens históricos e artísticos, mas também de habilidades únicas que devem representar uma linha dinâmica ativa com a capacidade de criar valor e desenvolvimento local. “
Considero um privilégio colaborar com o Museu do Violino de Cremona para a realização deste concerto com características extraordinárias e únicas. – observaRaffaele Trombetta, embaixador da Itália no Brasil – É o exemplo do espírito de Itália na Copa que, em um esforço coletivo do sistema público italiano no Brasil , do setor privado italiano e ítalo-brasileiro, manifestou a intenção de trazer para este país, o melhor das expressões tradicionais e contemporâneas da cultura italiana. O fato de que um violino de valor histórico, como o Stradivari “Vesuvius”, de 1727, será tocado por uma das expoentes mais brilhantes da música italiana contemporânea, acrescenta valor e prestígio ao evento. Portanto, exprimo os meus agradecimentos ao Prefeito de Cremona, à Fundação Arvedi, ao Museu do Violino e à todos que da Itália e do Brasil contribuíram para a realização desta iniciativa.

FRANCESCA DEGO
Nascida em Lecco, em 1989, é considerada pelo público e críticos entre os melhores jovens intérpretes italianos da nova geração. Sua carreira tomou rápida ascensão nos últimos anos atuando como solista e em formações camerísticas em vários concertos na Itália e no exterior.
Tiveram sucesso imediato seu álbum de estreia para “Deutsche Grammophon” com os “24 Capricci de Paganini” e o primeiro CD integral das sonatas de Beethoven. Salvatore Accardo, seu professor nos Cursos de Alta Especialização da Academia Walter Stauffer de Cremona, a definiu como: “Um dos talentos mais extraordinários que eu já conheci. Possui uma técnica infalível e brilhante, um som maravilhoso, agradável, acolhedor e muito fascinante; a sua musicalidade é fantasiosa e ao mesmo tempo muito fiel ao texto”.

FRANCESCA LEONARDI
“É uma pianista absolutamente fantástica; combina uma musicalidade pura e fascinante com uma técnica irrepreensível”, assim escreve sobre ela o famoso violinista Salvatore Accardo.
Nascida em Milão em 1984, começou a estudar piano com 3 anos de idade. Formou-se em piano e música de câmara vocal no Conservatório “Verdi” de Milão. Aperfeiçoou-se na Academia de Música de Pescara, na Academia de Música Chigiana de Siena e no Royal College of Music, em Londres, com Nigel Clayton e Roger Vignoles. Desde jovem, tem participado de vários concursos nacionais e internacionais, vencendo quatorze prêmios. Participou de concertos na Europa, América do Sul, Japão, Oriente Médio e Estados Unidos. Alterna a profissão de professora de música e inúmeras participações em concertos e é professora de piano na “Trinity School”, em Londres.

ANTONIO STRADIVARI – violino Vesuvius, 1727
O Stradivari “Vesuvius” é um testemunho extraordinário de afeto pela cidade de Cremona. O violino foi, de fato, doado à cidade, por boa vontade e testamento, por Remo Lauricella, músico e compositor. O instrumento possui as características do padrão tradicional de produção do “Stradivari “do período 1724-28, como evidenciam, por exemplo, as estacas/aberturas inferiores dos orifícios harmônicos relativamente estreitas e longas. Apesar da idade avançada de “Stradivari”, no momento da sua construção, o instrumento é uma afirmação extraordinária da sua capacidade de realizar um violino encantador tanto com a voz que com a harmonia visual. Originalmente possuía uma cor vermelha escura, daí o nome “Vesuvius” Vesúvio.
Está exposto no Museu do Violino de Cremona.

MUSEU DO VIOLINO – CREMONA
No Museu do Violino de Cremona, é possível descobrir cinco séculos de história de fabricação de violinos através de um encontro direto com os grandes mestres – de Amati. Stradivari, Guarneri aos fabricantes contemporâneos – e os seus instrumentos, seguindo um traçado artístico e artesanal equilibrado, com criatividade e tradição das antigas oficinas artesanais do tardio Renascimento até hoje. Instalações multimídias e um rico acervo de documentos permitem a todos, das crianças aos visitantes especialistas, realizar um percurso sugestivo e envolvente onde os instrumentos, sons, perfumes e imagens combinam-se para dar formas à história, aos sonhos e às emoções.

Comentários

  1. Concerto maravilhoso!!!! Magnifica oportunidade de ouvir um instrumento valioso tocado por uma grande violonista italiana! A arte e a cultura de Cremona marca a sua presença no Brasil em ocasião da Copa e mostrou seu grande talento e seus grandes valores históricos!!!! Parabéns à todos organizadores e participantes deste projeto , fiquei muito honrada em traduzir este artigo para os jornais brasileiros! Ana Vera Teixeira. ATA Arvedi , Cremona.

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