"QUATRO ASES DE OURO DA MÚSICA BRASILEIRA". ARTIGO DE MARCUS GÓES NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.

                                                Leila Guimarães, foto Internet

A  ENM (ESCOLA NACIONAL DE MÚSICA) foi fundada por Francisco Manuel da Silva, com outro nome, em 1841. Teve vários nomes , sempre com predominância dos adjetivos  “nacional” ou “brasileiro”, até receber há quase cem anos o nome de ESCOLA NACIONAL DE MÚSICA. Mudar esse nome para ESCOLA DE MÚSICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO” foi uma tétrica e anti-histórica idéia de certamente miolos empoeirados do Viaduto do Chá em sociedade com cabecinhas juscelinianas da Praça Sete. Para mim, que escolho o meu dicionário “ come mi piace” e fundei o já tradicional  DICIONÁRIO MARCUS GÓES-PORTUGUÊS/ PORTUGUÊS- MARCUS GÓES, é ENM ( ESCOLA NACIONAL DE MÚSICA) e c´est fini. Como diria Bocage, acrescentando outras palavrinhas rimando como treta, truta, carvalho, etc ...
Até a OSB , mais tradicional orquestra sinfônica do Brasil, passou a ter o lunático nome de ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA DO RIO DE JANEIRO. Vamos mudar o nome de OSESP “tout court” para OSESP da São João com Ipiranga ?
Isto posto, houve recentemente um concurso de canto ma ENM, e foi lá,no intervalo, que tive oportunidade de testemunhar o encontro de quatro artistas marcantes e simbolizantes da geração de cantores definida como “geração anos 70” da ópera e música cantada do Brasil: os sopranos CELINE IMBERT, RUTH STAERKE, LEILA GUIMARÃES, e o tenor EDUARDO ALVARES.
Ao se encontrarem no “lobby” do magnífico prédio da ENM os olhos dos quatro se umedeceram de emoção e na emoção do raro encontro: LEILA canta com EDUARDO e vai com ele ao palco, CELINE canta com RUTH, idem, e tem estado juntos os quatro raras vezes, assim como estiveram agora em um concurso de canto.   
                                              Celine Imbert, foto Internet
Lamentei de com força não ter fotografado o emocionante evento. Bem que tentei arranjar uma máquina fotográfica emprestada, e chamar um fotógrafo, mas a sorte não ajudou. Pior para a sorte...   
Era de ver a alegria dos quatro grandes artistas, consagrados por público, prêmios e crítica. Quem não se lembra da Micaela de Ruth no TMSP ? Ou da Carmen de Celine no TMRJ?  Ou de Lo Schiavo de Leila no TMSP? Ou do Werther de Eduardo no TMRJ ?
                                                    Ruth Staerke, foto Internet.

   As citadas atuações são  marcos nas atividades líricas no Brasil. O encontro de seus protagonistas, os abraços e beijos daquele momento foram o coroamento traçado pelo destino e o selo amoroso daqueles marcos. Como diria aquele crioulo da Mangueira: “Deus faz, a natureza creia e a gente apreceia”... Pois é, fiquei apreciando tudo, com os olhos molhados. E também ganhei muitos beijos e abraços, que não sou bobo...
“J´AI PLUS DE SOUVENIRS QUE SI J´AVAIS MILLE ANS” (Baudelaire)

MARCUS GÓES 

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