MAHLER, COMPOSITOR DA MODA COM A SINFONIA MAIS CHATA DE TODOS OS TEMPOS. CRÍTICA DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.
A terceira sinfonia de Mahler é a mais longa e chata de todos os tempos. Aguentar seis movimentos com duração de 100 minutos de música pedante e monótona é duro até para quem é apaixonado pelo gênero. O problema da terceira de Mahler não é o tempo de duração e sim sua composição com música que vai do nada a lugar algum. Diversos ritmos se misturam no primeiro movimento com contrastes que aparecem e se perdem de repente. Mahler nos conta que suas influências foram a relação do homem com a natureza e sua infância. Os intelectuais de plantão vêem drama, espiritualidade e redenção nela, eu vejo um monte de temas que começam e desaparecem sem o menor sentido.
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo apresentou a terceira de Mahler no dia 02 de Outubro com regência de Marin Alsop. A maestrina extraiu de sua orquestra sonoridade robusta que segue a linha da escrita mahleriana. A opção pelo conservadorismo, seguindo com clareza a partitura é correta em uma sinfonia tão complexa e longa. Diversos solos de instrumentistas ao longo de toda a sinfonia foram executados com precisão pelos instrumentistas da casa.
Nathalie Stutzman cantou com emoção e intensidade dramática. Sua voz ecoou pela Sala São Paulo com graves intensos e quentes. Um timbre escuro com emissão que mostra todo o colorido das notas. Diferente do ano passado onde o contralto estava em uma péssima noite, a apresentação na terceira sinfonia mostrou uma cantora com enormes qualidades vocais com graves raros.
Mahler não perdoa, faz o coro de mulheres e crianças ficarem sentadas esperando mais de uma hora para cantarem apenas um pequeno trecho. O Coro da OSESP juntamente com o Coro Acadêmico regido por Naomi Munakata e Marcos Thadeu sempre se apresenta em alto nível e dessa vez não foi diferente. Vozes femininas equilibradas com excelente sonoridade. O Coro Infantil da OSESP regido por Teruo Yoshida apresentou boa preparação com vozes afinadas. Você imagina que após a participação do coro a sinfonia acabaria, Mahler apronta mais uma e manda mais meia hora de música com um adágio que fala sobre o amor. Tema lento e monótono que não acrescente nada, melhor tirar uma pestana.
A moda é sempre presente em nossa vida e certos modismos parecem atrapalhar. Mahler está na moda e sendo assim parece que todos são obrigados a gostar de sua obra. É como a garota bonitona que usa uma roupa que não gosta e não lhe cai bem simplesmente porque todas usam. Maestros badalados e diretores de orquestras enchem a bola demais desse compositor e o público segue isso em um efeito manada. Confesso que Mahler fez uma ou duas boas sinfonias e nada mais, o resto é modismo.
Ali Hassan Ayache
Mahler "compositor da moda", huuummmmm.... " música que vai do nada a lugar nenhum"... huuuummmm ... "Os intelectuais de plantão vêem drama, espiritualidade e redenção nela, eu vejo um monte de temas que começam e desaparecem sem o menor sentido. ". Bem o que eu teria a dizer ? Cada um vê ou sente o que é capaz de atingir. Muitos não alcançam. É uma pena. Não têm a menor ideia do que perdem.
ResponderExcluirModismo????
ResponderExcluirCompositor da moda?
ResponderExcluirDe moda Mahler não tem nada! Tem de qualidade. Compositor brilhante e os regentes gostam porque entendem de música. Como crítico não entende de música mesmo cabe falar esses absurdos!
O texto, além de mal escrito, beira o ridículo nas suas colocações vazias e absurdas. "Música que vai do nada ao lugar nenhum", "Tema lento e monótono que não acrescente nada, melhor tirar uma pestana" e "Mahler fez uma ou duas boas sinfonias e nada mais" entrarão para a história como as maiores asneiras já ditas a respeito de um compositor que está muito além da sua pouca capacidade musical. Essa tentativa de crítica é risível e eu recomendaria que o senhor escrevesse apenas sobre o que compreende, mas talvez esse blog tivesse que ser fechado por pouco uso...
ResponderExcluirDepois desta critica, comentários, nem sei nem como nominar.....sinto-me privilegiado por ter descoberto Mahler mesmo que tarde, quem estava fora de moda era eu.......mas a tempo de me deleitar com todas as suas sinfonias, em especial a nº 3, que já havia visto com a mesma OSESP e a mesma solista há uns 3 anos atrás, com regência do Guerreiro. Esta sinfonia nos aproxima do divino. Sr. Ali, sinceramente, depois de ler o que escreveu, repensarei se lerei algo que escrever novamente! Chatíssimo é o senhor, com toda a certeza.
ResponderExcluirP A R A B E N S! como disse K Bohm, num trecho do documentário sobre sua carreira: "Quase q rio quando ouço falar q certos compositores não conseguiram compor tudo q desejaram porque eram forçados a reger..."!
ResponderExcluirAssino embaixo!!!
ResponderExcluirComentário de Marcelo Lopes Pereira no Facebook: Dessa vez não concordo. Simplesmente adoro Mahler, tanto que hoje verei de novo!!!!
ResponderExcluirComentário de Paulo José da Costa no Facebbok: como escrevi lá, tem gente que não alcança. Não é Mahler que é cansativo. Não é culpa dele.
ResponderExcluirComentário de Domingos D'Arsie no Facebook: Dessa vez discordo 100%. Vou assistir hoje de novo. Foi mágica a apresentação. Poderia durar 10 horas!
ResponderExcluirComentário de Marcelo Lopes Pereira no Facebook: Para mim a música de Mahler passa rapidíssimo.
ResponderExcluir...sinceramente me pareceu cinco minutos!!!
Comentário de Domingos D'Arsie no Facebook: Eu nem percebo o tempo. Magia é atemporal!
ResponderExcluirComentário de Bruno Lomonaco no Facebook: Querido Ali , o que mais gosto no seu texto é justamente jogar umas verdades que ninguém tem coragem de falar. Também acho Mahler, Brahms e Wagner um saco, e quem melhor para defendê-los dos que os pseudo-intelectuais influenciáveis de plantão.
ResponderExcluirComentário de Daniel Lima no Facebook: É simplesmente uma estupidez insinuar que o reconhecimento de Mahler ao longo dos últimos setenta ou sessenta anos como um dos grandes compositores da historia é fruto de um pseudo intelectualismo. Ao criticar esse reconhecimento, estás criticando gênios como Bernstein, Abbado e Boulez, e fazendo deles meros pseudo intelectuais.
ResponderExcluirSe você não compreende a magnitude deste enorme compositor ou se simplesmente não gosta de sua obra, não significa que é coisa menor ou puro modismo.
Thomas Mann disse em uma carta, após conhecer Mahler pessoalmente, que pela primeira vez em sua vida se sentiu ao lado de um grande homem.
Mahler foi um homem que compreendeu a humanidade como poucos, foi um artista que absorveu tudo que o passado lhe trouxe e fez disso sua obra. Nada em sua obra é gratuito. Se coro e solistas não são necessários ao longo da obra, para que utilizá-los? Não é à toa que sua oitava sinfonia é obra tão operística, que não necessita de cena. A música por si só é cena que jamais conseguirá se reproduzir, a não ser na imaginação de cada ouvinte.
Não é Mahler que não consegue alcançar você, é você que não consegue, ou não quer, alcançá-lo.