MADAMA BUTTERFLY, DE PUCCINI, NO TEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO.

A premiada soprano japonesa Hiromi Omura será intérprete do papel-título na montagem com direção cênica de Carla Camurati.


A trágica história de amor, inocência e traição que Puccini levou aos palcos no início do século XX em Madama Butterfly, além de ser a preferida do autor, conquistou imenso sucesso, tornando-se a quinta ópera mais cantada no mundo. A Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro, vinculada à Secretaria de Estado de Cultura (SEC), apresenta a obra-prima do compositor italiano em montagem assinada pela diretora Carla Camurati, em um total de quatro récitas a partir de 30 de novembro, dentro da programação artística desenhada pelo Maestro Isaac Karabtchevsky.
Ópera Madama Butterfly 4 low Crédito TMRJ Sheila Guimarães 300 Madama Butterfly, de Puccini, no TMRJ
Cena da ópera
Hiromi Omura é a soprano convidada para interpretar o papel-título e se apresenta ao lado do tenor Fernando Portari (Pinkerton), do barítonoRodolfo Giugliani (Sharpless), da mezzo-soprano Denise de Freitas(Suzuki) dos tenores Sérgio Weintraub (Goro) e Ivan Jorgensen(Yamadori), e do baixo Daniel Soren(Bonzo), entre outros. O Maestro Isaac Karabtchevsky, que faz também a Direção Musical da ópera, conduzirá aOrquestra Sinfônica e o Coro do TMRJ.
Madama Butterfly encanta pela capacidade de despertar emoções ao revelar a felicidade e a dor dos seus personagens. Repleta de requinte na sua teatralidade, essa obra mostra de maneira muito rica o contraste entre as culturas do Oriente e do Ocidente”, comenta Carla Camurati, a diretora cênica do espetáculo.
Madama Butterfly é uma ópera em três atos com libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, baseado na peça homônima de David Belasco. Depois de uma estreia fracassada no Scala de Milão, em 1904, reestreia em Brescia, apenas três meses depois, com algumas modificações e desta vez com enorme sucesso. No Brasil, fez sua estreia em 1907, no Teatro Politeama de São Paulo, e em 1912, no Theatro Municipal do Rio, onde é a terceira ópera mais representada, com um total de 133 récitas, até então.
Carla Camurati desloca do início do século XX a ambientação da ópera, preferindo uma abordagem atemporal. Usando o papel como elemento síntese da cultura japonesa, este material inspira a criação dos cenários e dos figurinos. Como condução dramática, a Butterfly pensada nesta montagem aposta no amor que Cio-Cio-San sente por Pinkerton até o último momento que antecede a tragédia. Desta forma, a emoção alcançada pela música e seus personagens cria um grande envolvimento entre o público e o espetáculo que faz transbordar os sentimentos existentes nesta ópera.
O Maestro Isaac Karabtchevsky aborda os desafios de Puccini ao criar a música para uma obra que confronta as culturas ocidental e oriental: “Foi através do estudo e observação que Puccini estabeleceu a diferença fundamental: para o japonês, o amor surge primeiro, depois, a concepção de como cultivá-lo. Esta liberdade é a tônica da religiosidade japonesa”. E completa: “Talvez aí resida todo o drama da pobre Cio-Cio-San, uma gueixa vítima de um casamento leviano e levada ao suicídio pela consciência da perda inexorável da pessoa amada. É em torno dela que o compositor criou as mais belas páginas vocais de toda a história da ópera – climas psicológicos de extrema densidade e uma orquestração que sublinha as nuances, impregnando-as de calor ou desespero”.
Sucesso desde sua estreia em Aida, no ano passado, o projeto Falando de Óperaterá mais uma edição nesta temporada. São palestras grátis com uma hora de duração sobre o espetáculo a ser apresentado – aos moldes das opera talks realizadas em teatros europeus –, com início uma hora e meia antes do começo da sessão, no Salão Assyrio. As palestras serão apresentadas pelo Maestro Silvio Viegas, regente titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, que falará sobre a história deMadama Butterfly e abordará também detalhes específicos desta montagem.

Informações complementares

- Direção cênica:
 Carla Camurati
Direção musical e regência: Isaac Karabtchevsky
Cenários: Renato Theobaldo
Figurinos: Cica Modesto
Coreografia de ação: Dani Chao Hu
Iluminação: Carina Stassen
Vídeo Designer: Laís Rodrigues

Solistas
- Madama Butterfly: Hiromi Omura, soprano
- B. F. Pinkerton
: Fernando Portari, tenor
- Sharpless: 
Rodolfo Giugliani, barítono
- Suzuki
: Denise de Freitas, mezzo-soprano
- Goro
: Sergio Weintraub, tenor
- Yamadori
: Ivan Jorgensen, tenor
- Bonzo: 
Daniel Soren, baixo
- Kate Pinkerton
: Vivian Delfini, mezzo-soprano
- Comissário Imperial
: Ciro D’Araújo, barítono
- Oficial do Registro Civil
: Patrick Oliveira, baixo

SERVIÇO


Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Praça Floriano s/n° – Centro
Informações: (21) 2332-9191
Dias 30 de novembro e 7 de dezembro, às 17h.
Dias 2 e 5 de dezembro, às 20h.
Ingressos:               
  • Frisas e camarotes (6 lugares) …………….. R$ 600,00
  • Plateia e balcão nobre …………………………. R$ 100,00
  • Balcão superior …………………………………… R$   80,00
  • Galeria …………………………………………………. R$   50,00
Desconto de 50% para estudantes e idosos
Vendas na Bilheteria, no site da Ingresso.com ou pelo telefone 21 4003-2330
Classificação etária: livre


Palestra Falando de Ópera
Apresentação: Maestro Sílvio Viegas
Salão Assyrio / Avenida Rio Branco, s/nº – Centro
Entrada Franca, mediante a apresentação do ingresso (todos os dias da temporada, com início sempre 1h30 antes do espetáculo)
Duração: 60 minutos

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