FLORES DE PLÁSTICO - UM MONODRAMA CONTEMPORÂNEO.
Uma ópera pop e existencial tem suas primeiras apresentações no Rio de Janeiro
Flores de Plástico é um monodrama – ópera para cantor solo – do compositor
brasileiro radicado em Nova York João MacDowell e, a personagem Penélope será
interpretada pela mezzo-soprano, também responsável pela montagem carioca,
Clarice Prietto. Com apresentações na Sala Baden Powell, dias 22 e 29 de janeiro.
A peça trata da crise de uma mulher que tenta preencher o vazio em sua vida com
objetos de consumo. A personagem relembra amores e paixões tentando encontrar
sentido em sua própria história. Falando em um mundo de satisfação imediata e
realidades virtuais a frustração parece inevitável.
Ao criar a International Brazilian Opera Company (iboc), João - que está em
fase de conclusão da sua terceira ópera, encomendada pela Fundação Bergman, sobre
seu filme “Gritos e Sussurros”, propõe uma renovação do gênero, com baixos custos
e libretos inéditos, ao mesmo tempo em que cria oportunidades de colaboração para
profissionais criativos brasileiros. Inovar e ousar. Com estes pilares Clarice aposta,
como diretora de criação-RJ da iboc, numa montagem com várias linguagens. Ao
aliar-se a Clarice Prietto e Sheyla de Castilho - que aceitaram o desafio de montar
pela primeira vez no Brasil, o espetáculo tem também a parceira da escultora Marina
Vergara - que montou um lustre com 700 garrafas PET sugerindo uma transformação
artística completa com a reciclagem de plásticos; Cila McDowell - que com sua
experiência nas óperas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, delineia o drama da
personagem com projeções; Tudo isso sobre o olhar atento do Dzi Croquette Bayard
Tonelli - que com sua visão ampla e plena da arte trabalha os movimentos corporais
da cantora bem como com uma proposta cênica mais livre para a ópera baseada no
gesto teatral.
Nosso diretor Bayard Tonelli estará em cartaz com o espetáculo "Dzi Croquette
em Bandália" a partir de março e a escultora Marina Vergara mostrará seu trabalho na
Escola de Samba Grande Rio com o carro sobre ciganos.
O canto e a interpretação cênica de Clarice Prietto são as ferramentas para
contar esta história a partir da proposta do compositor de transitar entre o pop e o
erudito. Sua voz guiará o ouvinte por entre as transições com a utilização de técnicas
dos cantos lírico e popular e do belting. Seus movimentos corporais, inspirados na
dança japonesa Butô,expressam a passagem do tempo de Penélope: da infância com a
perda do pai, a adolescência e juventude, seu casamento, até tornar-se uma mulher
madura.
A pianista Maria Luisa Lundberg executa a difícil partitura e dialoga com as
dissonâncias ora modais, ora lembrando música pop propostas pelo autor. A íntima
presença física da pianista é complementada por um músico eletrônico que preenche a
orquestração com frases em sintetizadores e ambientes sonoros em formato surround
de multicanais.
FICHA TÉCNICA:
Composição e Libreto John Macdowell
Mezzo-soprano Clarice Prietto, como Penélope
Piano: Maria Luisa Lundberg
Teclados, sonoplastia e DJ: Léo Brunno
Direção cênica: Bayard Tonelli
Projeto cenográfico: Sheyla de Castilho
Videocenografia: Cila Macdowell
Escultura: Marina Vergara
Figurino: Cris Cordeiro
Design gráfico: Cynthia Tello
Produção: Greice Yurie, Sheyla de Castilho e Clarice Prietto
Direção de Criação iboc (Rio de Janeiro): Clarice Prietto
Diretor Artístico iboc: João McDowell
SERVIÇO:
Flores de Plástico – um monodrama contemporâneo
Dias 22 e 29 de janeiro, 20 h
Sala Baden Powell
Av. Nossa Sra. de Copacabana, 360
(Metrô: estação Cardeal)
Preço: R$ 30,00
Classificação etária: Livre
Duração: 80 minutos
Telefone: 2255 1067
Lotação: 500 pessoas
Não aceita cartões
Acesso a cadeirantes
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