OSESP RENOVA COM MARIN ALSOP ATÉ 2019. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.
O prazer sádico em irritar os músicos e o público da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo continua. Informei em um artigo no dia 21 de Março que mais de 70% dos músicos rejeitam a maestrina Marin Alsop. A diretoria da OSESP sabendo disso decidiu renovar com a eterna camisa escarlate até o ano de 2019.
A direção da OSESP se esqueceu de dizer na nota oficial que segue abaixo quanto ganhará Alsop com essa renovação e qual o período efetivo que ela permanecerá à frente dos músicos. Segundo a nota este pode ser de 10 (previstas no contrato anterior) há 15 semanas por ano. Nos últimos anos nem o mínimo vem sendo cumprido, regeu 11 semanas em 2012, em 2013 míseras 8 semanas e nos anos de 2014 e 2015 apenas nove semanas. Fica difícil de acreditar na conversa que "a regente vai ampliar o número de semanas à frente da orquestra". Conte para nós Marcelo Lopes, alguma vez Marin Alsop foi descontada de seus vencimentos por trabalhar menos que o exigido em contrato? Você que sempre exige o máximo dos funcionários da casa e os demite por erros minúsculos.
A grande verdade é que Marin Alsop continuará a reger sem muito interesse e sem o menor envolvimento com a orquestra, faturará uma bolada por isso, mais de USS 640.000,00 verdinhas por ano pelo contrato inicial e se faltar a Coca-Cola Light em seu camarim o bicho pega, será isso uma clausula contratual?
Os depoimentos da direção justificando a renovação são a mesma falácia de sempre, Alsop ainda tem a coragem de falar em engajamento em projetos educativos, coisa que nos últimos três anos não fez por aqui. O jeitinho brasileiro parece que a maestrina aprendeu.
Recolhi alguns depoimentos na rede social mais famosa do mundo sobre o trabalho de Alsop, só lembrando que a galera ainda não sabia dessa renovação.
"Perdi grande parte do entusiasmo que nutria pela OSESP. Em 2015 não renovei todas as minhas assinaturas como fazia nos anos anteriores, apenas algumas.
Os discursos vagos, irritantes e desnecessários do Nestrovski, a mesmice da regente titular, a inserção de encomendas sem o menor sentido musical nos programas sempre em meio a peças importantes do repertório erudito (claro! de outra forma quem ouviria tais asneiras?), acabaram por minar minha paciência. A OSESP me parece estagnada. Uma pena!. O que me parece é que a orquestra agora caminha por trilhas popularescas para atender a interesses que não são musicais". Domingos D'Arsie
" Sempre fui apaixonada pela Orquestra, de ir todas as semanas, de aguardar com expectativa a programação, de me planejar para estar lá. Mas de fato os programas já não empolgam como no passado, pouquíssimos pontos altos, pouca inovação...muita mesmice e poucos riscos. Não está ruim, mas tb não está evoluindo, nem formando público. Estagnada é a palavra que melhor descreve." Márcia Campos
" O fato - a meu ver, incontestável - é que os melhores concertos da Osesp NUNCA são aqueles regidos pela Marin Alsop. A orquestra arrebenta a boca do balão quando é bem regida, mas isso nunca, jamais ocorre quando quem está no pódio é a dita cuja. Pode isso??? Eu acho que não." Ana Luisa Daltro
"Angela Hewitt salvou a temporada hein... Digo isso há tempos, essas ditas "encomendas" são peças boçais que ninguém suporta ouvir. Se continuar assim, a Sala São Paulo ficará cada vez mais vazia." André Melo de Oliveira
Extensão do contrato da regente titular Marin Alsop.
A Fundação Osesp tem a satisfação de comunicar que o contrato da regente titular Marin Alsop foi estendido até dezembro de 2019. Durante esse período, a regente vai ampliar o número de semanas à frente da Orquestra em São Paulo, para um mínimo de dez semanas por ano, fora atividades no Festival de Campos do Jordão (uma ou duas semanas) e turnês (até três semanas).
A Fundação Osesp tem a satisfação de comunicar que o contrato da regente titular Marin Alsop foi estendido até dezembro de 2019. Durante esse período, a regente vai ampliar o número de semanas à frente da Orquestra em São Paulo, para um mínimo de dez semanas por ano, fora atividades no Festival de Campos do Jordão (uma ou duas semanas) e turnês (até três semanas).
Ao longo dos últimos três anos, desde o início do contrato da regente, o desenvolvimento da Orquestra tem sido notável e vem rendendo avaliações positivas tanto do público quanto da crítica especializada. Seja do ponto de vista técnico e artístico, seja do reconhecimento nacional e internacional, a Osesp consolidou sua posição como a mais importante orquestra brasileira e principal orquestra profissional da América Latina.
Nesse período, Marin Alsop regeu 118 concertos, para um público total de 270.920 pessoas e incluindo estreias da Orquestra em grandes palcos internacionais como o Concertegbouw (Amsterdã), a Philharmonie (Berlim), a Salle Pleyel (Paris), o Royal Albert Hall e o Royal Festival Hall (Londres), entre outros; além de concertos por 11 cidades brasileiras, incluindo uma turnê por cinco capitais (Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte). De 2012 para cá, já foram lançados três CDs regidos por ela, metade dos seis previstos até 2017, completando a integral das Sinfonias de Prokofiev. Além desse, outros projetos de gravação incluem o ciclo da Sinfonias de Villa-Lobos. Música brasileira também tem sido o foco do selo digital criado pela Orquestra.
Marin Alsop abraçou a ideia das transmissões digitais dos concertos da Osesp. A apresentação gratuita dos concertos pela internet tem atingido pessoas ao redor do mundo, que podem desfrutar e experimentar um pouco do que acontece em São Paulo. A próxima será na próxima semana, 23 de abril.
Para o presidente do Conselho de Administração, Fábio Barbosa, “é muito gratificante saber que com a extensão contratual poderemos dar continuidade a um trabalho de aprimoramento musical que iniciamos em 2012. Houve um crescimento da orquestra nos últimos anos nesse sentido e isso se deve a qualidade do trabalho dos músicos e da regente. Queremos tê-la mais próxima da orquestra e do público.”
Como de hábito, Marin Alsop continuará à frente das discussões sobre a programação, juntamente com o Diretor Artístico, e manterá o cargo de Consultora Artística do Festival de Campos do Jordão, onde também regerá a Orquestra do Festival e dará cursos de regência. Terá papel central também na condução de novas audições para a Orquestra, após a importante etapa do ano passado, quando foram selecionados sete novos músicos, preenchendo vagas de violino, viola, violoncelo, flauta, fagote e trompa.
“É altamente positivo termos conosco uma regente de tamanha experiência, com domínio de vasto repertório e capacidade única de conduzir os ensaios da orquestra. Ela é também uma grande parceira para as discussões sobre a programação; e ajuda muito a divulgar o trabalho da Osesp no meio internacional, o que acaba contribuindo para a qualidade da nossa temporada regular em São Paulo”, comenta o Diretor Artístico, Arthur Nestrovski.
“Estamos muito contentes por termos Marin Alsop como diretora musical e regente titular da Osesp até 2019. Formamos uma equipe muito afinada, visando sempre ao aprimoramento da orquestra, a satisfação do nosso público e a formação de novas plateias. Os resultados tem sido muito bons e estamos motivados pela manutenção dessa trajetória”, avalia o Diretor Executivo, Marcelo Lopes.
Projetos em curso incluem a já citada gravação da integral das Sinfonias de Prokofiev (para o selo Naxos), assim como a apresentação de outros ciclos completos de grandes compositores, como Brahms (2015) e Mahler (ao longo das Temporadas, desde 2013). Seu interesse pela música do nosso tempo se manifesta na interpretação e/ou encomenda de obras de autores como John Adams, James MacMillan e Marc-André Dalbavie, e agora abarca também compositores brasileiros, de Paulo Costa Lima e Clarisse Assad a Villa-Lobos, Camargo Guarnieri e Francisco Mignone.
“Nos meus períodos de permanência em São Paulo, conto me engajar ao máximo em outras atividades da Fundação Osesp, também, incluindo projetos educativos - como a própria Academia da Osesp - e sociais, incluindo apresentações fora da Sala São Paulo. Esta cidade é um dos lugares mais vibrantes do planeta atualmente e é emocionante ver a Orquestra tomando seu lugar no coração desta grande metrópole. Eu aguardo ansiosa para ver onde esta jornada irá nos levar”, diz a regente.
Por todos esses motivos, aos quais se soma hoje a entusiasmada recepção de Marin Alsop pelo público, para todos nós da Fundação Osesp, será um privilégio contar com a presença da nossa Diretora Musical até o final da Temporada 2019.
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