POLÊMICA ENVOLVE DIREÇÃO DO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO E DIRETOR CÊNICO GIANCARLO DEL MONACO. REPORTAGEM DE CIRLEY RIBEIRO NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.

O italiano alega ter sido tratado como um escravo depois de desentendimentos com o maestro John Neschling, diretor artístico do teatro e regente da Orquestra Sinfônica Municipal.

                         Theatro Municipal de São Paulo (Foto: Reprodução)
Uma república de bananas comandada por um general, como diz Giancarlo Del Monaco, ou uma administração que zela pela segurança e tem coragem de advertir um dos diretores cênicos mais conhecidos do mundo? Foi diante dessa dualidade que o público de São Paulo tomou conhecimento da polêmica envolvendo o encenador italiano e o maestro John Neschling.
Del Monaco afirma que passou a ser hostilizado após tecer críticas à forma como Neschling conduzia a Orquestra Sinfônica em Otello. “Ele não conhecia a obra”, disse o italiano em conversas com cantores, que teriam vazado por microfones durante uma gravação.
O secretário municipal de cultura de São Paulo, Nabil Bonduki, classifica o episódio como um fato isolado e de ordem pessoal. “Não tem muito fundamento toda essa polêmica levantada pelo Del Monaco. Na verdade, ele cometeu uma série de irregularidades ao longo da montagem e depois da apresentação de Otello (...). O trabalho que o teatro e o maestro Neschling estão realizando é de altíssima qualidade artística e técnica (...). São questões quase de caráter pessoal que de repente tomaram um sentido público”, comenta Bonduki.
Diante das polêmicas, o italiano chegou a ser proibido de acessar as dependências do teatro, porque teria agredido uma funcionária, insultado membros do coro e insistido em fumar no camarim, contrariando normas de segurança. Saiba mais sobre o posicionamento da Secretaria Municipal de Cultura na reportagem de Cirley Ribeiro.        

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