FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO DÁ UM EXEMPLO DE BOA ADMINISTRAÇÃO, ENQUANTO A OSESP CONTINUA ESTAGNADA. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.



  
   A Fundação Clóvis Salgado anunciou nessa semana Silvio Viegas como novo regente para a Orquestra Sinfônica de Minas Gerias, este inicia seus trabalhos no início do ano de 2016, anúncio feito com antecedência e sem nenhum alarde pela imprensa. A escolha é correta, Silvio Viegas já demonstrou diversas vezes seu talento na batuta regendo óperas pelo Brasil e por diversas partes do mundo. Seu nome é associado à ópera e ter que encarar um repertório sinfônico será seu primeiro desafio. 
   A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo não segue o exemplo de Minas Gerais, por aqui a transição de regentes é sempre traumática. A saída de John Neschling da OSESP teve processos judiciais, Yan Pascal Tortelier ficou dois anos sem saber o que fazer e conseguiu até arrumar encrenca com a polícia federal. Marin Alsop conta com a antipatia dos músicos, recebe uma fortuna em dólar e um monte de regalias que na gringolândia ela não tem. Faz um trabalho burocrático, sem interesse na orquestra, ficando aqui o mínimo possível e como prêmio esse ano teve seu contrato renovado.
   A discrição é marca registrada em Minas Gerais, tentei ver no site o nome da diretoria e não encontrei. Em São Paulo a coisa é inversa, o diretor Arthur Nestrovski adora aparecer na imprensa, exalta as excursões ao estrangeiro e não perde uma oportunidade de pegar no microfone. Opta por renovar com uma maestrina cara, que não se importa com o país e nem sequer sabe o nome dos músicos. 
   Correta é a atitude dos mineiros, ao nomear Silvio Viegas incentivam um nome nacional, que vai se dedicar em tempo integral à orquestra e mantém uma empatia com os músicos. Se compararmos os salários de Marin Alsop e Silvio Viegas garanto que a diferença é astronômica, aliás, isso é impossível, o contrato com a maestrina é sigiloso.
Ali Hassan Ayache  

Comentários

  1. Além de tudo, a maestrina Marin Alsop injeta um repertório de estréias mundiais na programação da OSESP, coisa que interessa àpenas aos autores das obras, descontenta ao público e afasta os mesmos, fazendo muitos assinantes a não mais renovar suas assinaturas, pois a programação é pouco atraente, e quado há um número de interesse, há dois que repelem os espectadores.Além de que o horário das 21:00 h não dá mais para aquela região da Cracolândia, onde não há nenhuma segurança Experiência própria.
    Marco Antônio Seta.

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  2. Marcelo Lopes Pereira31 de agosto de 2015 às 19:23

    A cracolândia é fruto dos descaso das autoridades e da saída do trailer da PM desde o ano passado, se a OSESP tiver um maestro estrangeiro que o mesmo seja russo ou do leste europeu cuja musicalidade e repertório é colossalmente melhor. Há anos não temos um poema sinfônico do Liszt, nenhuma de suas missas, Bach então parece não existir para essa direção com exceção do Coro que canta algumas obras...O pior de tudo é o elevadíssimo preço dos ingressos que ajuda a espantar ainda mais o público...

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