PIERRE BOULEZ, COMPOSITOR E MAESTRO, MORRE AOS 90 ANOS. ARTIGO DE OSVALDO COLARUSSO NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.
O compositor e maestro Pierre Boulez faleceu ontem, dia 5 de janeiro, em sua casa localizada em Baden-Baden na Alemanha. Foi sem dúvida alguma um dos mais importantes músicos de sua geração. Compositor notável foi autor de algumas das mais importantes obras escritas na segunda metade do século XX como “Le marteau sans maitre” (1955) para voz de contralto e pequeno conjunto instrumental, “Répons” (1984) para orquestra de câmera e sons eletrônicos e “Notations” tanto em sua forma original para piano (1945), como em sua versão orquestral (1978). Esta versão orquestral se tornou sua obra mais conhecida. De suas três Sonatas para piano, a de Nº 2 (1948) é considerada a mais importante composição pianística escrita depois da segunda guerra mundial. Aluno de Olivier Messiaen (1908-1992) e de René Leibovitz (1913-1972) desenvolveu sua linguagem a partir da estética de Arnold Schoenberg (1874-1951) e Anton Webern (1882-1945). No entanto expandiu seus parâmetros utilizando técnicas aleatórias e transformação eletrônica de execuções instrumentais ao vivo.
Ao falarmos de Pierre Boulez não podemos deixar de citar sua excepcional carreira como maestro. Regendo suas próprias obras a partir de 1956 tornou-se posteriormente um convidado frequente das mais importantes orquestras do mundo (Viena, Berlim, Chicago). Seu repertório foi sempre voltado a obras que ele julgava dignas de serem divulgadas: Wagner, Debussy, Ravel, Bartók, Schoenberg, Webern, Berg, Carter, Ligeti e Mahler formavam o cerne de seu repertório. Sua regência simples, com mínimos gestos, sempre se primou pela clareza e transparência. Foi diretor musical da Orquestra Filarmônica de Nova York (de 1971 a 1977) e da Orquestra Sinfônica da BBC de Londres (de 1971 a 1975). Atuou também de 1970 a 1980 no Festival wagneriano de Bayreuth. Por muitos anos foi o responsável pelo Ensemble Intercontemporain (de 1979 a 1992), sediado em Paris, grupo de excelência especializado na execução de música contemporânea.
Outro aspecto muito importante do músico foi o de um conferencista excepcional e de um professor com excelente didática. Personalidade afável e simpática tornou-se um grande divulgador de uma estética complexa e pouco atraente à primeira vista, e que não encontrava um defensor de sua estatura.
Apesar de suas posturas muitas vezes radicais (nunca regeu uma obra de autores que não gostava como Tchaikovsky, Verdi ou Shostakovich por exemplo) era flexível ao ponto de realizar diversas apresentações com o mestre do rock Frank Zappa (1940-1973).
Seu legado é imenso, seja através de suas composições, mas também através de seus livros e de suas gravações. Obras de Bartók, Webern, Debussy, Ligeti e Alban Berg raramente foram tão bem regidas. Para quem quiser saber algo mais de Boulez escrevi um extenso texto quando o compositor completou 90 anos de idade no ano passado. Você pode lê-lo aquiOsvaldo Colarusso
Ao falarmos de Pierre Boulez não podemos deixar de citar sua excepcional carreira como maestro. Regendo suas próprias obras a partir de 1956 tornou-se posteriormente um convidado frequente das mais importantes orquestras do mundo (Viena, Berlim, Chicago). Seu repertório foi sempre voltado a obras que ele julgava dignas de serem divulgadas: Wagner, Debussy, Ravel, Bartók, Schoenberg, Webern, Berg, Carter, Ligeti e Mahler formavam o cerne de seu repertório. Sua regência simples, com mínimos gestos, sempre se primou pela clareza e transparência. Foi diretor musical da Orquestra Filarmônica de Nova York (de 1971 a 1977) e da Orquestra Sinfônica da BBC de Londres (de 1971 a 1975). Atuou também de 1970 a 1980 no Festival wagneriano de Bayreuth. Por muitos anos foi o responsável pelo Ensemble Intercontemporain (de 1979 a 1992), sediado em Paris, grupo de excelência especializado na execução de música contemporânea.
Outro aspecto muito importante do músico foi o de um conferencista excepcional e de um professor com excelente didática. Personalidade afável e simpática tornou-se um grande divulgador de uma estética complexa e pouco atraente à primeira vista, e que não encontrava um defensor de sua estatura.
Apesar de suas posturas muitas vezes radicais (nunca regeu uma obra de autores que não gostava como Tchaikovsky, Verdi ou Shostakovich por exemplo) era flexível ao ponto de realizar diversas apresentações com o mestre do rock Frank Zappa (1940-1973).
Seu legado é imenso, seja através de suas composições, mas também através de seus livros e de suas gravações. Obras de Bartók, Webern, Debussy, Ligeti e Alban Berg raramente foram tão bem regidas. Para quem quiser saber algo mais de Boulez escrevi um extenso texto quando o compositor completou 90 anos de idade no ano passado. Você pode lê-lo aquiOsvaldo Colarusso
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/falando-de-musica
Comentários
Postar um comentário