THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO - INFLUÊNCIA ARTÍSTICA E SOCIAL.
Teatro foi aberto ao público em 12 de setembro de 1911
Aberto ao público no dia 12 de setembro de 1911, o Theatro Municipal de São Paulo começou a ser construído oito anos antes, em 1903. Projetado por Cláudio Rossi e desenhado por Domiziano Rossi, foi inaugurado pela ópera de Hamelet, de Ambroise Thomas, para uma multidão de 20 mil pessoas que se amontoavam na Praça Ramos de Azevedo, centro de São Paulo. Com isso, a cidade começava a se integrar ao roteiro internacional dos grandes espetáculos.
O local foi idealizado nos moldes dos melhores teatros do mundo para atender à ópera – a primeira forma artística e de lazer típica da burguesia, em virtude do grande número de italianos que viviam em São Paulo. Desde sua inauguração, duas grandes restaurações marcaram as mudanças e renovações do espaço: a primeira aconteceu em 1954 com o arquiteto Tito Raucht, responsável pelos pavimentos para ampliação dos camarins e redução dos camarotes. Já o segundo restauro ocorreu de 1986 a 1991, comandado pelo Departamento de Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura, restaurando o prédio e implementando estruturas e equipamentos mais modernos.
Hoje, o Theatro coordena escolas de música e dança e busca desenvolver cada vez mais o trabalho de seus corpos estáveis: a Orquestra Sinfônica Municipal, a Orquestra Experimental de Repertório, o Balé da Cidade, o Quarteto de Cordas, o Coral Lírico e o Coral Paulistano.
Com arquitetura baseada nas grandes óperas de Paris, sendo um dos principais palcos da Semana de Arte Moderna de 22 e um dos mais belos cartões postais de São Paulo, O Theatro Municipal transborda cultura, lazer e arte pela cidade.
O Theatro já foi palco de grandes apresentações feitas pela Orquestra do Municipal, o coro lírico, o Ballet da cidade, entre outros. Além do mais, grandes peças clássicas estrearam nele, tornando-o um favorito entre artistas nacionais e internacionais.
A obra, de Ramos de Azevedo, conta com uma decoração exuberante inspirada nas mais belas construções do período galante francês. O lustre da sala principal, por exemplo, possui mais de 7 mil cristais, 220 lâmpadas e pesa cerca de uma tonelada e meia. O órgão do Theatro – um dos poucos da cidade de São Paulo, além da igreja da Sé e da catedral de São Bento – possui 5.827 tubos, sendo considerado um dos maiores do país.
Toda a riqueza de detalhes traz consigo uma enorme valorização de seus espaços interno e externo. Isso porque obras deste porte geram um grande custo de infraestrutura para o Governo que, além de manter o patrimônio sempre protegido, precisa investir em seus arredores para torná-lo seguro e funcional.
Depois de alguns atos de vandalismo contra o Theatro, o Governo de São Paulo investiu na restauração de suas fachadas, pichadas em um ato de protesto no centro da cidade.
Além disso, o prefeito investiu mais de R$ 6 milhões na revitalização das áreas ao redor do Theatro, para fomentar a cultura e o setor de hotelaria, tornando a região mais segura. Todos estes investimentos refletem-se também no setor imobiliário, pois os imóveis se beneficiam dos investimentos feitos.
Afinal, além de uma joia no mundo das artes, o teatro proporciona a melhora da segurança, da qualidade de vida e da infraestrutura local.
Fonte: http://www.movimento.com/