GISELLE SEM EMOÇÃO NO SCALA DE MILÃO. CRÍTICA DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.
O Scala de Milão orgulhosamente apresenta Giselle, balé de fama internacional com coreografia de Jean Coralli e Jules Perrot e música de Adolphe Adam. Digno representante do Romantismo, Giselle emociona as mulheres com sua melosa história de amor, da bela e jovem camponesa pobre que se apaixona por um nobre cafajeste. A música cativa, fica na cabeça e a coreografia é de uma beleza ímpar. Sucesso desde a estréia, existem inúmeras bailarinas que dançaram Giselle e fizeram dela seu cavalo de batalha.
Svetlana Zakharova aceita o desafio de ser Giselle. A técnica da russa é notável, de uma solidez e segurança impressionante. Sua beleza irradia por todo o palco, os marmanjos babam. Falta no entanto o sentimento da personagem: ela se preocupa e dançar, e o faz muito bem. Mas a emoção, as sensações nem sempre estão presentes. Alicia Alonso, a grande dama cubana sabia como interpretar Giselle. A força e a técnica nem sempre estiveram presentes, mas ela emocionava. Entregava-se de corpo e alma a personagem, dançava e atuava. Svetlana Zakharova, entretanto, se esquece da personalidade de Giselle. Muitas vezes parece distante, quando não superficial. Consegue notabilidade nos balés russos, seu O Lago dos Cisnes de Tchaikovsky beira a perfeição. Mas quando o assunto é Giselle ela fica devendo.
Roberto Bolle faz um príncipe Albrecht monótono. O bonitão tem o difícil papel de mostrar as diversas facetas de seu personagem: apaixonado, triste, arrependido, frio, caloroso. Pouco expressivo e mais preocupado com a técnica do bailado, assim é Bolle, não se preocupou com os sentimentos. Seu papel é complexo e exige do bailarino técnica apurada e grande presença cênica. Bolle fica devendo.
A rainha das Willis, Myrtha, é dançada por Marta Romagna. Uma frieza glacial, digna do Polo Norte. Hillarion, o sempre injustiçado e fiel à amada, procura alertar Giselle das artimanhas de Albrecht. Se conselho fosse bom ninguém dava, vendia. Ela opta pelo nobre bonitão, salva-o e ainda deixa o pobre coitado do Hillarion ser defenestrado pelas Willis. Vittorio D'Amato mostra as caras de seu persongem, e apesar da injustiça que sofre, temos raiva por ele não deixar o romance dos pombinhos fluir. Missão cumprida. O corpo de baile do Scala apresenta belas passagens com sincronia precisa.
A qualidade dos cenários e figurinos é única. Padrão Scala de Milão de qualidade. A orquestração de David Colleman é precisa. A luz adequada e a coreografia segue o modelo original, sem invenções. O vídeo foi gravado em 2005, imagem e som excelentes.
Svetlana Zakharova aceita o desafio de ser Giselle. A técnica da russa é notável, de uma solidez e segurança impressionante. Sua beleza irradia por todo o palco, os marmanjos babam. Falta no entanto o sentimento da personagem: ela se preocupa e dançar, e o faz muito bem. Mas a emoção, as sensações nem sempre estão presentes. Alicia Alonso, a grande dama cubana sabia como interpretar Giselle. A força e a técnica nem sempre estiveram presentes, mas ela emocionava. Entregava-se de corpo e alma a personagem, dançava e atuava. Svetlana Zakharova, entretanto, se esquece da personalidade de Giselle. Muitas vezes parece distante, quando não superficial. Consegue notabilidade nos balés russos, seu O Lago dos Cisnes de Tchaikovsky beira a perfeição. Mas quando o assunto é Giselle ela fica devendo.
Roberto Bolle faz um príncipe Albrecht monótono. O bonitão tem o difícil papel de mostrar as diversas facetas de seu personagem: apaixonado, triste, arrependido, frio, caloroso. Pouco expressivo e mais preocupado com a técnica do bailado, assim é Bolle, não se preocupou com os sentimentos. Seu papel é complexo e exige do bailarino técnica apurada e grande presença cênica. Bolle fica devendo.
A rainha das Willis, Myrtha, é dançada por Marta Romagna. Uma frieza glacial, digna do Polo Norte. Hillarion, o sempre injustiçado e fiel à amada, procura alertar Giselle das artimanhas de Albrecht. Se conselho fosse bom ninguém dava, vendia. Ela opta pelo nobre bonitão, salva-o e ainda deixa o pobre coitado do Hillarion ser defenestrado pelas Willis. Vittorio D'Amato mostra as caras de seu persongem, e apesar da injustiça que sofre, temos raiva por ele não deixar o romance dos pombinhos fluir. Missão cumprida. O corpo de baile do Scala apresenta belas passagens com sincronia precisa.
A qualidade dos cenários e figurinos é única. Padrão Scala de Milão de qualidade. A orquestração de David Colleman é precisa. A luz adequada e a coreografia segue o modelo original, sem invenções. O vídeo foi gravado em 2005, imagem e som excelentes.
Um vídeo com um balé de grande plasticidade, mas faltou emoção aos solistas.
Ali Hassan Ayache
Comentários
Postar um comentário