PAULO SZOT ESTRELA "MY FAR LADY
Encenação assinada por Jorge Takla estreia em São Paulo com a goiana Daniele Nastri como Eliza Doolittle.
Considerado um dos maiores musicais de todos os tempos, My Fair Lady ganha, em agosto, nova montagem assinada pelo diretor Jorge Takla. Com grande elenco e orquestra ao vivo, o espetáculo – baseado no clássico Pigmalião, de George Bernard Shaw – se vale de cenários e figurinos luxuosos para narrar a história de um professor aristocrata, Henry Higgins, que aceita o desafio de transformar Eliza Doolittle, uma vendedora de rua, sem qualquer refinamento, em uma dama da alta sociedade. A montagem ocupa o novo Teatro Santander, em São Paulo, de 27 de agosto a 6 de novembro de 2016.
O principal personagem masculino está a cargo de Paulo Szot, o consagrado ator e barítono que em 2008 ganhou o Tony (o Oscar do teatro americano) de melhor ator por sua performance no musical South Pacific, na Broadway, em Nova York, tornando-se o primeiro brasileiro a receber este e outros três prêmios nos Estados Unidos – o Drama Desk, o Outer Critic’s Circle e o Theater World Awards. Dono de uma bem-sucedida carreira internacional no mundo da ópera, iniciada em 1997 em O Barbeiro de Sevilha, no Theatro Municipal de São Paulo, será a primeira vez que ele participará de um musical no Brasil. “Era um desejo antigo me apresentar aqui depois de tantos anos, ainda mais fazendo um musical na companhia de um dos maiores diretores do país, sinônimo de bom gosto e de belíssimos espetáculos. Eu e Takla temos uma grande parceria desde que ele me dirigiu em La Bohème, em 1998, e isso foi decisivo para ter aceitado esse convite. Eu não poderia me sentir mais feliz”, exalta o cantor.
Já Eliza Doolittle é interpretada por Daniele Nastri, escolhida por meio de audição entre cerca de 600 candidatas. A jovem soprano natural de Goiânia é graduada em Canto pela Universidade Federal de Goiás e mestre em Performance na Trinity Laban Conservatoire of Music and Dance, em Londres. Daniele integrou o Coro da Orquestra Sinfônica de Goiânia de 2008 a 2011 e chegou a se apresentar, no ano passado, no Blackheath Halls, na capital inglesa, interpretando a rainha das fadas Tytania, da óperaSonho de uma Noite de Verão, de Benjamin Britten. “Estar nesse espetáculo ao lado do Paulo, do Jorge Takla e de todos esses profissionais é uma situação quase surreal, como se eu estivesse em um sonho. Tenho todos eles como referência e inspiração, por isso estar nessa equipe só faz com que eu queira me dedicar e aprender ainda mais“, comemora.
Sandro Christopher (Alfred Doolittle), Eduardo Amir (Cel. Pickering),Frederico Silveira (Freddy Eynsford-Hill), Eliete Cigaarini (Sra. Higgins) eDaniela Cury (Sra. Pearce) também fazem parte do elenco, que conta com 30 atores no total, além de 14 músicos.
A música original de Frederick Loewe embala o libreto e as letras de Alan Jay Lerner, que receberam versão em português de Claudio Botelho. Responsável pela direção musical do espetáculo, o compositor e maestro Luis Gustavo Petri colecionou prêmios em universos tão diversos quanto o sinfônico, o operístico e os grandes musicais – dentre os que ele dirigiu estão West Side Story, Cabaret, My Fair Lady,Victor ou Victoria, Evita, O Rei e Eu e Jesus Cristo Superstar. Convidada para integrar a produção, a diretora associada e coreógrafa Tânia Nardini possui longa experiência com musicais no Brasil e no exterior, e em seu currículo constam títulos como Chicago, Rent, O Fantasma da Ópera, Evita e O Rei e Eu, entre muitos outros. À equipe soma-se também o premiado figurinista Fábio Namatame, cuja trajetória contabiliza mais de cem trabalhos em peças, musicais, óperas e filmes, e o cenógrafo argentino Nicolás Boni, que iniciou carreira na ópera.
História
A história de Pigmalião foi levada às telas de cinema originalmente em 1938 e chegou à Broadway há exatos 60 anos, em 1956, com enorme aclamação de público e crítica, já batizada como My Fair Lady. A produção contava com Julie Andrews e Rex Harrison nos papéis principais e foi premiada com seis Tony e um Theater World Award. Oito anos depois, Harrison retornava ao papel na versão cinematográfica de George Cukor, desta vez ao lado de Audrey Hepburn, para repetir o grande sucesso do musical. Ao todo, o filme recebeu oito Oscar, três Globo de Ouro e o Bafta de melhor filme.
“A nova montagem acontece num momento oportuno, quando a sociedade busca discutir de forma mais ampla temas e questões infelizmente ainda muito atuais, como discriminação, preconceito e barreiras sociais, além de apontar a cultura e a educação como meios possíveis de superação”, resume Stephanie Mayorkis, da EGG Entretenimento, produtora do espetáculo.
No Brasil, a primeira encenação de My Fair Lady, intitulada Minha Querida Lady, foi realizada em 1962 pelo produtor Victor Berbara. Além de Bibi Ferreira e Paulo Autran nos papéis principais, a montagem contava ainda com uma jovem Marília Pêra, em início de carreira. O espetáculo fez grande sucesso e ficou três anos em cartaz, no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
Em sua segunda montagem (a primeira foi há nove anos), Jorge Takla optou por realizar um espetáculo inteiramente novo. “Trabalhar numa nova montagem deste clássico, encenado nos maiores teatros do mundo de dez em dez anos, é um desafio imenso, delicioso e renovador. Eu mudei, cenários, figurinos e elenco também mudaram, mas a música e a história permanecem, cada vez mais adoráveis e contundentes”, resume.
Ficha técnica
Baseado no clássico Pigmalião, de George Bernard Shaw
Músicas: Frederick Loewe | Texto e letras: Alan Jay Lerner | Versão brasileira: Cláudio Botelho
Direção geral: Jorge Takla
Direção geral de produção: Stephanie Mayorkis
Direção associada e coreografia: Tânia Nardini
Direção musical: Luis Gustavo Petri
Cenário: Nicolás Boni
Figurino: Fábio Namatame
Design de luz: Ney Bonfante
Design de som: Tocko Mickelazzo
Visagismo: Duda Molinos
Perucas: Feliciano San Roman
Músicas: Frederick Loewe | Texto e letras: Alan Jay Lerner | Versão brasileira: Cláudio Botelho
Direção geral: Jorge Takla
Direção geral de produção: Stephanie Mayorkis
Direção associada e coreografia: Tânia Nardini
Direção musical: Luis Gustavo Petri
Cenário: Nicolás Boni
Figurino: Fábio Namatame
Design de luz: Ney Bonfante
Design de som: Tocko Mickelazzo
Visagismo: Duda Molinos
Perucas: Feliciano San Roman
Elenco: Paulo Szot (Professor Higgins), Daniele Nastri (Eliza Doolittle), Sandro Christopher (Alfred Doolittle), Eduardo Amir (Cel. Pickering), Frederico Silveira (Freddy Eynsford-Hill), Eliete Cigaarini (Sra. Higgins), Daniela Cury (Sra. Pearce), Ana Luiza Ferreira, Ana Paula Villar, Carol Costa, Claire Nativel, Debora Dib, Gisele Jesus, Janaina Bianchi, Luana Zenun, Maria Isabel Nobre e Talitha Pereira (ensemblefeminino), Cadu Batanero, Cayo Caesar, Daniel Cabral, Diego Luri, Elton Towersey, Felipe Tavolaro, Fernando Cursino, Paulo Grossi, Marcio Louzada e Rafael Villar(ensemble masculino), Leo Diniz (cover Prof. Higgins), Mariana Barros (swingfeminino) e Thiago Jansen (swing masculino/dance capitan)
Fotos: Jairo Goldflus
SERVIÇO:“My Fair Lady”De 27 de agosto a 6 de novembroQuintas e sextas-feiras, às 21h; sábados, às 17h e 21h; domingos, às 16h e 20hTeatro Santander (Complexo do Shopping JK – Av. Juscelino Kubitschek, 2.041, Itaim Bibi – São Paulo)Ingressos: quintas-feiras: R$ 240 (plateia VIP), R$ 180 (plateia superior), R$ 140 (frisas plateia superior), R$ 120 (balcão A) e R$ 50 (frisas balcão e balcão B); sextas-feiras, sábados e domingos: R$ 260 (plateia VIP), R$ 200 (plateia superior), R$ 160 (frisas plateia superior), R$ 140 (balcão A) e R$ 50 (frisas balcão e balcão B)Capacidade: 1.081 lugaresClassificação etária: livre (menores de 12 anos acompanhados dos pais ou responsáveis)Duração aproximada: 2h30 em dois atos, com 15 minutos de intervalo
Fonte: http://www.movimento.com/
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