PRATELEIRA NELES: GRAVAÇÕES QUE MERECEM FICAR MOFANDO NA PRATELEIRA, OTELLO COM LUCIANO PAVAROTTI.
Otello, de Giuseppe Verdi, foi cantado com maestria por tenores consagrados como Mario del Monaco, Ramon Vinay, John Vickers e Placido Domingo entre outros. O libreto de Arrigo Boito é um dos melhores da história da ópera e retrata com fidelidade a obra de William Shakespeare, uma obra prima à parte.
Pavarotti cantou inúmeras óperas com grande qualidade vocal, como Otello sua voz não é adequada ao personagem: pequena, lírica e sem o peso necessário. Seu Otello nessa gravação ficou monocromático com sua voz já apresentando sinais de decadência. Bem que o tenor italiano se esforça, mas Otello e Pavarotti não foram feitos um para o outro.
Kiri te Kanawa é mediana, seu timbre nunca me emocionou. O destaque dessa gravação fica aos cantores secundários, todos em noite inspirada. Mas a força de Otello se baseia em 3 personagens principais, e esses deixaram muito a desejar.
A regência de Solti é rotineira e sem vibração. A gravação é ao vivo, sobram chiados e sons estranhos advindos da platéia, ou sei lá de onde.
Prenúncio de uma gravação ruim, a foto de Pavarotti na capa está fora de foco.
Amigos, prateleira neles.Essa merece ser fincado em uma espada moura.
Ali Hassan Ayache
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