16 DE SETEMBRO- DIA DA MORTE DE CARLOS GOMES. ARTIGO DE MARCUS GÓES NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.



Hoje, 16 de Setembro é o dia em que, em 1896, morria Carlos Gomes na cidade de Belém do Pará.
Cabem portanto, algumas observações sobre  essa personagem, seguramente o maior artista brasileiro do século XIX,  único de sua categoria realmente conhecido internacionalmente.
A primeira observação cabível se refere à minimização que ocorre relativamente ao nome de Carlos Gomes na maioria dos livros, jornais, revistas, programas de teatro e em quase tudo que se escreve quando se começa a falar de Carlos Gomes,  quando o chamam de “maior compositor brasileiro de ópera”, “maior operista  das Américas”, “maior compositor de óperas americano do século XIX”,  e outros que tais.
Ora, caros leitores, Carlos Gomes  foi muito mais do que isso. Em primeiro lugar, foi o único compositor nascido em solo Americano realmente conhecido em todo o mundo no século XIX. Suas obras no século XIX  foram executadas em uma infinidade de países que jamais pensaram em executar obras de outros compositores nascidos nas Américas, com raríssimas exceções.
Suas óperas e trechos sinfônicos das mesmas foram executados a partir de 1863 até os dias de hoje no Brasil,  Argentina, Itália, França, Inglaterra, Cuba, Rússia, Estados Unidos, Portugal, Espanha, Alemanha, Bélgica e muitos outros países. Não há nenhum compositor nascido em solo americano com obras compostas no século XIX com tamanha abrangência de apresentações.
A minimização continua quando não o chamam simplesmente de maior compositor americano do século XIX; e continua quando o chamam simplesmente de maior compositor brasileiro daquele século.
Carlos Gomes foi o maior artista, isto sim que nosso país produziu no século XIX, apesar de termos tido um João Caetano, um Machado de Assis, um José de Alencar, um Cruz e Souza e outros vultos de quilate semelhante.
E, mais que tudo, Carlos Gomes foi o único brasileiro a fazer com que na Europa do século XIX conhecesse um pouco mais o Brasil e suas possibilidades.
Finalmente, sempre é deixada de lado e não mencionada a influência que Carlos Gomes exerceu no melodrama italiano com as singularidades, as originalidades e os aspectos ousadamente diferente de suas composições.
MARCUS GÓES- 16/09/2011

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