JI YOUNG LIM INTERPRETA MOZART NO THEATRO SÃO PEDRO. CRÍTICA DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

   


   Ji Young Lim é violinista coreana vencedora do Concurso Rainha Elisabeth da Bélgica de 2015. Pela primeira vez se apresenta no Brasil terá a chance de mostrar sua arte em cinco grandes cidades. Sua exibição no Theatro São Pedro no dia 17 de Outubro contou com o acompanhamento da Orquestra do Instituto Fukuda. 
   O início foi uma lambança, entra a orquestra com os aplausos de praxe, com a palavra o Consul da Bélgica com as palavras de praxe. Elogios para todos os lados e no fim ele anuncia a violinista. A jovem entra no palco e dá-lhe aplausos, também de praxe. Só esqueceram que a primeira parte do programa era a "Serenata para Cordas" daquele que é considerado o pai do nacionalismo na música erudita brasileira, Alberto Nepomuceno, da qual a jovem solista não participa. Antes de começar a solar o "Concerto para Violino N°5  K.219 " de Mozart Ji Young Lim percebe que todo o naipe das madeiras estava ausente. Uma simples conversa com o Spala e eles aparecem.
   Ji Young Lim como a maioria das orientais é dotada de técnica de qualidade ímpar. O problema é que sua musicalidade é seca, fria e sem a vivacidade que o concerto exige. Falta-lhe os pianíssimos que dão brilho e fazem o som ser vivaz. A jovem pode se tornar uma excelente solista e ela tem potencial para isso, só falta aprimorar um estilo próprio e imprimir nas peças algo pessoal e único.
   A Orquestra do Instituto Fukuda teve participação honesta, acompanhou com dignidade a solista e exibiu sonoridade firme na "Sinfonia de Câmara" de Shostakovich. Mesmo sem regente conseguiu volume e andamentos corretos. Deu brilho as melodias sempre eficazes e charmosas da "Serenata para Cordas" de Alberto Nepomuceno.
Ali Hassan Ayache

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