A DESCARACTERIZAÇÃO DA CIDADE DA MÚSICA. ARTIGO DE FERNANDO BICUDO NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.
A Cidade da Musica foi construída, com uma das três melhores acústicas do mundo, para ser a Casa da Orquestra Sinfônica Brasileira, o mais tradicional grupo orquestral do pais. Essa espetacular Grande Sala de Concertos, até hoje, o publico carioca não pode conferir, porque a sua atual administração promoveu uma criminosa descaracterização de sua conformação arquitetônica e ainda eliminou um terço de sua plateia!!!
O povo carioca não sabe que existem inúmeras salas de ensaios, prontas, com suas paredes previamente calculadas, em ensaios computadorizados, e equipadas para as especificidades de cada tipo de som e instrumento musical que a for usar. Para cada naipe da orquestra existe uma ou mais salas com a sua acústica apropriada para o seu ensaio. Hoje, algumas dessas salas estão sendo ocupadas pela administração e usadas como escritórios! Enquanto isso, a Sala construída para os ensaios da orquestra, com suas paredes e teto acústico controlado por computador, que dispõe de um balcão com mais de cem lugares, para que os ensaios possam ser apreciados por estudantes de música, esta sendo utilizada apenas para gravações comerciais e a OSB não pode ocupar o espaço construído para ela. Hoje, a OSB esta ensaiando, inadequadamente, na Sala feita para ensaios de peças cênicas, apertada e sem acústica. Um horror. E os super equipados Salão de Dança e o imenso Auditório do Coro, que tem acústica para ensaios de pecas corais, estão sem ocupação ou tendo uso desvirtuado.
Ao invés de ser o dinâmico Centro apresentador de música em condições excepcionais, com programa educacionais de Formação Musical, Instrumental e de Canto, Dança e Artes Cênicas, tudo com grande eficiência, por pequenas questões meramente politicas, para que não fosse reconhecida a excelência alcançada pela administração municipal anterior, tentaram passar para a população que se tratava de um imenso desperdício de dinheiro publico, um elefante branco. Ora, trata-se de um altamente tecnológico complexo equipamento cultural, sem similar na América Latina, construído por R$700 milhões, ou metade do preço de uma das inúmeras arenas esportivas e estádios da Copa e das Olimpíadas. Para apenas a apresentação de peças musicais, bastava gastar uns R$25 a 30 milhões, ou seja: VINTE VEZES MENOS! A isso, chamo de desperdício e mal uso do bem publico. Sem falar do incremento fantástico que poderia ter ocorrido na Cultura e no Turismo do Rio!!!
Fernando Bicudo
Foto Internet, Cidade de Música
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