A SOPRANO DIANA DAMRAU E O BAIXO-BARÍTONO NICOLAS TESTÉ ABREM A SÉRIE DE CONCERTOS DO MOZARTEUM BRASILEIRO 2017.

Foto: Diana Dmarau e Nicolás Testé , ela com vestido vermelho e ele de paletó. Damrau está a esquerda e atrás dela está Nicolás segurando um de seus braços. #paracegover

A soprano Diana Damrau e o baixo-barítono Nicolas Testé abrem em maio a série de concertos do Mozarteum Brasileiro 2017

Cantores que estão entre os mais solicitados do mundo se apresentam na Sala São Paulo, nos dias 1º e 2 de maio, acompanhados pela Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro


São Paulo, abril de 2017 - Em sua primeira apresentação no Brasil, a soprano alemã Diana Damrau e o baixo-barítono francês Nicolas Testé, aclamados mundialmente por suas performances vocal e cênica com espetáculos memoráveis, abrem em maio, na Sala São Paulo, a série de atrações programadas pelo Mozarteum Brasileiro para este ano, na capital paulista. Serão dois concertos, nos dias 1º e 2 de maio, que levarão ao público um único programa da mais alta qualidade, com árias famosas de grandes mestres do gênero: Rossini, Verdi, Gershwin, Bellini, Gounod, Ponchielli, Meyerbeer e o brasileiro Antonio Carlos Gomes. O célebre casal de cantores será acompanhado pela Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro, com a regência do Maestro Carlos Moreno, que acabam de chegar do Festival Música em Trancoso, onde dividiram o palco com renomados músicos internacionais.

No programa, Diana Damrau e Nicolas Testé interpretarão a abertura do Barbeiro de Sevilha (“Una voce poco fa” e “La calunnia”), ópera cômica de Gioachino Rossini, que ficou famosa principalmente por ter sido utilizada em diversos filmes e desenhos animados. É uma das óperas mais conhecidas e mais executadas de todos os tempos. Entre outras peças marcantes do programa, destaque para Don Carlo de Giuseppe Verdi (“Le Ballet de la Reine” e “Elle ne m´aime pas”), considerada por  muitos a mais Wagneriana de suas obras, com caráter histórico-religioso marcante.

Destaques
Outros pontos altos da apresentação do casal de cantores: Romeo and Juliet (“Amour, ranime mon courage”), em versão de Charles Gounod, baseado no clássico de William Shakespeare; e árias de Les Huguenots, ópera de Giacomo Meyerbeer que retrata o massacre do Dia de São Bartolomeu em 1572, quando milhares de huguenotes protestantes, na França católica, foram mortos com violência em assassinatos planejados contra multidões.

“Alvorada”, peça do início do quarto ato da ópera Lo Schiavo, de Carlos Gomes, contemporâneo de Wagner e Verdi, é outro destaque da programação. A ópera conta a história de um índio escravo na época da fundação da cidade do Rio de Janeiro, quando era abundante a escravização dos índios Tamoios pelos portugueses. Lo Schiavo é  considerada uma das melhores produções de Carlos Gomes, e “Alvorada”  é apontada por vários críticos como uma das mais belas peças por ele escritas em toda sua carreira. Diana Damrau e Nicolas Testé também interpretarão outra criação do brasileiro: uma ária de Salvator Rosa (“Di sposo, di padre”), sua quinta obra e cujo personagem principal é um pintor revolucionário muito querido no imaginário da Itália.

Entra em cena também peça do terceiro ato da ópera “La Gioconda” (Si, morir ella dè”), baseada em obra de Victor Hugo, e outras obras de Bellini e Meyerbeer. A despedida de cada noite será com Porgy and Bess (“Bess you is my woman now”) da ópera popular de mesmo nome do compositor americano George Gershwin, sobre  um mendigo deficiente físico que vive nas favelas de Charleston, na Carolina do Sul. O drama transcorre sobre a tentativa de resgatar sua amada Bess de um amante violento e possessivo, e de um traficante.

Em suas primeiras apresentações nos Estados Unidos, a obra de Gershwin gerou muita polêmica por ter um elenco de afrodescendentes, que não deferia a autenticidade exigida pela história, e por seu gênero musical, inédito naquele momento. Com o tempo, porém, Porgy and Bess tornou-se um clássico obrigatório na cena lírica americana, e teve produções em mais de 50 casas de óperas fora dos Estados Unidos. Agora, pode ser assistida na Sala São Paulo.

Diana Damrau
Cantora lírica que já foi definida pela imprensa internacional como a “principal soprano coloratura do mundo”, um tipo de voz que se caracteriza pela destreza e por ser a mais aguda dos sopranos. Tem sido uma das intérpretes mais disputadas pelos principais teatros de ópera e concertos do mundo, atuando regularmente em locais e eventos de renome, como Wigmore Hall, Carnegie Hall, La Scala, Philarmonie de Berlim e o Festival de Salzburgo. Uma diva com poder de estrela suficiente para que o Metropolitan House de Nova York montasse uma produção exclusiva para ela, interpretando Leila da obra-prima de Bizet “Les Pêcheurs de Perles”.

Foi também na Metropolitan House que Diana Damrau encenou os personagens mais marcantes de sua carreira, sendo a primeira cantora da história da instituição a interpretar os papéis de Pamina e Rainha da Noite, em diferentes apresentações da mesma montagem de “A Flauta Mágica”, de Mozart, com transmissões em HD para cinemas do mundo todo. A cantora também encenou obras contemporâneas em palcos operísticos, vivendo papéis escritos especialmente para ela. Diana Damrau é artista exclusiva da EMI/Virgin Classics (atual Warner/Erato).

Nicolas Testé
"Como Júpiter, Nicolas Testé desencadeou um baixo ressonante e aveludado digno de um deus", disse a crítica do Ópera News sobre sua voz em uma de suas atuações. Estudou piano, fagote e história da música em Paris, antes de seguir carreira como cantor. Estudou na Opéra National de Paris e no Centro de Formação Lírica da capital francesa. Foi como cantor de ópera que ficou conhecido internacionalmente, ele se apresenta com regularidade em renomados palcos de ópera, como a Metropolitan Opera House de Nova York, Staatsoper de Munique, Óperas de Los Angeles e São Francisco, Deutsche Oper Berlin, Opéra National de Paris, Teatro San Carlo de Nápoles, La Fenice de Veneza, Grand Théâtre de Genebra, bem como nos festivais de Glyndebourne e Chorégies d’Orange.

Mais recentemente, Nicolas Testé cantou o papel de Zuniga em “Carmen” de Bizet, no Metropolitan Opera Stage e interpretou Raimondo em “Lucia di Lammermoor”, fazendo sua estreia na Ópera de São Francisco. Naquele ano, também interpretou Nourabad em outra ópera de Bizet, “Pearl Fishers”.

Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro
Sob a regência do maestro Carlos Moreno, a Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro é formada por 62 bolsistas e 15 músicos profissionais. O lançamento oficial da OAMB foi em março de 2017, durante a 6ª edição do Música em Trancoso. A criação da orquestra é uma iniciativa do Mozarteum Brasileiro, que tem entre seus objetivos, revelar jovens talentos e criar oportunidades para aperfeiçoarem-se, inclusive ao lado de grandes nomes da música, nacionais e internacionais. A Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro nasce sob a elevada expectativa de oferecer ao Brasil um bem de valor incalculável, com a perspectiva de um futuro cultural promissor para o País e para os jovens integrantes da OAMB.

Ainda neste ano, o Mozarteum Brasileiro terá a Orquestra Sinfônica Estatal de Istambul, nos dia 20/6 e 21/6, regida por Milan Turkovic, com Vadim Repin no violino; e a soprano Pretty Yende ao lado do tenor Javier Camarena, tendo Angel Rodriguez ao piano, nos dias 8 e 9/8.


Ingressos
Mozarteum Brasileiro tel. (11) 3815-6377 www.mozarteum.org.br e Ingresso Rápido www.ingressorapido.com.br e (11) 4003.1212 (ambos sem taxa de conveniência), e na bilheteria da Sala São Paulo.

Programação – Sala São Paulo
Diana Damrau, soprano & Nicolas Testé, baixo-barítono 
1 e 2/5 – Às 21h00
Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro, regência de Carlos Moreno
Ingressos/Setores: R$210 (D); R$340 (C); R$480 (B); R$600 (A)
Obs.: A programação é a mesma nas duas noites

Gioachino Rossini (1792-1868)
Barbeiro de Sevilha:
Abertura                                            
 “Una voce poco fa”                                                                  
 “La calunnia“                                    

Giacomo  Meyerbeer (1791-1864)
“Les Huguenots”: “Nobles seigneurs”                                                                                  
“Pif, paf, pouf”                                               

Giuseppe Verdi (1813-1901)
“Don Carlo”: “Le Ballet de la Reine”                              
 “Elle ne m’aime pas”                                   

Charles Gounod (1818-1893)
“Romeo and Juliet”: “Amour, ranime mon courage”                       
                                                                                                         
Antônio Carlos Gomes (1836-1896)
“Lo Schiavo”: “Alvorada”                                                      

Giacomo Meyerbeer (1791-1864)
“Dinorah ou Le pardon de Ploërmel”
“Ombre légère”                     

Antônio Carlos Gomes (1836-1896)
“Salvator Rosa”:
“Di sposo, di padre” (Il Duca d’ Arcos)                                

Vincenzo Bellini (1801-1835)
“I Puritani”: “O rendetemi la speme… Qui la voce sua  soave… vien’ diletto”                                         
Amilcare Ponchielli (1834-1886)
“La Gioconda”: “Sì, morir ella dè!”                          

George Gershwin (1898-1937)
“Porgy and Bess”: “Sinfonia Picture of Porgy and Bess                            
“Bess you is my woman now”                     


Patrocinadores
Mantenedores: EMS
Ouro: Bradesco, Banco Votorantim, Ernst & Young
Prata: Allied, Banco Safra, Monsanto, Pirelli
Colaborador: Clariant, HTB, L’Occitane, Estadão e Vale-Cultura
Realização: Mozarteum Brasileiro, Ministério da Cultura, Lei de Incentivo a Cultura, ProacSP, Governo do Estado de S.Paulo – Secretaria da Cultura


Mozarteum Brasileiro
Fundado por Sabine Lovatelli e Claude Sanguszko, é uma das mais conceituadas associações culturais do país e tem como objetivo valorizar e difundir a cultura musical. Por meio da organização e promoção de espetáculos de música erudita e da manutenção de uma série de atividades educativas em São Paulo e Trancoso, sul da Bahia, fomenta a inclusão social e estende o acesso ao melhor da música para o maior número de pessoas. Desde 1981, início de suas atividades, vem atuando para cumprir dois grandes objetivos: trazer a excelência musical internacional para o público brasileiro e, ao mesmo tempo, incentivar o desenvolvimento pessoal e social por meio de várias iniciativas de cunho cultural e educativo. Traz ao Brasil algumas das maiores orquestras do mundo e abre espaço em sua programação para a apresentação de orquestras jovens e novos talentos brasileiros. Em sua trajetória, realizou mais de 1.500 concertos, que foram vistos por mais de dois milhões de espectadores, em salas de concertos e locais públicos. Mais de nove mil alunos passaram pelas masterclasses e 240 jovens talentos foram encaminhados às melhores instituições musicais nacionais e europeias, por meio de bolsas de estudos concedidas pela instituição.

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