LAMBANÇA NA OSESP: DEFICIENTE VISUAL É BARRADO.

 Na quinta-feira do dia 15/06/2017, no intervalo, ocorre uma cena patética e constrangedora. Um deficiente visual que costumeiramente vai à Sala SP “SOZINHO”, mesmo com todas as dificuldades encontradas por sua deficiência, foi barrado na entrada pelos funcionários. É intolerável que a OSESP, uma instituição que não visa lucro, bancada em sua maioria com verbas públicas, que tem como obrigação democratizar a música erudita, não se sinta constrangida em barrar um jovem deficiente visual. Este sai da escuridão da sua casa, passa por um perrengue imenso para chegar ao metrô, depende de boas almas que possam ajudá-lo na locomoção para chegar ao seu destino e é barrado por uma administração mesquinha. A direção, com essa atitude, passou dos limites do tolerável.
Ali Hassan Ayache

Resposta da OSESP:

"A pessoa a qual você se refere no e-mail é um frequentador assíduo da Sala que conhece as normas da casa e sabe que, assim como qualquer outro frequentador, não pode entrar para assistir aos concertos sem um ingresso (seja comprado ou de doação). Não se trata de capricho, mas do cumprimento de regras estipuladas pelos órgãos fiscalizadores e pelo Corpo de Bombeiros. Regras que existem para, além de um controle interno, manter a segurança do próprio público da Sala São Paulo, evitando que pessoas se acomodem em lugares inapropriados ou, ainda, que tenhamos mais público que o sabido, o que poderia dificultar a organização de procedimentos de emergência, caso sejam necessários. 

De todo modo, é importante ressaltar que o frequentador mencionado aguardou pelo tempo que se fez necessário até que fosse conseguido um ingresso de doação e que ele pode acompanhar a segunda parte do concerto da quinta-feira - tendo em vista que ele chegou no intervalo entre as duas partes.
Sua acomodação foi acompanhada por uma de nossas funcionárias e tudo correu bem.

Por fim, vale ainda informar que a Fundação Osesp iniciou um trabalho com entidades como a Fundação Dorina Nowill e desde de Maio tem concertos acessíveis, aos domingos pela manhã, com áudio descrições do espetáculo e da Sala São Paulo para o público com deficiência auditiva."

Atenciosamente,

Alexandre Felix
Comunicacao | Imprensa

Comentários

  1. Que eu saiba, a pessoa mencionada, assíduo frequentador, nunca precisou de ingresso para entrar. Por quê isso agora???

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  2. Realmente ele tem acesso livre à sala...Inclusive no Cultura Artística e Mozarteum...Isso é sacanagem mesmo...

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  3. Norma de corpo de bombeiros estando os programas com significativa redução de público e alguns às moscas...
    façam-nos o favor Osesp de não insultar o discernimento do público... independente de ser deficiente ou não. A bilheteria deveria permanecer operante evitaria restringir
    chegar atrasado o que não é crime nenhum. São várias as peças apresentadas - dai não deveria causar "crise
    de protocolo na entrada" sem deixar de lembrar que mais dificil de engolir são os ingressos recolhidos e descartamos que poderiam ser distribuídos para quem comparece com intuito de fruir música - mesmo que não possa pagar ou que de de cara com a bilheteria fechada. Pelo menos 15min antes deveriam estar disponíveis para quem necessite usá-los.
    Democratizar não dificultar acesso contribui pra que maior público possa fruir!

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    1. Parabéns pela resposta...excelente reflexão...

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    2. Mesmo sendo assinante, concordo que os ingressos que sobram deveriam ser distribuidos aos admiradores que não tem vão ao local e não tem condições de comprar, pois a osesp não é uma instituição para gerar lucro.

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