INSTITUTO ODEON ME FAZ SENTIR SAUDADES DO NESCHLING. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

   
Logo Instituto Odeon, imagem Internet.
                              
     A entrevista realizada pelo colega João Luiz Sampaio com o gestor do Theatro Municipal de São Paulo Carlos Gradim, representante do Instituto Odeon que administra o TMSP,  mostra algumas certezas. O novo gestor usa os velhos clichês surrados de falar bonito e não dizer nada. Vejamos algumas de suas palavras, "queremos criar um planejamento estratégico, uma visão, uma missão, que englobe o passado e o valor simbólico do Municipal. Queremos resgatar esse imaginário pois houve um momento de ruído recentemente. Estamos trabalhando para diagnosticar problemas e criar planos de ação." 
   A nova administração parece não entender qual a função única e primordial do Theatro Municipal de SP. Ele foi concebido para a ópera, dança e música clássica. Para qualquer outro tipo de evento existem diversos espaços públicos na cidade. É inaceitável que no mais tradicional palco paulistano se realize a Noite de Gala do Circo. O que pode vir amanhã? Colação de grau ou aluguel do teatro para festa de bacanas.
  O discurso mostra que o Theatro Municipal de SP terá eventos de todo tipo e essa parece ser a tônica da nova administração. "Queremos ter uma resposta a respeito da missão do teatro, sobre para que ele existe. Vamos experimentar o Municipal de novo em todas as suas possibilidades, entendendo que um espaço público é um espaço para todos. Nesse sentido, a educação faz parte do nosso DNA e nos interessa aprofundar de modo racional e qualitativo a relação com as escolas."
  Ao invés do cargo de diretor artístico o Instituto Odeon inventa o conselho artístico. Vejo como praticamente impossível artistas de diversas áreas se entenderem. Esse namoro vai virar divórcio em breve, os nomes citados na próxima frase foram impostos e não escolhidos pelo Instituto Odeon. “Temos lidado com isso bem. O conselho tem além de mim, da Tatiana Rubin, diretora executiva do teatro, e de André Sturm, o Ismael Ivo, diretor do Balé da Cidade, e Roberto Minczuk, regente da Orquestra Sinfônica Municipal, artistas que nos foram colocados como condição. E que bom, são duas pessoas com personalidade. É um namoro ainda, mas que vai dar casamento. Tanto que já temos a grade do ano que vem pronta. E mesmo o Sturm tem proposto ideais importantes, como a de ter um conceito. A relação está bacana e saudável”. A impressão que fica é que tem muito cacique para pouco índio, prevalece o manda quem pode, obedece quem tem juízo. 
  As dívidas da gestão anterior com diversos profissionais que trabalharam no teatro foram completamente esquecidas. O Instituto Odeon alega que eventuais obrigações anteriores não tem relação com o eles. Os profissionais que levaram calote trabalharam para o Theatro Municipal de São Paulo e tem todo o direito de receber o que está em contrato, seja qual for a Organização Social que administra a casa. O nome da instituição é que está em jogo e não uma OS que pode não existir mais amanhã.
 Ali Hassan Ayache
   

Comentários

  1. Estou em choque com esta confissão de calote,ISSO É UMA CACHORRADA!É impressionante também como nunca falam como artistas e sim como administradores.Neschling falava em combater a mediocridade,a pasmaceira,tudo bem é um ditador,uma pessoa difícil mas tinha uma visão de artista.Com o apoio de Mario Covas conseguiu fazer uma sala de concertos e elevar a OSESP como nunca se fez por estas bandas.Com o apoio de Haddad seu período frente ao grande palco da paulicéia,não sei se houve roubo isso não posso provar,foi uma época em que a orquestra tocou como nunca e óperas quase nunca montadas no nosso país receberam encenações dignas de casas europeias ou norte-americanas.Logo no início dessa nova administração, sem modéstia afirmei nesta mesma seção de comentários que a mediocridade iria imperar sob a nova direção.Isaac Carneiro Victal.

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  2. Se é chocante a noite do circo é bom lembrar q já te noite d revista caras, noite d Antonio Nóbrega...

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  3. Na sala Sp também tem eventos de todos os tipo, isso não quer dizer nda..o que falta é a revisão desse modelo de administração falida que isenta as responsabilidades da prefeitura e do estado.
    Não defendendo a Odeon, mas em 6 meses de gestão ,sem verba, com o teatro sucateado, sem papel higiênico e ratos e baratas no fosso fica difícil avaliar algo.
    E mais uma vez a prefeitura tira o foco dela para outra Os.

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