OSESP: NATALIE STUTZMANN BRILHA NA TEMPORADA 2017 E A PERDA DE DUAS MIL ASSINATURAS EM CINCO ANOS. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.
Cada dia é mais evidente que a regente titular da OSESP Marin Alsop não se importa muito com a orquestra. Fato é que no ano de 2017 quem arrebentou foi Natalie Stutmann, como regente e cantora mostrou talento em diversas apresentações. É um dos nomes mais interessantes para dirigir a orquestra após 2019. Já foi informado que Alsop não renovará seu contrato.
O detalhe principal é a necessidade do novo titular ter participação efetiva na cena musical paulista. Este tem que mostrar envolvimento com a orquestra, músicos e sociedade.
Outra solução é a busca de um nome nacional para dirigir a OSESP, para os que dizem não existir ninguém capacitado em solo nacional cito: Jamil Maluf, Ligia Amadio, Claudio Cruz, Roberto Minczuk e Marcelo Lehninger. Estes nomes teriam tempo e se dedicariam de corpo e alma para com a orquestra.
Após diversas negativas da OSESP de fornecer dados de interesse do cidadão, a questão era o número de assinantes dos últimos cinco anos, informação conseguida em solicitação feita ao portal de transparência no último dia 25 de Abril e atendida no dia 18 de Agosto. A resposta tarda mas não falha e o números não mentem, constatam e provam porque a direção da OSESP não queria fornecê-los. O número de assinantes vem despencando, a perda é de 733, sendo que 500 no último ano e quase 2000 assinaturas evaporaram nos últimos cinco anos.
A desculpa plausível é a crise financeira, pode ser um dos motivos, mas não o único. A programação pífia feita para atender o gosto pessoal da regente Marin Alsop e do diretor artístico Arthur Nestrovski, regente que pouco se dedica a orquestra aparecendo por aqui dez semanas por ano, política de exclusão feita através de ingressos caros, o fim do programa ingresso da hora, a antipatia dos músicos com a regente titular, estacionamento em terreno público a preço de particular e a falta de diálogo da direção com o público provocaram uma debandada geral.
Existe algum plano para trazer o público de volta à Sala São Paulo? Os números abaixo contam queda em todos os quesitos, quem é o responsável por cobrar da direção da OSESP resultados? Analisando os dados oficiais vemos que o trabalho da atual direção é fraco.
A OSESP é financiada com dinheiro público, mais de 70% de sua renda advém dos impostos pagos pelos cidadãos e é inadmissível que a direção tenha uma política elitista. O intuito dela deve ser servir a população em geral com grande parte de seus ingressos a preços populares e gratuitos. Abaixo seguem os dados enviados pela Secretaria de Cultura do Estado de SP:
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2013 |
4778
|
34
|
10.727
|
92.269
|
34.291
|
126.560
|
1.241
|
100%
| |
2014
|
4618
|
34
|
10.154
|
78.398
|
35.733
|
114.131
|
1.119
|
90%
| |
2015
|
4572
|
36
|
9.828
|
85.341
|
44.391
|
129.732
|
1.201
|
97%
| |
2016
|
4538
|
32
|
9.477
|
71.585
|
38.397
|
109.982
|
1.146
|
92%
| |
2017
|
4045
|
32
|
8.705
|
36.036
|
20.442
|
56.478
|
1.107
|
89%
| (*) |
| (*) até 31/07/2017 Fonte: Órgão/Entidade: Secretaria Estadual da Cultura SIC: Secretaria Estadual da Cultura | |||||||||
Por transitar entre 3 estados,MG,RJ e SP;gostaria de comparar as instituições culturais dos 3.Os melômanos cariocas sofreram este ano com a falta de apresentações,os músicos ainda mais com a situação indigna tanto do Theatro Municipal quanto da Sinfonica Brasileira,ambos em luta pela sobrevivência!Na paulicéia a cada ano diminuem os recursos destinados às orquestras,teatros de ópera e conservatórios, apertando o governo cada vez mais as amarras para ver até quando a classe dos músicos aguenta.No meu estado MG há 4 anos não recebe reajuste o montante destinado à nossa principal orquestra,mas a Filarmônica de Minas acaba de anunciar a construção de um órgão monumental em sua nova casa na estação da cultura Itamar Franco,também promete LANÇAR EM SELO PRÓPRIO TODAS AS SINFONIAS DE GUSTAV MAHLER,COLOCANDO TUDO DISPONÍVEL PARA STREAMING GRATUITO NA INTERNET!Estou muito feliz pois num ano repleto de notícias terríveis esta nova me encheu de alegria.A mídia paulista e carioca não está divulgando isso,mas é um feito histórico,para se ter ideia nunca sequer tocaram este ciclo completo fora das capitais do RJ e SP.A número 8,conhecida como Sinfonia dos Mil,é apresentada em poucas cidades mundo afora,na américa latina já foi gravada na Venezuela por Dudamel e no México 2 vezes,em Xalapa por Savín e na Cidade do México por Carlos Miguel Prieto.Na China só foi estreada em 2002.Devem existir países no leste europeu em que esta obra sequer deve ter sido estreada,estou supondo não sei dizer com certeza.Estas gravações vão marcar época pois nunca no Brasil uma orquestra se lançou a uma empreitada tão complexa.Isaac Carneiro Victal.
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