MELHORES E PIORES DE 2017 PELO BLOG DE ÓPERA & BALLET: PIOR CANTORA SOLISTA, MARLY MONTONI.
Serve de alerta aos cantores e cantoras que aceitam todo o tipo de personagem e sabem que não tem a voz adequada para o mesmo. Marly Montoni é um excelente soprano, já foi elogiada nesse blog pela grande apresentação da ópera "O Espelho" de Jorge Antunes. Outros colegas elogiaram sua atuação em "Porgy & Bess" de George Gershwin em Belo Horizonte.
A personagem Abigaile, da ópera Nabucco, é uma das grandes heroínas verdianas e exige voz de grande volume, dramática e de timbre escuro com dificuldades vocais elevadas ao extremo. Fatores esses que não existem na voz de Marly Montoni no momento atual de sua carreira. Abaixo seguem críticas publicadas nesse Blog:
"Constato e existência de diversos desastres vocais. O maior deles foi Marly Montoni, voz inadequada para a personagem Abigaille. Soprano lírico pensa que pode cantar como dramático é um desastre completo. Os agudos sempre gritados, o timbre sem brilho e a falta de volume na voz foram a tônica do desastre. Compensou com alguns bons momentos de atuação cênica, embora isso seja insuficiente para encarar o desafio de cantar um dos personagens mais difíceis da escritura verdiana. Sua primeira entrada em cena é uma mistura indefinida de cômico com o trágico.
Os aplausos efusivos do público, os elogios ao final do evento e as postagens dos amigos nas redes sociais podem fazer a artista pensar que cantou de forma soberba. Amanhã Marly Montoni imaginará que é uma cantora wagneriana, falta um longo caminho para isso, se é que isso pode vir a acontecer. Errou quem a escalou e mais errado ela ter aceito o desafio intransponível à sua voz. Para aqueles que dizem não ter ninguém no Brasil apto para Abigaille na plateia estava Tati Helene, essa sim com condições vocais e cênicas para a personagem." Nabucco, Theatro Municipa de São Paulo, Ali Hassan Ayache, Blog de Ópera & Ballet.
"A interpretação desta devassada Abigaile de Marly Montoni; ficou bastante aquém, cujos méritos não tem condições de corresponder com o que se espera dessa que é uma das duas maiores criações dramáticas de heroínas verdianas. Volume, legatos, apogiaturas, ornamentos e principalmente o registro de uma dramático de coloratura indispensável para uma personagem vil e guerreira; faltam-lhe técnica e musicalmente." Nabucco, Theatro Municipal de São Paulo, Marco Antônio Seta, Blog de Ópera & Ballet.
" Ainda pior esteve a soprano Marly Montoni . Cheguei a São Paulo com boas recomendações para ouvi-la, mas a decepção foi grande. Creio que o problema, aqui não foi a qualidade da voz da artista, mas, sim, a total inadequação de seu instrumento para cantar a parte de Abigaille, uma das mais terríveis do repertório verdiano. Tal como a personagem-título da Norma, de Bellini, Abigaille exige um registro vocal não muito comum em nossos dias: soprano dramático de agilidade (ou soprano dramático coloratura), o qual definitivamente não é o registro de Montoni. Erro duplo, portanto: primeiro, de quem a convidou; e depois da própria soprano, por ter aceitado o convite para cantar uma parte da qual ela deveria saber que não daria boa conta.
Por não ter a voz adequada à parte, Marly Montoni precisou se virar. Recorreu bastante à voz de peito, através da qual atingiu belos graves, mas foi só. Do registro médio pra cima, complicou-se bastante, obtendo uma emissão quase sempre forçada, sobretudo nos agudos. Por conseguinte, sua afinação oscilou bastante, e por tudo isso, em passagens como o dueto Donna, chi sei?, a ária Anch’io dischiuso un giorno e, especialmente, a cabaletta Salgo già del trono aurato, seu rendimento ficou abaixo do minimamente satisfatório.
O problema da inadequação vocal está se tornando corriqueiro no Brasil. Exatamente uma semana antes, no Don Giovanni apresentado no Theatro da Paz, em Belém, pelo menos dois cantores tinham as vozes inadequadas para as partes para as quais foram convidados. Quando alguém pensa em montar Nabucco, o raciocínio deveria ser simples: sem uma Abigaille de verdade à disposição, o título não deveria ser sequer considerado, mas, ao contrário, sumariamente descartado. Outro título, pois, mais adequado às vozes disponíveis no momento, deveria ter sido o escolhido." Nabucco, Theatro Municipal de São Paulo, Leonardo Marques, movimento.com
Se vcs acharam um horror a Abigaile da Marli Montoni (eu achei inadequada, mas não um horror), é porque vcs não viram a Elaine Morais do outro elenco. Essa sim foi um desastre total. Sem projeção, sem coloratura, sem graves, com agudos apertados e velados... Foi um verdadeiro suplício ouvir a ópera até o fim por conta dessa senhora. Como escalam um soprano leve para um papel dramático!?
ResponderExcluirPior blog de opiniões pessoais que se intitula um blog de críticas: Ópera & Ballet.
ResponderExcluirVocês é que são um erro, bando de metidos a intelectuais que pensam que tem alguma capacidade de julgar qualquer artista.