MAHLER, O REI DAS ABERTURAS DE TEMPORADAS. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

   


   Nos últimos anos virou moda abrir temporadas de concertos com Gustav Mahler, nada contra o nobre compositor, mas esse ano todos resolveram fazer o mesmo. Quanta falta de criatividade.
   O Theatro Municipal de São Paulo abriu sua temporada com a  8ª Sinfonia. A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) abrirá a temporada no dia 08 de Março com a Sinfonia nº 7, parece que a regente da casa, Marin Alsop, não sabe abrir temporadas com outra coisa, todo ano é Mahler. Acabo de saber que o Theatro Municipal do Rio de Janeiro abrirá a temporada com a Sinfonia nº 2, adivinhem de quem , ele mesmo Mahler no próximo dia 30 de Março. 
   Por que o Gustavinho é tão querido a ponto de ter os três maiores teatros líricos brasileiros abrindo suas temporadas em homenagem à ele? Será que não existe nenhum outro compositor merecedor dessa honraria?
Ali Hassan Ayache

Foto: Gustav Mahler, foto Internet.

Comentários

  1. O pior é que são obras muito difíceis e na maioria das vezes mal conseguem tocar as notas que o compositor escreveu ...

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  2. Muito mais fácil é tentar tocar as difíceis notas do compositor germânico e suas apogiaturas, ornamentos, contratempos e contrapontos......!!! a marmelada está feita e muito bem realizada! Os "sabe-tudo", administradores, coordenadores e donos da verdade se esquecem de nossos patrícios Heitor Villa-Lobos, ao qual destinam uma pré e famigerada temporada sinfônica-camerística sob o título de Festival Villa (pura demagogia de pobreza imensa) em relação ao grande Villla-Lobos; a este se deveria abrir espaço nas temporadas sinfônicas que ora se iniciam, introduzindo-0 na programação de suas séries de assinaturas. Ademais se lembram que existe um campineiro chamado A. Carlos Gomes, mestre universal do canto lírico americano. Poder-se-ia inaugurar com a sua "Floresta Amazônica" ou "O Descobrimento do Brasil ou "Uirapuru", bailado sinfônico de beleza continental....e as sinfonias revistas pelo ilustríssimo Mtrº Isaac Karabtchevsky; ou então abrir-se a Lírica desses Theatros Municipais com a "Maria Tudor", ou "Lo Schiavo", ou ainda que a sovada "Il Guarany" ou mesmo "Salvatore Rosa" ou "Colombo"; poema vocal-sinfônico; derradeira obra de Gomes. Por quê e para quê ? Quais seriam os lucros de bilheteria e quais seriam os percursos e percalços dessa empreitada ? A troco de quê ?

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  3. Impressionante como tudo é motivo para reclamação. Um Ano atrás o municipal de São Paulo abriu sua temporada com TODAS as Bachianas do Villa... Esse ano foi Mahler e foi ótimo. O Municipal do RJ vai fazer a Ressurreição. Alguém sabe o que eles estão passando lá? Acho o título muito apropriado pelo o que eles vem passando... O problema de vcs, pseudos críticos, é reclamar de tudo...
    Talvez estejam precisando de uma ocupação!!!

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  4. Gostaria de saber o seu sobrenome < Eduardo....? de que ?
    Aqui não tem pseudo-críticos, somos conhecedores do mettiér há décadas, além do mais, sou jornalista formado, estudei música, piano, teoria musical, harmonia, história da música Universal, contraponto, folclore brasileiro, música de câmara e Ópera entre outras nomenclaturas da Arte Musical. Durante décadas seguimos as temporadas dos Theatros Municipais de São Paulo e Rio de Janeiro; bem como as do Palácio das Artes de Belo Horizonte, do Teatro Guaíra, em Curitiba, onde residi por vários anos de minha vida, tendo lá realizado o programa de Opera na Rádio Educativa do Estado do Paraná, durante vários anos. E o Sr. Ali Hassan Ayashi, fiscaliza rigorosamente todo o movimento da Sala São Paulo e a sua deficitária programação nas temporadas sinfônicas, onde há uma predominância de Leonard Bernstein, compositor favorito de sua regente titular e, igualmente Gustav Mahler nos últimos quatro anos em suas temporadas, além de determinarem aos seus assinantes a obrigação e a imposição de ouvirem inúmeras peças em primeira audição de compositores contemporâneos, às quais quase nunca, há interesse algum e muito menos curiosidade desse distinto público que lá acorre; motivo pelo qual tem afastado inúmeros assinantes de suas frequências àquela Sala. O ciclo das sinfonias de Brahms. Tchaikovsky, Bruckner, Borodin, Mozart, como também peças de Rachmaninoff como os seus concertos para piano na íntegra, e os concertos de Chopin; não são apresentados, bem como as óperas de Carlos Gomes que ficam no seu Arquivo Artístico, desde que faleceu o ilustre fundador e criador da OSESP, o inesquecível Mtrº ELEAZAR DE CARVALHO ! Lembro-me muito bem quando este maestro nos apresentava "Colombo", poema vocal-sinfônico < obra derradeira de Carlos Gomes, em inúmeras temporadas por ele organizadas.

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  5. Complementando o texto anterior ao invés de insistir em Mahler (sinfonias nºs 01,02,07 e 08) há que se apresentar o Concerto para piano de Katchaturian (de 1936); bem como seu concerto para violino (1940) e o seu concerto para violoncelo (1946), completando assim a tríade de seus concertos instrumentais. As quinze sinfonias de Shostakovitch; o salmo dramático "Le Roi David"(texto de René Morax) de 1921 ou a bela peça para piano e orquestra "Noches en los jardines de España", de Manuel de Falla; e ainda o Concerto de Aranjuez, de Joaquin Rodrigo, como também a "Ibéria", Suíte de Albeniz composta em cinco quadros sinfônicos.

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  6. Plenamente de acordo, meu caro Marco Antonio Seta, há que rever os conceitos e incrementar os valores musicais indubitáveis do nosso Patrimônio Cultural. Parece que o reconhecimento deles é mais notório lá fora do que dentro do nosso (infelizmente pequeno espaço musical), Sucessos retumbantes acontecem com Amaral Vieira no Japão e outros, cujos nomes tão pouco são anunciados. Isto não retira o mérito dos valores consagrados, que nos visitam.

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  7. Qualquer pessoa que faça a graduação em música estuda essas matérias que o senhor citou e, nem por isso, são críticos musicais... A OSESP acabou de fazer um festival Villa Lobos o Theatro Municipal terminou sua temporada lírica em 2016 com Carlos Gomes. Insisto, mais uma vez, vcs reclamam por qualquer coisa. Uma reclamação do Sr. foi por primeiras audições que a OSESP vem realizando. Ora, se a Orquestra mais importante do País não pode fazer estréias de peças, por medo de perder seu público, quem é que pode?
    Qual é o papel da arte, realmente? Vamos então , todos, venerar o André Rieu e JC Martins. Esses só tocam o que o público quer ouvir...
    Gostaria de ver uma crítica realmente sobre a música. Sobre a performance, mas críticas com embasamento não puro achismo...
    Pode perguntar para qualquer músico de orquestra o que eles pensam dessas críticas dos Senhores. Para nós, do meio musical, são piadas!!!

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