A JOALHERIA DO THEATRO MUNICIPAL DO RJ.

 



   Já tivemos na programação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro "Jóias do Balé" e "Jóias da Ópera", sugiro que façam também: "Jóias da Música Clássica", "Jóias da Opereta", "Jóias da Música de Câmara", "Jóias do Barroco" e "Jóias do Lied. Assim o Theatro Municipal do Rio de Janeiro vira uma verdadeira joalheria. 
   A programação anunciada para 2018 contava com dez ópera e cinco balés, esta parece ter sido esquecida e ninguém se manifesta. Enquanto isso o Municipal do RJ vive de eventos de premiações e música popular e muito oba oba da direção postando fotos com celebridades. Ópera completa como prometido, nem que seja em forma de concerto, nada.
Ali Hassan Ayache

Joalheria, foto internet.

Comentários

  1. É uma vergonha!Já havíamos remarcado aqui o fato de que enquanto São Paulo aos trancos e barrancos consegue promover eventos com artistas de nível internacional,a situação no resto do país é de terra arrasada,vide a situação do palco mais tradicional do Brasil,o Municipal do Rio de Janeiro.Eis que a Concerto e Nelson Rubens Kunze,num daqueles artigos encomiásticos que a revista costuma publicar,fala do Festival de Vermelhos e de Samuel McDowell.Eis o que penso disso tudo:o artista deve ir aonde o público está(Milton Nascimento).Somos totalmente a favor da descentralização da cultura,museus,apresentações de música clássica etc.Outra coisa é enquanto o país inteiro exceto São Paulo sofre um panorama de terra arrasada,decidam organizar um festival de música clássica dentro de uma propriedade particular numa ILHA, acessível apenas por barco,distante 3 horas de São Paulo.Por fotos recorda o Bravo Vail Music Festival,no Colorado Estados Unidos,música no meio do mato.Só que qualquer cidade mediana que se preze nos Estados Unidos e na Europa possui uma temporada razoável de concertos,até de orquestra e produções de ópera e ballet.Aqui,salvo Belo Horizonte e SP não temos nesse país gigante temporada concertos de alto nível fora de festivais e eventos esporádicos.Na cidade de Santos temos o Teatro Guarany,o São Pedro de Porto Alegre,o Amazonas em Manaus,o José de Alencar em Fortaleza,o da Paz em Belém,o Deodoro em Maceió,o Santa Isabel em Recife e o maior de todos os teatros de época no Brasil em capacidade de público depois do municipal do RJ,o Teatro Central de Juiz de Fora(não quero favorecer minha região,apenas reconhecer um fato).Com todos esses palcos,como dizia o velho Neschling com aquelas maneiras de touro bravo que lhe são características,não temos nenhuma temporada de ópera digna no Brasil,só acontecimentos felizes e esporádicos.Resumo da ópera:não temos o básico,mas alguns ricos continuam a promover banquetes.Não vou reprimir nem guardar para mim o que penso,para mim esse Festival de Vermelhos é um "Sonho de uma Noite de Verão";nossas principais cidades e suas instituições musicais passando por momentos difíceis enquanto isso mecenas privados levam grandes concertos para o meio do mato,dentro dos limites de suas propriedades.Não importa se esse evento beneficie a população desse local ermo,precisamos de senso das proporções.Obviamente primeiro vem o Municipal do Rio e esses palcos todos de época que listei,eles são o resultado do esforço e desejo dos habitantes dessas respectivas cidades de abrigar eventos artísticos,construindo obras de arquitetura notável que por si mesmas são obras de arte executadas por mestres em seus ofícios,dentre os melhores exemplos na história da arquitetura no Brasil.Sejamos realistas,esse Festival de Vermelhos na situação atual do Brasil não passa de um capricho e uma extravagância.Isaac Carneiro Victal.

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