MARIN ALSOP E A REALIDADE VIRTUAL.
Quando soube que a OSESP faria um concerto em realidade virtual na hora pintou uma dúvida? A regente Marin Alsop estará presente ou em realidade virtual? Imaginei sua imagem projetada a frente dos músicos com o spala Emanuele Baldini sorrindo efusivamente. É tão rara a presença de Alsop na Sala São Paulo, dez semanas no máximo por ano. Sugiro que façam um contrato em realidade virtual com a nobre regente. E para não perder o costume, mais uma vez Leonard Bernstein e sua abertura "Candide" constam no programa. A mesmice impera na regência de Alsop.
Ali Hassan Ayache
Marin Alsop, foto Internet
Essa gente que se apoderou da OSESP pensa como os empresários que organizavam as temporadas de ópera cem anos atrás no Rio e em SP.Contratam uns músicos estrangeiros,chamam os melhores que encontrarem por aqui e convidam maestros e solistas de fora para servir de chamariz para o público,que se impressiona muito com nomes estrangeiros nos programas,tais como Stéphane Denève,Tomas Dausgaard,Ilan Volkov e a própria Marin Alsop.Custam muito caro esse gringos todos,mas quando vamos assistir ao concerto,nenhum deles consegue ultrapassar um nível mediano,a orquestra não erra muito mas por outro lado passam uma visão totalmente impessoal das obras,recordam esses concertos inumeráveis gravações que todos já escutamos dos grandes clássicos.De um tempo para cá depois de Dudamel, estão aparecendo vários maestros oriundos da Venezuela,este pequeno e pobre país esta exportando regentes,cito Cristian Vásquez,Rafael Payare,os que mais me agradaram mas tem um de 24 anos chamado Rodolfo Barraez que já é um maestro pronto,outro Eduardo Salazar já se apresentou na Sala SP regendo a NEOJIBA,pois mora no Brasil.Esse modelo que os baianos importaram da Venezuela abre muito mais espaço para a formação dos músicos locais,inclusive solistas e maestros.Está claro agora que o dinheiro gasto para trazer Alsop para São Paulo não elevou a orquestra em nada,só ela mesma que saiu ganhando,enquanto regentes brasileiros são praticamente vetados na OSESP.Isso deve ser coisa de algum empresário dela que conseguiu esse cargo para ela em conluio com os super-gênios da fundação e da direção.Dessa gente também veio o disparate do "concerto popular" por 50 a entrada!Isso pois se trata de meio concerto na verdade,com duração de 1 hora só e sem solistas convidados.Isaac Carneiro Victal.
ResponderExcluirO correto é Christian Vásquez e Thomas Dausgaard,são tantos nomes estrangeiros na OSESP e na música clássica em geral que a gente se enrola mesmo!Isso que dá não fomentar solistas e regentes brasileiros,exceto os da panelinha.Em 2015 que vieram convidados para reger a OSESP Ryan Wigglesworth e Mark Wigglesworth.A direção deve achar o máximo importar sobrenomes com tantas consoantes!
ExcluirTem idiota por aí querendo ser vice presidente,ou até dar outro golpe e ser ele mesmo presidente,chamando o décimo terceiro de jabuticaba,algo que só existe no Brasil.Pergunto quem se incomodaria com a existência desse benefício?Fico revoltado é com a existência de outras jabuticabas,como um incêndio num Museu Nacional(nunca vi uma instituição tão importante para um país pegar fogo desse jeito,talvez uma comparação pode ser feita com o incêndio da biblioteca de Alexandria).Outra jabuticaba é uma cidade como o Rio de Janeiro ficar com o risco de não ter nem temporada de concertos nem de óperas.Berlim passando pelo cataclisma da guerra,quase não interrompeu sua temporada de concertos,com tudo destruído na cidade ainda se preocuparam em contratar um regente da estatura de Celibidache para dirigir essa importante orquestra.Lançaram numa caixinha gravações desses concertos,ouvi pelo Spotify e com a cidade toda arrasada a orquestra e o regente estavam tocando como deuses,arrasando.Na Rússia foram ainda mais longe,fizeram um compositor da estatura de um Shostakovich escrever uma obra como a sinfonia n.7 para expressar a luta contra os fascistas e ainda estrearam a peça com os músicos que tinham disponíveis e não estavam lutando ou morrendo de fome.Arrumaram um jeito de mandar a partitura para Toscanini estrear a obra nos Estados Unidos,numa luta combinada,artística e de guerra.
Falando em linguagem clara,isso que estão querendo fazer com o nosso país é uma traição à pátria,pois se nem uma guerra que parecia o fim do mundo abalou a vida musical como exemplifiquei de Berlim,Moscou e São Petesburgo,uma crise econômica e politica dessa não tem que acabar com o Brasil.Ainda aparece um maluco querendo aplicar a política de guerra às drogas por aqui,esta política financiada pela agência DEA dos Estados Unidos e que tentaram aplicar sem sucesso na Bolívia e aplicaram com resultados desastrosos na Colômbia e no México,neste último após a receita ser aplicada,a mesma coisa que o Temer fez no RJ botou o exercito na rua para combater os bandidos e Bolsonaro quer fazer no país inteiro,o país azteca saltou de uma estatística de 8 homicídios por 100 mil habitantes em 2006 para para 16,9 10 anos depois.No Brasil já estamos com uma estatística de 28,5 sem intervenção militar nacional,só no estado do Rio,imaginem se fizermos o mesmo que os mexicanos fizeram seguindo os conselhos dos americanos!Não é por nada que a esquerda teve uma das maiores vitórias eleitorais da história esse ano no México.No Brasil já acontecem 60000 homicídios por ano,imaginem a hipótese de uma guerra ao crime,guerras às drogas dobrando esse número?Por isso que se tiver que sacrificar alguém,que sacrifiquem esse Bolsonaro,se tivessem tratado a base de pancada,única língua que essa gente entende, os valentões camisas pardas por volta de de 1920 e 1930,evitaríamos muitas desgraças.A história ensina que só com muita luta e não protestos pararam essa gente.Outra farsa é a luta contra a corrupção,bandeira do capitão.Qualquer governo sempre sobe com o apoio de determinados setores empresariais ou bancários que dão sustentação ao governo,o sistema é assim,sempre vão favorecer os políticos interesses que eles representam.Sempre vai aparecer uma empresa querendo ganhar uma licitação e com dinheiro o bastante para comprar qualquer político que seja.A corrupção é do sistema,quem luta contra ela faz demagogia ,é corrupto também e o mesmo falso moralismo da guerra contra as drogas podemos ver nesse caso,ex. na Itália a operação mãos-limpas colocou no poder o Berlusconi,o remédio piorou a situação.Issac Carneiro Victal
Analise mais que perfeita!
ResponderExcluirExcelente análise! De alguma maneira sofremos de xenofobia invertida... Valorizamos mais o medíocre - ou até ruim mesmo! - estrangeiro pelo simples fato de ser estrangeiro. E massacramos o talento local.
ResponderExcluirIssac Carneiro Vital, excelente, excelente, excelente....suas observações são um excelente artigo, Parabéns, isso mostra que o caso do Brasil é de uma crise civilizacional nunca Vista....
ResponderExcluirMeus sinceros agradecimentos por tantos elogios,eu mesmo não acho uma grande coisa essas escrevinhações todas,fico sempre achando defeitos nelas,mas podem contar comigo para o que der e vier,quanto mais difícil a situação mais me estimula!Isaac Carneiro Victal.
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