OSUSP RESGATA FORMATO CLÁSSICO DE APRESENTAÇÃO SEM REGENTE.
A Orquestra Sinfônica da USP (Osusp) abre o mês de outubro com apresentação especial no Theatro São Pedro no sábado (dia 6), às 20 horas. No concerto Osusp pela Osusp, o público poderá apreciar obras consagradas de Mozart.
O repertório da apresentação destaca três obras importantes da carreira de Mozart. Na abertura, uma das suas óperas mais conhecidas,: As Bodas de Fígaro, de 1786. Em seguida, o Concerto para Clarinete em Lá Menor, que está entre suas últimas composições. O programa será encerrado com a Grande Sinfonia em Sol Menor (Sinfonia Nº 40), de 1788. Os solos serão do clarinetista Tiago Garcia.
“Osusp pela Osusp traz a música do classicismo sem regente, como era feita antigamente”, explica o diretor da Osusp, Fábio Cury, que também é fagotista e professor do Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. “Trata-se de uma oportunidade de perceber como esse costume, esquecido nas grandes orquestras, modifica o resultado para o público”.
De fato, antigamente grande parte do repertório para orquestras era feito sem maestro. A regência começou a ser introduzida a partir do século 19, com o romantismo. Contudo, era feita de forma mais discreta e menos impositiva de como é praticada hoje. O compositor e maestro alemão Felix Mendelssohn Bartholdy foi um desses precursores.
A iniciativa deste concerto da Osusp partiu de Cury. “O músico se sente mais motivado quando não tem essa direção centralizada. No período barroco, ou mesmo no classicismo [caso das peças que serão tocadas], o músico tinha autonomia para colocar articulações novas, inserir ornamentos e improvisar. Havia a liderança do spalla [o primeiro violino] ou mesmo do compositor, mas não havia um regente.”
Na hierarquia das orquestras o spalla exerce uma liderança natural, assim como os chefes de naipes (solistas dos outros instrumentos), mesmo sem regente.
O diretor da Osusp explica: “Quando você toca sem regente, o músico precisa conhecer melhor a partitura, a obra de uma maneira geral, saber com mais precisão os momentos em que ele entra, conhecer a parte de seus colegas, especialmente daqueles naipes que tocam com maior frequência junto com ele”.
“Por outro lado, ele tem mais autonomia, mais iniciativa, mais liberdade para imprimir a sua interpretação. Dá uma realização maior para o músico sem essa direção do maestro. Devemos lucrar bastante”, exalta Cury.
Em repertórios com grande complexidade rítmica, a figura do regente é essencial. “Não vamos fazer a Sagração da Primavera [obra de Igor Stravinsky] sem regente. Em alguns casos, ele é essencial. Mas em repertórios mais clássicos é uma iniciativa prazerosa e gratificante, até para mostrar para o público que isso é mais comum do que se imagina”, completa.
A apresentação é no primeiro sábado de outubro (dia 6), às 20 horas, no Theatro São Pedro. Os ingressos, com preços de R$ 15 (meia-entrada) a R$ 30 (inteira), podem ser adquiridos no site www.ingressorapido.com.br.
Por Elcio Silva
Fotos – Sergio Ferreira / Divulgação
Serviço
Orquestra Sinfônica da USP
Osusp pela Osusp – Theatro São Pedro – Clássicos de Mozart
Osusp pela Osusp – Theatro São Pedro – Clássicos de Mozart
Quando | 6/10 (sábado), às 20 horasOnde | Rua Barra Funda, 171, São Paulo – SPQuanto | Ingressos R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)
Informações (11) 3091- 3000 | sinfonica@usp.br | | http://sinfonica.usp.br
Informações (11) 3091- 3000 | sinfonica@usp.br | | http://sinfonica.usp.br
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