O ÓDIO AS OPINIÕES DIVERGENTES E A EXCLUSÃO NAS REDES SOCIAIS. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.
A internet possuí uma infinidade de sites, blogs e redes sociais. Com eles temos o advento da livre expressão. O que era para ser algo salutar e democrático visando discussões inteligentes se transformou em motivo de intolerância. Quanto mais temos a liberdade de escrever em blogs ou nas redes sociais, e qualquer um pode fazê-lo, maior é a intolerância contra a liberdade de expressão. Vejo as pessoas odiando ler opiniões contrárias e brigando por tudo na rede. Existe um ódio mortal ao contraditório e parece que a discordância é inimiga da democracia.
Evidentemente existem leis que protegem contra a calúnia e a difamação e qualquer um que escreva um texto público está sujeito a processos legais. O que não conforma as pessoas é a antiga mentalidade onde a opinião contrária é vista com desprezo e sempre exclamam motivos para desqualificá-la. O pouco acesso ou quase nenhum a aquele que escreve acabou com o advento da Internet.
Esses anos de blogueiro me ensinaram que o mundo da ópera, música clássica e balé é intolerante com críticos. Gostam e estão acostumados com a bajulação, com o tapinha nas costas e dos elogios pós-espetáculos. Nunca vi tanta falsidade nesses momentos, parecem uma comunidade feliz, no fundo muitos se odeiam. Adoram desqualificar qualquer um que escreve o que não lhes agrada.
Recentemente fui excluído de um grupo na rede social Facebook denominado "Notícias sobre ópera, balé e música clássica" onde sempre divulgava minhas postagens. O administrador do grupo é ligado ao Teatro Municipal do Rio de Janeiro e reclamou das postagens referentes as Melhores e Piores de 2019 pelo Blog de Ópera e Ballet. Não deve ter gostado de ver que foi laureada como pior espetáculo de ópera de 2018 "Um Baile de Máscaras", de Verdi. Produção apresentada no teatro que ele trabalha, inclusive na época ele tinha um cargo administrativo na casa.
Postou reclamando da lista argumentando que no Brasil é difícil fazer ópera e que essa lista era desnecessária. Opinião se respeita, argumentamos que é difícil sim fazer ópera, mas quando ela é feita que seja com qualidade. Não aceitamos a desculpa da incompetência.
Após isso veio a exclusão do grupo e não satisfeito com ela apagou diversas publicações. Mais um que odeia opinião divergente. Esperamos que a motivação não tenha vindo da direção, que também já nos bloqueou na rede social.
Após isso veio a exclusão do grupo e não satisfeito com ela apagou diversas publicações. Mais um que odeia opinião divergente. Esperamos que a motivação não tenha vindo da direção, que também já nos bloqueou na rede social.
Informo que todos tem o direito de comentar e se assim o desejar fazer artigos e críticas em meu blog desde que não façam ofensas pessoais a ninguém. Sua opinião pode ser divergente e contrária a do administrador do Blog de Ópera, Musical e Ballet. Como dizia Nelson Rodrigues "a liberdade é mais importante que o pão".
Ali Hassan Ayache
Texto primoroso, necessário e incisivo. Ali, você está falando por todos nós que exercemos o oficio opinativo e temos que ser firmes diante do enfrentamento deste absurdo estado de intolerância em relação à liberdade de expressão crítica.Atuo com maior frequência na análise de espetáculos teatrais com incursões mais raras ( pela própria carência de uma maior opção de espetáculos) na área da dança e da ópera. Confesso que a reação é sensivelmente maior no universo da ópera, onde também ja experimentei esta inacreditável situação que , na verdade, é uma afronta ao livre pensamento.
ResponderExcluirQuando conheci este blog fiquei em choque com os ataques que o Ali recebia e ele mesmo permitia serem publicados na seção de comentários,de uns tempos para cá aparentemente sossegaram o facho.Realmente aqui existe uma liberdade que nas mídias convencionais é inimaginável.Sei disso pois como muitos estudantes de humanidades,uma vez uma empresária dona de um jornal em minha cidade me chamou para ingressar na carreira jornalística.Saí correndo quando minha patroa logo no início disse que eu precisava de um professor de português(quando me chamou para trabalhar só me elogiava)e dizia que tudo que eu fazia era confuso e sem pé nem cabeça.Em qualquer jornal,podem ter certeza,todos que se expressam de certa maneira exprimem a opinião do dono e até o estilo de escrever obedece certo padrão.Não sei se isso é percebido pelo público,mas um texto da Folha possui um estilo,por sua vez diferente das maneiras do Globo ou do Estado de SP ou da Veja.Uma coisa que reparo é que muitos contratados da TV Globo também respondem à entrevistas da mesma maneira estereotipada,como se eles fossem mesmo um produto feito em série por esta empresa.A minha ex-patroa adorava exigir mas não gostava de pagar,após passarem os primeiros 30 dias,sem receber nada passei a cobrar e ela se sentiu muito incomodada com isso,acabou fugindo para a Europa abandonando o empreendimento dela para escapar dos processos que estava tomando devido ao fato de falar mal de muita gente.Depois só a encontrei duas vezes,na primeira fui cobrar o meu pagamento e aparaceu do nada um SEGURANÇA para defender a bruxa que me deu um soco que pegou de raspão.Fiz um escândalo,a polícia chegou logo,isso aconteceu no Parque Halfeld bem no centro de Juiz de Fora,dei parte na polícia mas a megera saiu correndo de novo saindo até do país.A segunda vez estava num café fino,que nem existe mais quebrou com esta crise,ao lado do Theatro Central em Juiz de Fora e não é que vejo esse demônio por lá ainda dando-se ares de importante,fazendo pose diante de uns amigos de "grande jornalista".Eles perguntaram "então esta é a Margarida Bananeira(nome falso de Margarida Oliveira) eu da minha mesa respondi bem alto ESTA É A MARGARIDA CALOTEIRA,POIS EU TRABALHEI PARA ESTA MULHER E ELA NÃO ME PAGOU!".A canalha ainda tentou se justificar dizendo que eu nunca trabalhara para ela,mas acabou abaixando a cabeça e saindo com o rabo entre as pernas na hora.Claro pois naquele café chique ela não iria enfiar os brutamontes guarda-costas dela para me fazer qualquer coisa.Quem me conhece sabe que não tenho vergonha nenhuma de mesmo num ambiente desse armar escândalo.O resultado é que parece que a caloteira e difamadora decidiu se mudar para a Europa de vez.Deus me livre de seguir carreira jornalística e virar um papagaio do patrão.Por isso a internet com sua libertinagem choca as pessoas,estavam acostumadas com o filtro dos grandes meios de comunicação.Defendo que até as mentiras dos meus adversários políticos desse governo que está aí não devem ser censuradas,mas sim combatidas.Isaac Carneiro Victal.
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