ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS ABRE TEMPORADA 2019 COM LISZT E MAHLER.


Uma nova temporada se inicia com a mesma energia representada pelo poema sinfônico de Liszt”, destaca o maestro Fábio Mechetti, diretor artístico e regente principal da Filarmônica de Minas GeraisOs Prelúdios, Poema Sinfônico nº 3, de Listzserá a obra que abrirá a Temporada 2019 da Orquestra nos dias 14 e 15 de fevereiro, às 20h30, na Sala Minas Gerais, seguida da Sinfonia nº 1 em Ré maior, “Titã”, de Mahler. A Primeira de Mahler integra o ciclo de gravações do compositor que vem sendo realizado pela Filarmônica de Minas Gerais desde 2017.
Antes das apresentações, entre 19h30 e 20h, o público poderá assistir aos Concertos Comentados. O convidado desta semana é o próprio maestro Fábio Mechetti. As palestras são gravadas em áudio e ficam disponíveis no site da Orquestra.
Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cidadania e Governo de Minas Gerais e contam com o patrocínio da Pottencial Seguradora por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

PROGRAMA
Franz Liszt (Raiding, Hungria, atual Áustria, 1811 – Bayreuth, Alemanha, 1886)Os Prelúdios, Poema sinfônico nº 3 (1853)
Franz Liszt acreditava que a renovação da música aconteceria quando ela se unisse à poesia. O poema sinfônico, que começara a florescer na segunda metade do século XIX, mostrou-se o território ideal para fazer a vontade artística de Liszt acontecer. Ele escreveu treze obras do gênero, todas carregando uma ideia poética em sua gênese, mas trabalhadas de formas livres. Les Préludes, o mais famoso deles, é dividido em quatro seções em que o herói é conduzido pelas “esferas” das alegrias do amor, das tempestades da vida, do idílio pastoral e, finalmente, pela batalha vitoriosa. Acredita-se que Liszt desenhou sua peça a partir de textos de Joseph Autran, poeta pouco conhecido. No entanto, o que ficou para a posteridade foram as linhas das Meditações poéticas, de Alphonse de Lamartine, que Liszt acrescentou no prefácio da partitura já finalizada: “O que mais é a nossa vida senão uma série de prelúdios para aquele desconhecido hino, cuja primeira e solene nota é entoada pela morte? A aurora encantada de cada vida é o amor. (…)”.
Gustav Mahler (Boêmia, atual República Tcheca, 1860 – Viena, Áustria, 1911)Sinfonia no. 1 em ré maior (1885/1888)
Sinfonia nº 1 em Ré maior foi concluída em 1888, tendo sido estreada em Praga, no ano seguinte, como um poema sinfônico. Em 1893, o compositor a rebatizou “Titã, um Poema Sinfônico em Forma de Sinfonia”. O título se deve a uma personagem romântica do poeta Jean-Paul Richter. O herói de Richter, diferentemente de seus homônimos clássicos, ocupa-se de diálogos com a natureza e com suas aventuras não realizadas. Reelaborada e revista diversas vezes, essa obra só em 1906 tomou sua forma definitiva, na qual Mahler suprimiu um movimento inteiro. Embora as referências literárias tenham sido suprimidas da versão final, não deixa de ser interessante conhecê-las: os dois movimentos iniciais corresponderiam simbolicamente a “dias da juventude – flores, frutos e espinhos”, o primeiro deles tendo sido batizado de “Primavera sem Fim”. Aos dois movimentos seguintes, Mahler denominou “Comédia Humana”, o primeiro deles intitulado “Uma marcha fúnebre à maneira de Callot” (gravurista do século XVIII) e o último, simbolizando a trajetória do herói de Richter, que vai “do Inferno ao Paraíso”.

SERVIÇO

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais – Séries Allegro e Vivace
Dias 14 e 15 de fevereiro, segunda e terça-feira, às 20h30
Sala Minas Gerais (Rua Tenente Brito Melo, 1090 – Bairro Barro Preto)

Ingressos: R$ 46 (Coro) R$ 52 (Balcão Palco) R$ 52 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Lateral), R$ 96 (Plateia Central) e R$ 120 (Balcão Principal).
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Ingressos para o setor Coro serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Ingressos comprados na bilheteria não têm taxa de conveniência.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Funcionamento da bilheteria:
Sala Minas Gerais – De terça-feira a sexta-feira, das 12 às 20h. Aos sábados, das 12 às 18h.
Em quintas e sextas de concerto, das 12 às 22h. Em sábados de concerto, das 12 às 21h.
Em domingos de concerto, das 9h às 13h.
São aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron.

Foto Internet.

Comentários

  1. Para começar é preciso desmascarar esse deslumbrado provinciano do Arthur Nestrovski,ele está dizendo que essa é a primeira vez que uma orquestra profissional latino-americana se apresenta na China.Várias orquestras do El Sistena venezolano,que são de fato mais profissionais que muita orquestra profissional por aí repleta de estrangeiros,já se apresentaram no país asiático.Também uma orquestra profissional e de província mexicana,a OSEM com sede na cidade de Toluca,já fez digressões por meio mundo inclusive na própria China e já vez dezenas de gravações.É preciso avisar para essa gente que não estamos mais como na época anterior ao surgimento da internet,quando se podia afirmar qualquer coisa simplesmente lançando no ar,agora está fácil verificar tudo.


    Também não podemos deixar de comentar sobre a façanha mais recente dessa orquestra mineira,lançar um disco inteiramente dedicado ao compositor brasileiro Alberto Nepomuceno.O senhor Kunze da Concerto vai lançar uma edição brasileira,elogiável esse iniciativa,pois muitos bons discos da OSESP(o concerto para flauta de Khachaturian com Sharon Bezaly,as gravações com o trombonista Christian Lindberg,as obras de Liszt com o pianista Arnaldo Cohen,desconhecidas mas interessantes peças de Florent Schmitt com Tortelier e por outro lado as péssimas gravações de Bernstein com Alsop,neste caso todas competindo entre si para serem as piores versões disponíveis das respectivas obras)devido ao fato de terem sido lançados apenas no exterior,são completamente desconhecidos do público nacional,só após o surgimento do Spotify o acesso à estes trabalhos da orquestra está mais fácil.


    Como já afirmei aqui neste espaço,a acústica da Sala Minas Gerais contribui para que muitos detalhes em outras interpretações obscurecidos claramente apareçam.A orquestra se ouve neste registro fonográfico com um som mais encorpado,tanto graves mas também agudos estão muito mais presentes do que nas gravações feitas na Sala São Paulo.A orquestra também articula com muito mais vivacidade as frases musicais,não é uma interpretação plana como muitas gravadas pela OSESP em sua sala.Está evidente que o melhor é deixar a orquestra mineira gravar sozinha toda essa nova série de peças brasileiras para a Naxos,esse conjunto de músicos não é apenas "o melhor que temos hoje" mas demonstra poder realizar gravações das obras nacionais capazes de competir no mercado internacional.


    Uma curiosidade é o lançamento de um disco inteiro,que não seja uma ópera,com obras de um compositor da época do romantismo nascido no continente americano,um fato raríssimo no mercado atual.Poucos autores não europeus desse período ainda merecem essa honra.Posso citar os casos dos norte-americanos Edward McDowell,Scott Joplin,Louis Moreau Gottschalk,da venezuelana Teresa Carreño e do mexicano Ricardo Castro.A maioria dos compositores que produziram algo no Novo Mundo imitando Brahms,Schumann,Grieg,Chopin,Liszt etc hoje não despertam interesse em quase ninguém.Isaac Carneiro Victal.

    ResponderExcluir
  2. Não podemos deixar de atacar a fala do governador de Minas eleito Romeu Zema,do partido do velho querendo se passar por NOVO.Tachou de monstruosa a Sala Minas Gerais na campanha eleitoral(para atacar seus dois antecessores envolvidos na obra,Antonio Anastasia e Fernando Pimentel)depois se desculpou.É o tipo de declaração que diz mais sobre o sujeito que a emite do que sobre o objeto ao qual tenta definir.Quem dera se essas monstruosidades se espalhassem pelo país afora,estamos precisando urgentemente de obras assim e não apenas de mais centros comercias com grandes lojas Zema ou Havan.Será que um dia,talvez depois que eu já tenha morrido,as cidades do nosso país vão poder festejar a inauguração de outras salas como essa em BH da mesma maneira que agora os eleitores do governador Witzel do RJ estão animados com a construção de cadeias com múltiplos pisos?Isaac Carneiro Victal.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas