PREFEITURA DE SÃO PAULO BANCA VIAGENS DE CHEFIA DO TEATRO MUNICIPAL.
Rogério Gentile
Folha de S.Paulo
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Gestores moram no Rio e viajam com verbas públicas para trabalhar, mostram documentos.
Gestores do Theatro Municipal de São Paulo não moram na capital paulista e recebem passagens aéreas e diárias de hospedagem, bancadas por verba pública, para trabalhar na instituição.
O teatro é administrado desde setembro de 2017 pelo Instituto Odeon, uma organização social que venceu uma seleção pública promovida pela gestão João Doria (PSDB).
O contrato, de R$ 556,9 milhões, vale até dezembro de 2021.
Documentos obtidos pela reportagem mostram que Jimmy Keller Moreira da Silva, diretor de operações financeiras do instituto, recebeu, em pouco mais de um ano, 77 passagens áreas para fazer o deslocamento entre as cidades.
Com as viagens dele foram gastos cerca de R$ 25 mil em passagens e mais cerca de R$ 11,8 mil em diárias de hotel.
Outro gestor do Municipal de vive na ponte aérea ás custas de verba pública é a gerente de operações Roberta Pacheco. Há registros de 103 passagens, um custo de cerca de R$ 29,8 mil, sem contar a hospedagem.
O diretor-presidente da Odeon, Carlos Gradim ganhou 45 passagens aéreas desde o início do contrato, num total de cerca de R$ 19,5 mil. Mas nem todas as viagens foram para São Paulo ou Rio. Há deslocamentos para Minas e Ceará.
A Folha constatou que, no total, há despesas com passagens aéreas para 15 funcionários da ODEON, entre os quais alguns nem mesmo trabalham para o Municipal. É o caso, por exemplo, de Maria Eleonora Rosa, que é diretora executiva do MAR. São Paulo bancou seis de suas passagens aérea.
Resposta
Em nota, o Instituto Odeon afirma que as passagens aéreas estavam previstas no plano de trabalho apresentado à Fundação Theatro Municipal.
Diz que a fundação concordou com a sistemática por meio de um ofício e que o edital para a contratação do instituto não apresentava restrição em relação à possibilidade dos funcionários morarem em outros municípios.
Sobre as acusações feitas por Patrícia Maria de Oliveira, a entidade diz que são infundadas.
O ex-secretário Sturm diz que o instituto mente ao declarar que tinha autorização para bancar as passagens.
"O Odeon sempre tentou esconder isso e sabia que era um ato irregular", afirma.
O atual secretário da Cultura, Alê Youssef, afirmou, em nota, que iniciou um processo de análise da prestação de contas do instituto.
Afirma também que suspendeu a rescisão do contrato para evitar a paralisação das atividades do teatro.
Rogério Gentile
Folha de S.Paulo
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Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/02/prefeitura-de-sao-paulo-banca-viagens-de-chefia-do-teatro-municipal.shtml?fbclid=IwAR0hqg0m_1_7klvcvdNQY2acfAJKl6oeMgiXV9LD-au0EOUgP8pbNt2hk6Y
http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/2019/02/1986611-prefeitura-banca-viagens-de-chefia-do-theatro-municipal.shtml
Foto: vista do Theatro Municipal de SP, foto internet.
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