CRISE PODE SER ATENUADA COM CRIATIVIDADE - TEMPORADA THEATRO MUNICIPAL DO RJ PRIMEIRO SEMESTRE. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

   

  Virou moda colocar nome nas temporadas, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro anunciou a programação do primeiro semestre e a nomeou de “Theatro Municipal do Rio de Janeiro – 110 anos – Estado da Arte”. 
   Começa com Condor de Carlos Gomes em versão de concerto com Eliane Coelho, Fernando Portari e regência de Luiz Malheiro. O semestre segue com um balé intitulado As noites de Berlioz, homenageando os 150 anos do compositor. As apresentações serão na Semana Santa. Continuando na  dança nos dias 6 e 7 de Abril o espetáculo infantil com a Companhia da Escola de Dança Maria Olenewa. 
   O tenor Fernando Portari fará um recital comemorativo aos 30 anos de Theatro Municipal e Eliane Coelho também terá um recital acompanhada do pianista Luiz Gustavo Carvalho. 
   Maio é o mês da ópera Os Contos de Hoffmann que será apresentada em concertos-cênicos. Modo bonito de dizer ópera em concerto com alguns figurinos e movimentações dos solistas. No dia 02 de Junho um concerto em homenagem a Bruckner e no dia 16 o programa contempla Cláudio Santoro. 
   O programa Grandes Vozes foi criado por Paulo Abrão Ésper e esteve por muitos anos na programação do Theatro São Pedro/SP. Os cariocas devem ter gostado da ideia, o Grandes Vozes do Rio terá o tenor Vittorio Grigolo e estão programados o tenor Michael Fabiano e o soprano Lisette Oropesa.
   O ponto alto da temporada é a ópera Fausto, de Gounod apresentada no Festival Amazonas de Ópera com direção de André Heller-Lopes, regência de Luiz Fernando Malheiro e solistas compostos por Atalla Ayan, Gabriella Pace, Giovanni Tristacci, Flavia Fernandes, Homero Perez e Homero Velho.
   Temporada pobre com poucos títulos, a crise pode ser atenuada com criatividade. Precisa-se de uma para os teatros compartilharem produções. Sugiro não levar ao palco carioca apenas uma ópera produzida e dirigida pelos atuais diretores da casa em Manaus e sim mais produções de todos os teatros líricos brasileiros. Assim mais óperas poderiam ser apresentadas, pena que os egos não permitem. 
Ali Hassan Ayache
    

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