FESTIVAL AMAZONAS ANUNCIA ÓPERAS PARA 2020.
Governo brasileiro assina acordo com a OLA e SEC lança o Festival de Ópera de 2020
Homenageado da próxima edição do FAO, que acontecerá de 18 de abril a 7 de junho, será Ludwig van Beethoven
O governo brasileiro, por meio da Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania, assinou acordo com a Ópera Latinoamérica (OLA), cujo objetivo é a convergência de esforços de ambas as instituições para o fomento e intercâmbio de montagens de ópera na região latino-americana. A assinatura aconteceu no Salão Nobre do Teatro Amazonas, na noite do último domingo (26/05), com a presença de diversas autoridades, em mais um momento marcante do 22º Festival Amazonas de Ópera (FAO).
Logo após o evento e a abertura de exposição em comemoração ao centenário de Claudio Santoro, foram anunciados o grande homenageado do 22º FAO – pela primeira vez com antecedência de um ano –, a data de realização e as atrações do próximo festival.
Em 2020, a 23ª edição do FAO vai acontecer no período de 18 de abril a 7 de junho. As atrações são: “Peter Grimes”, de Benjamin Britten; “O Menino Maluquinho”, de Ernani Aguiar; “Fidelio”, de Ludwig van Beethoven; “Armide”, de Jean Baptiste Lully; e “Attila”, de Giuseppe Verdi. O homenageado da próxima edição será o compositor alemão Ludwig van Beethoven (1770-1827), em comemoração aos seus 250 anos de nascimento.
O FAO é realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), com patrocínio master do Bradesco, via Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cidadania e Secretaria Especial de Cultura. A abertura do FAO foi no dia 26 de abril e o evento segue com apresentações de ópera, recitais e concertos até esta quinta-feira (30/05).
“Estamos anunciando a programação do próximo FAO com antecedência para atender a um pedido de muitos fãs de ópera, que desejam se programar para vir ao festival”, destacou o secretário estadual de Cultura, Marcos Apolo Muniz, mostrando ainda os recursos tecnológicos empregados na divulgação da programação, por meio de um QR code que redireciona ao vídeo com todas as informações do ano que vem.
Circulação – Durante a cerimônia de assinatura do acordo entre o governo federal e a OLA, o secretário especial da Cultura do Ministério da Cidadania, Henrique Pires, afirmou que o compromisso firmado entre as entidades é um grande passo para a indústria da ópera no Brasil.
“Queremos operacionalizar e fazer uma utilização efetiva de teatros em todas as áreas das artes. Os termos desse acordo são apenas algumas medidas que permitem a circulação dos espetáculos. Por exemplo, que os cenários possam ser deslocados entre locais com facilidades alfandegárias, que possa haver mobilidade de artistas entre fronteiras de países. Enfim, precisamos criar um sistema para que as obras não fiquem restritas a poucos lugares”, declarou.
Para o secretário especial, as extensas dimensões territoriais do Brasil precisam ser encurtadas com mecanismos que permitam acesso à cultura para toda a população.
“Os amazonenses são privilegiados por terem um Teatro Amazonas com 22 edições de um festival dessa magnitude. Há algo parecido no Rio de Janeiro, mas estamos falando de um país com mais de 8 milhões de quilômetros quadrados. A ópera movimenta muito a indústria criativa que, pelo que vemos no Amazonas, opera em máxima potência. Você assiste ao Carnaval daqui, o do Rio e o de São Paulo, e o Festival de Parintins, e vê que quem trabalha lá, também trabalha na ópera. Esses artistas estão influenciando, qualificando e melhorando esses espetáculos populares. Portanto, a partir dessa assinatura, vamos não só sinalizar, mas começar um trabalho de integração”, pontuou.
Para Paulina Ricciardi, diretora administrativa da OLA, assinar esse acordo demonstra as intenções entre as partes para facilitar a difusão cultural entre os países da América Latina. “Somos uma rede que conecta 33 teatros de ópera, para difundir o trabalho lírico. Estamos muito contentes de ter o Brasil como o primeiro a assinar o acordo com a OLA, assim queremos ajudar no desenvolvimento dos teatros de ópera do país, pois vamos compartilhar boas práticas e fazer circular as produções”, esclareceu.
Henrique Pires e Paulina Ricciardi assinaram o acordo e posaram para a foto oficial, ao lado dos convidados do encontro “Os Teatros de Ópera e a Economia Criativa na América Latina”, evento que aconteceu pela parte da manhã. Em seguida, às 19h, os convidados assistiram a estreia de “Alma”, obra do compositor amazonense Claudio Santoro.
Sobre o 22º FAO – Em 2019, o FAO celebra o centenário de nascimento de Claudio Santoro com a apresentação da ópera “Alma”, do compositor e maestro amazonense. Também estão na programação “Ernani”, de Giuseppe Verdi; “Maria Stuarda”, de Gaetano Donizetti; “Tosca”, de Giacomo Puccini; e “Mater Dolorosa”, baseada na cantata “Stabat Mater Dolorosa”, de Giovanni Pergolesi.
Os ingressos para o FAO 2019 estão à venda na bilheteria do Teatro Amazonas e pelo site Bilheteria Digital (www.bilheteriadigital.com/teatroamazonas), com valores que vão de R$ 2,50 a R$ 60
– Peter Grimes, de Benjamin Britten
18, 24 e 26 de abril de 2020
– O Menino Maluquinho, de Ernani Aguiar
19 e 25 de abril; e 03 e 09 de maio de 2020
– Fidelio, de Ludwig van Beethoven
10, 15 e 17 de maio de 2020
– Armide, de Jean Baptiste Lully
16, 19, 22 e 24 de maio de 2020
– Attila, de Giuseppe Verdi
31 de maio; e 05 e 07 de junho de 2020
Tomara que daqui a um ano esta programação anunciada com toques de bumbo e trompetes de fato seja realizada,na montanha russa que estamos vivendo agora no Brasil nunca se sabe.
ResponderExcluirUma anedota curiosa é que esta peça de Ernani Aguiar baseada na obra de Ziraldo foi estreada em minha cidade e ensaiada em parte atrás da minha casa!O coro infantil usava o salão de um hotel que ficava nos fundos do apartamento onde eu morava na época.Por fim eu já estava cansado de escutar tantas vezes aquela música,foram muitos e intermináveis ensaios,ao ponto de eu começar a botar para tocar Mahler (gravação de Bernstein da sinfonia n.5 para a DG)com o volume no máximo para tentar competir com os gritos da criançada.Não sei se eles ouviram o meu disco de Mahler como eu os escutava ensaiar,os vizinhos que deveriam me odiar na época.Por fim acabei indo à estreia e me divertido muito e acredito que a turminha toda se divertiu muito em encenar a obra também,assim como a turminha que estava entre o público no Cine Theatro Central naquela data em Juiz de Fora,numa raríssima noite operística nesse palco luxuoso que só serve para enfeitar a cidade mesmo.Ainda bem que Manus aprendeu a dar bom uso para que o Amazonas não virasse mais um elefante branco.Foi essa a primeira ópera que assisti ao vivo.Isaac Carneiro Victal.
Parabéns aos srs. Secretário de Cultura do Amazonas Marcos Apolo Muniz, também ao secretaria especial de Cultura do Ministério da Cidadania, Henrique Pires, que afirmou que o compromisso firmado entre as entidades é um grande passo para a indústria da ópera no Brasil.
ResponderExcluirPara Paulina Ricciardi, diretora administrativa da OLA, assinar esse acordo demonstra as intenções entre as partes para facilitar a difusão cultural entre os países da América Latina. “Somos uma rede que conecta 33 teatros de ópera, para difundir o trabalho lírico. Estamos muito contentes de ter o Brasil como o primeiro a assinar o acordo com a OLA, assim queremos ajudar no desenvolvimento dos teatros de ópera do país, pois vamos compartilhar boas práticas e fazer circular as produções”, esclareceu.
É um ótimo passo inicial para o desenvolvimento da circulação da ópera no Brasil, de norte a sul deste país afora.