SALA SÃO PAULO RECEBE ORQUESTRA SINFÔNICA DE PIRACICABA.



A Sala São Paulo recebe a Orquestra Sinfônica de Piracicaba, conjunto com 119 anos de atuação e que tem o maestro Jamil Maluf como diretor artístico e regente titular. Obras de Smetana e Borodin estão no repertório, que tem apresentação no domingo (26), às 11h, como parte da série Concertos Matinais. A entrada é gratuita.
Duas peças do compositor tcheco Bedrich Smetana abrem o programa: a “Abertura” da ópera “A Noiva Vendida”, comédia camponesa sobre o amor e seus percalços, cuja estreia ocorreu em maio de 1866; e o poema sinfônico “O Moldávia”, do ciclo Minha Pátria, obra-prima da música nacional tcheca, composta quando Smetana estava surdo, em 1874.
Dois atos da ópera Príncipe Igor integram o repertório: a “Abertura” e as “Danças Polovtsianas”, conhecidas pela beleza, força e entusiasmo. A ópera foi iniciada em 1869 pelo compositor russo Alexander Borodin e só foi finalizada em 1890, após a sua morte, pelos amigos compositores Nikolai Rimsky-Korsakov e Aleksandr Glazunov.
Único maestro a receber cinco prêmios APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de Melhor Regente, Jamil Maluf é um defensor da descentralização da vida musical de qualidade e acredita que Piracicaba dá provas desse êxito. “Embora com 119 anos, a OSP teve seu projeto de reestruturação em 2015, e, desde então, sua qualidade atrai visitantes de várias cidades. A apresentação na Sala São Paulo é uma forma de expandimos nosso raio de atuação e comprovamos os bons frutos da música produzida no interior paulista“, diz o maestro.
Para Jamil, o êxito da OSP se expressa nos números dos últimos cinco anos, período em que o conjunto integrou por três vezes o Festival de Inverno de Campos do Jordão – feito que se repete em julho deste ano – e levou 70 mil pessoas para os concertos mensais gratuitos em Piracicaba. Além disso, 21 mil crianças foram contempladas em três projetos didáticos na cidade.
Uma orquestra atenta aos novos tempos só faz sentido se estiver presente na vida da comunidade e os números conquistados até aqui nos dão imensa alegria“, completa ele, que criou e é regente da Orquestra Experimental de Repertório, no Theatro Municipal de São Paulo. No mesmo local, atuou como diretor artístico e regente da Orquestra Sinfônica Jovem Municipal. Apresenta, desde 2013, o programa “Intérprete”, na Radio Cultura FM, da Fundação Padre Anchieta.
O maestro acredita que o êxito deve ser atribuído também à soma de esforços entre o poder público e a iniciativa privada. É que antes da reestruturação, o conjunto se manteve de concertos esporádicos, a partir do empenho de entusiastas, muitos ligados à Esalq, a tradicional escola de agronomia da USP.
A mudança de cenário começou com a admissão de novos músicos, convites para solistas reconhecidos integrarem a programação e aumento da subvenção pública da Prefeitura do Município de Piracicaba, por meio da SemacTur (Secretaria Municipal da Ação Cultural e Turismo) e Secretaria de Educação. Além disso, os recursos foram complementados com patrocínio pela Lei de Incentivo à Cultura das empresas Caterpillar, Comgás, Hyundai e Oji Papéis Especiais.
Esta é a segunda vez que a OSP se apresenta na Sala São Paulo. A primeira ocorreu em dezembro de 2016, quando o conjunto tocou com o barítono Leonardo Neiva e encerrou sua temporada anual de concertos. No sábado (25), data anterior ao concerto na capital paulista, o mesmo programa será apresentado em Piracicaba, às 18h, no Teatro Municipal Dr. Losso Netto (avenida Independência, 277, Centro).

SERVIÇO – Orquestra Sinfônica de Piracicaba na Sala São Paulo (praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos). Domingo, 26 de maio, às 11h. Distribuição gratuita de ingressos (limitados a 4 por pessoa) a partir das 10h da segunda-feira (20), pelo site www.osesp.art.br/concertoseingressos ou nos totens no piso térreo. Informações: www.sinfonicadepiracicaba.org.br ou (11) 3777-9721.

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