"ÓPERA EM PAUTA" - EGOS INFLADOS E NENHUMA AÇÃO.

  
 No último dia 25 de Novembro tivemos no Theatro Municipal de São Paulo o evento intitulado "Ópera em Pauta". Foram convidados como palestrantes diretores de teatros pertencentes a Ópera Latinoamérica (OLA). 
    O teor das palestras foi o esperado. Todos trataram de enaltecer seu próprio trabalho exaltando seus feitos em seus teatros. Nenhum deles propôs nada de concreto para a ópera. Ideias como intercâmbio de óperas entre os teatros e guarda de produções para futuras apresentações passaram longe dos egos sempre inflados dos palestrantes. 
   O diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo, Hugo Passolo tem  obsessão pela inserção do teatro em atividades paralelas, adora falar em diversidade e inclusão. Ressaltou isso honrosamente em sua palestra. Informo mais uma vez a ele que o Municipal tem como vocação a ópera. A prefeitura de São Paulo tem mais de 5 teatros para realizar outros tipos de eventos, circenses por exemplo. 
   Resumo da ópera: falaram muito e não trouxeram nenhuma solução concreta. Como sempre nunca convidam ninguém com ideias diferentes, críticas e que possam acrescentar algo novo.
Ali Hassan Ayache



Fonte da foto:Internet

Comentários

  1. Para Hugo Passolo é necessário apresentar teatro de prosa, pois na fachada do Municipal está escrito música / drama. Lamentavelmente ele não entendeu que música e drama são os componentes indispensáveis para a composição da ópera; que é justamente a vocação primordial do Theatro Municipal. Ainda para ilustrar; esclarecemos que "Otello" é a junção de Shakespeare, com libreto de Arrigo Boito (verdadeira poesia) com música de G. Verdi. "Romeu e Julieta "é a tragédia de Shakespeare, com libreto de Barbier e Carré e a música de C. Gounod. O mesmo ocorre com "Fausto" (Barbier e Carré; música de Gounod) e "Il Guarany" baseado no romance de José Alencar com libreto de A. Scalvini, concluído por Carlo D'Ormeville e música do nosso Carlos Gomes. Com a junção destes autores retro exemplificados, justifica-se o que lá está timbrado na fachada do Municipal. E assim em todos os teatros do mundo...
    Nenhuma promessa da apresentação de "Il Guarany", que completa o seu sesquicentenário a 19 de março de 2020; nem mesmo a vinda do belo "Fausto" do Teatro Amazonas para o nosso Municipal e tampouco a produção conjunta de "Fidelio" com o Teatro Amazonas; ora anunciado, pela ocasião de comemorar-se os 250 anos de nascimento de Beethoven ( +1770), assunto que não ficou esclarecido, e que, se independentes as produções, de nada adianta essa união.

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