MELHORES E PIORES DE 2019 PELO BLOG DE ÓPERA & BALLET: LAMBANÇA DO ANO.

   

                    Ensaio da Osesp com a maestrina Marin Alsop (Foto: Hélvio Romero/Estadão Conteúdo)

   Os teatros municipais do Rio de Janeiro e de São Paulo protagonizaram, como sempre, uma série de lambanças em 2019. Ganhariam fácil essa honraria se não fosse a superação da OSESP representada pela regente Marin Alsop. Fechando a porteira de seu contrato apresentou a Nona Sinfonia de Beethoven de uma maneira inédita no mundo e peculiar a moda tupiniquim.
   A primeira lambança foi ser cantada em português, com versão escrita pelo diretor da casa Arthur Nestrovski. Aqui santo de casa faz milagres. A segunda foi intercalar peças de Clarice Assad e Paulo Costa Lima entre o primeiro e segundo movimento e entre o segundo e terceiro, destruindo tudo que conhecemos da obra. Enxertos mutiladores fatais.
   O pretexto para isso foi um tal de  projeto internacional intitulado Todos Juntos: Uma Ode Global à Alegria, participam dele oito orquestras, todas do segundo e terceiro escalão. As grandes orquestras do mundo não caem nessa. 
    A OSESP merece com mérito, distinção e louvor o prêmio de lambança do ano por ter dilacerado tal obra prima.
Ali Hassan Ayache 
   

Comentários

  1. Hahaha Essa da OSESP deveria ganhar o troféu “Framboesa de Ouro de Pior Espetáculo Sinfônico” (existe esse troféu para os piores filmes do ano). Ainda bem que eu não fui nessa “execução” (no sentido de matar, mesmo): iria ficar muito triste com isso. Está parecido com os berros dados pela bailarina, que o TMSP introduziu na “Sagração da Primavera”.

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