MELHORES E PIORES DE 2019 PELO BLOG DE ÓPERA & BALLET: PIOR CONCERTO.
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, OSESP para os íntimos fez esforço hercúleo para se destacar negativamente. O trabalho de Marin Alsop como titular da casa foi recheado de críticas em diversos setores. No último ano ela resolve chutar o balde. Inventou moda nas poucas semanas que ficou em São Paulo. A apresentação da Oitava Sinfonia de Mahler foi um desastre completo e merece o título de pior concerto do ano, segue crítica da apresentação publicada nesse blog :
"Antes do início do concerto a chatice de sempre, Nestrovski e seus amigos pegam no microfone e exaltam tudo e todos. Com direito a distribuição de medalhas de honra ao mérito. Meia hora de desperdício de tempo.
A dificuldade de se apresentar a oitava começa do ponto de vista humano, são necessários no mínimo 350 músicos. Reuniram-se músicos da OSESP, da OSUSP e coralistas do Theatro Municipal de São Paulo.
O grande Toscanini, alguém se lembra dele, dizia "O maestro deve ter a partitura na cabeça e não a cabeça na partitura". Marin Alsop parece não conhecer o grande regente, o negócio dela é só Bernstein. Sua regência prova mais uma vez minha tese, a digníssima não se prepara devidamente para os concertos. Regeu o tempo todo olhando somente para a partitura, mostrou-se insegura e sem precisão. Parecia nem saber onde estava tamanha a falta de sensibilidade musical com o excessivo volume orquestral.
O risco de ter um grande número de músicos é se perder na pesada instrumentação e no exagero vocal. Marin Alsop caiu na armadilha, não conseguiu sonoridade e texturas suaves. A música mahleriana deve conter o celestial e o imaterial, esse fator é o mais mais importante da oitava e ficou a cargo da belíssima e grandiosa iluminação da Sala. Sua sorte é que a OSESP é experiente e conseguiu a livrar de um vexame.
Os solistas estiveram em alto nível, uma seleção do que temos de melhor em vozes estiveram no palco. Paulo Szot, Gabriella Pace, Lina Mendes, Denise de Freitas, Sávio Sperandio, Paulo Mandarino e Luiza Francesconi mandaram grandes petardos vocais, embora alguns tenham sido prejudicados pelo sistema de microfonia.
Pela primeira vez na história da oitava tivemos solistas trocando de roupas, um entra e sai de cantores com direito a troca de vestidos e tiaras na cabeça. Uma verdadeira junção de Show de Calouros com desfile de moda.
O público com certeza sai entusiasmado, diria que eufórico ao fim do concerto. Afinal a música de Mahler provoca isso nas pessoas. Quem analisa o concerto friamente vê que a apresentação foi menor que a proposta do compositor.
Dizia Nelson Rodrigues que "toda unanimidade é burra, quem pensa com a unanimidade não precisa pensar". Todos afirmam de boca cheia que a OSESP é a melhor orquestra do Brasil. A evolução da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais nas mãos de Fabio Mechetti a credencia ao título na atualidade". Ali Hassan Ayache, Blog de Ópera & Ballet, Oitava Sinfonia, Mahler.
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