THEATRO MUNICIPAL DO RJ - PALCO LIVRE. LIVE DESAFIOS: "YOUNG ARTISTS" A BUSCA E INSERÇÃO DE JOVENS TALENTOS NO MERCADO DA ÓPERA.

Na próxima terça-feira, 07 de julho, acontece mais uma live do Theatro Municipal Palco Livre, com o patrocínio Ouro Vale e Petrobras. Desta vez o convidado é David Gowland, o Covent Garden de Londres e diretor artístico do programa de jovens artistas Jette Parker Young Artist Programme. Considerado um dos maiores profissionais da formação e desenvolvimento de novos talentos para a ópera, o pianista David Gowland comanda desde 2002 o seu programa destacando a nova geração de artistas. O tema será
Desafios: “Young Artists” - a busca e inserção de jovens talentos no mercado da ópera.
Em 2003, André Heller-Lopes, diretor artístico do #TMRJ foi o primeiro diretor cênico a ser convidado para integrar o curso de especialização de dois anos em Londres. André vai conversar com David sobre os segredos para uma carreira de sucesso na ópera internacional.

Comentários

  1. Olá, Ali, sou soprano e acompanho o seu blog desde muito tempo atrás. Desde já, parabenizo o seu trabalho e peço licença para escrever o que escreverei aqui:

    Acho louváveis estas iniciativas que visam a inserção de jovens cantores no mundo da ópera.

    Mas eu gostaria de colocar um dedo na ferida na parte que me toca: O limbo que os cantores jovens adultos (isto é, dos 35 aos 45 anos) no mundo da ópera. Enquanto muito se pontua que a voz melhora com o tempo e com os estudos, o que vejo, porém, é que, paradoxalmente, inúmeras portas se fecham para nós, que (também) somos jovens (embora adultos). Dito isto, preconizo que este é um enorme problema que deveria ter mais atenção inclusive em uma época na qual tantos cobram o fim de preconceitos no mundo (inclusive lírico), mas o etarismo parece que continua sendo um "preconceito de estimação", pois quase não se protesta contra ele.

    Tenho 36 anos, e sempre sinto na pele este tipo de exclusão. Não desisto, porque amo muito o que faço e não me dou o direito de desistir, mas sinto que esta exclusão faz mal aos cantores, e também ao mundo da ópera: Enquanto empurram cantores para cantar papéis difíceis bem mais cedo do que deveriam, excluem os cantores mais maduros de iniciarem uma carreira por julgarem "velhos demais para começar" (já ouvi isto da boca de gente próxima, imagine o quão duro isso foi...).

    É duro conviver com isto e com tamanha hipocrisia por parte daqueles que tanto se colocam como engajados. Minha decepção é profunda neste aspecto.

    A boa notícia é que ventos de mudança estão soprando na direção boa, da inclusão: Concursos de canto (que costumam ser as primeiras portas de um cantor para o mercado de trabalho) sem limite de idade estão sendo criados - e a Itália é uma mãe neste aspecto, é o país onde mais encontrei concursos bons que eu posso participar, embora pense que deveria ser mais... Ao menos eu tenho janelas para fora - e o Brasil com suas pouquíssimas oportunidades na minha área não me parece um bom lugar para trabalhar, muito menos fazer carreira... Só espero que as coisas melhorem no pós-peste, apesar de tudo, ainda tenho forças para torcer.

    Me perdoe o texto longo.

    Um abraço,

    Eneida Lima - soprano
    Salvador - Bahia

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