OSESP FAZ A ESTREIA MUNDIAL DE "CARTAS PORTUGUESAS", DE JOÃO GUILHERME RIPPER.

 

  Nesta sexta, 28 de agosto, às 19h, faz a estreia mundial de Cartas Portuguesas, monodrama de João Guilherme Ripper, em apresentação que dá continuidade à nossa série de transmissões ao vivo, diretamente do palco da Sala São Paulo — sem público na plateia. Com regência de Roberto Tibiriçá, a peça tem a soprano Camila Titinger no papel principal, além da participação das sopranos Érika Muniz, Luiza Willert e Raquel Paulin. Jorge Takla assina a direção cênica.

 

O monodrama Cartas Portuguesas é baseado nas cinco cartas escritas por Mariana Alcoforado (Titinger), freira do Convento de Nossa Senhora da Conceição, de Beja, Portugal, a seu amante, o oficial francês Noel de Chamilly. Em 1669, essas cartas foram traduzidas e publicadas em Paris como um romance epistolar, tornando-se motivo de escândalo e atraindo grande interesse. O enredo descreve o percurso dramático de Mariana na clausura, seu sofrimento ao tentar sublimar sua paixão pelo amante que a deixou e a resignação que toma conta de sua existência e que acaba encontrando, enfim, o amparo na vida religiosa. Na história real, ela se torna Superiora do convento.

 

Sobre o libreto, Ripper explica que incluiu trechos escritos por ele próprio, além de outras fontes. “Da Bíblia, recorro a um texto do Cântico dos cânticos, de Salomão, para a primeira ária de Mariana, quando ela tenta justificar sua paixão desenfreada por Noel. Já o poema Leanor, de Francisco Rodrigues Lobo (1580-1620), poeta barroco português, é outra inserção relevante, que Mariana canta quando recorda uma cantiga que aprendeu com sua mãe. Os dois textos externos são pontos de contraste ao tom doloroso das cartas”.

 

A soprano Camila Titinger fala mais sobre sua participação: “(...) por ser um monodrama, não divido as partes cantadas com outros personagens, assim, há uma grande exigência vocal. Estou gostando muito do desafio e o processo de preparo foi muito recompensador, já que nos ensaios me senti completamente entregue à personagem. Mariana Alcoforado é um papel que tem me oferecido muitas facetas interpretativas e está sendo um grande privilégio dar vida à esta mulher incrível, que (...) foi um ser humano de extrema coragem. E a coragem é desenvolvida quando se conhece a dor. Enfim, eu não poderia estar mais feliz em voltar aos palcos da minha amada Sala São Paulo, estreando uma obra de tamanha beleza, perto da minha família!”.

 

O concerto, que ainda traz a Sinfonia nº 36 – Linz, de Mozart, será transmitido gratuitamente pelas mídias sociais da Osesp: YouTubeFacebook e Instagram.


ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ROBERTO TIBIRIÇÁ REGENTE
CAMILA TITINGER SOPRANO (MARIANA ALCOFORADO)
JORGE TAKLA DIREÇÃO CÊNICA
RAQUEL PAULIN SOPRANO DOPPIONE
LUIZA WILLERT SOPRANO
ÉRIKA MUNIZ SOPRANO


SEXTAFEIRA, 28 DE AGOSTO, 2020, 19 HORAS -GRÁTIS

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