AREF FARKOUH, MAIOR INCENTIVADOR DA MÚSICA CLÁSSICA E DO CANTO LÍRICO DE CAMPOS DO JORDÃO/SP EM ENTREVISTA PARA O BLOG DE ÓPERA & BALLET.
Aref Farkouh Arquiteto e hoteleiro, viajante e curioso, acho pouco 24 horas no dia, muito pouco 7 dias na semana, uma miséria 100 anos de vida. Neto de sirio-libaneses, (bem) educado em escola de padres, quatro filhos em dois casamentos.
Sempre inovando, arriscando, errando, mas mais acertando.
O programa TORIBA MUSICAL nunca foi um negócio para o hotel – não ganhamos nada com ele. É apenas um plus no entretenimento dos hóspedes de bom gosto. Eu gosto da boa música. Já tentei tocar violino sem sucesso, tenho em casa um belo piano de cauda e faço aulas há muitos anos. Tenho quatro assinaturas de Osesp desde o início, e não perco as montagens de óperas. Resumindo, faço porque gosto. Mesmo se nenhum hóspede gostasse, faria só por mim.
2- Você é um dos raros empresários brasileiros que investem na música clássica e no canto lírico. O Hotel Toriba localizado em Campos do Jordão/SP tem atrações semanais durante todo o ano. Essas ações dão retorno financeiro?
Como falei acima, nosso hotel lota todos fins de semana, com ou sem música ao vivo. O retorno é apenas institucional.
3- Vivemos uma pandemia, qual foi o impacto financeiro do fechamento do Hotel Toriba durante esses meses?
Perdemos uma fortuna. Mas temos reservas e solidez financeira, estamos aqui há 77 anos, e não são três meses sem receita que nos abalam.
4- O "Festival Toriba Musical" terá início no dia 23/09 indo até o dia 28/11. É o primeiro evento de música clássica e canto lírico aberto ao público no Brasil nos últimos seus meses. Como você analisa o cancelamento de todos os eventos do gênero no Brasil?
Achei lamentável e desnecessário cancelar tudo. Excesso de zelo. Poderiam limitar a plateia a 30% ou 40%, isolando os casais. Aqui nunca deixamos de fazer nossos concertos, mesmo com o hotel sem hóspedes.
5- Falta nível cultural ao empresariado brasileiro para investir na música clássica e no canto lírico?
Não falta nível cultural aos empresários, mas sim à maioria dos seus clientes, por isso não investem nisso.
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