A ORGANIZAÇÃO SOCIAL SANTA MARCELINA CULTURA ASSUME INTERINAMENTE A GESTÃO DO THEATRO MUNICIPAL DE SP. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.
Esse é mais um capítulo da longa novela que se tornou a administração do Theatro Municipal de São Paulo. Ao invés do prático e fácil uma entidade comandar a casa temos três dando pitacos: A Secretaria Municipal de Cultura, a Fundação Theatro Municipal e agora provisoriamente a Santa Marcelina Cultura baseada em uma firula jurídica. Muito cacique pra pouco índio. Essa administração provisória será até que uma nova entidade gestora seja escolhida em definitivo via edital.
O Instituto Odeon que administrou o teatro nos últimos anos teve contas reprovadas a partir de 2018 com um milhão de suspeitas. Uma administração para ser esquecida.
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo iniciou no último dia 15 de Outubro apresentações ao vivo e com público presente, seguindo rígidos protocolos de segurança sanitária. Alguém das três entidades que comandam o Theatro Municipal decidiu que esse ano nada de apresentações com público, puro comodismo em nome da segurança.
Assistindo a três documentários de produções de óperas que seriam apresentadas esse ano percebi as ideias amalucadas dos diretores. Querem transformar a ópera em lutas sociais,feminismo e tudo que esta na moda ultimamente, assassinando a essência da mesma.
Esse Blog sempre defendeu que a Secretaria Municipal de Cultura retomasse a administração do teatro depois de tantas lambanças das Organizações Sociais. Agora virou moda fazer o mesmo, aqueles que sempre defenderam as O.S. querem o fim das mesmas. A opinião dos jornalistas "graduados" da Revista Concerto muda constantemente. Por que será?
Ali Hassan Ayache
Entenda a crise
Instituto Casa da Ópera vence concorrência para gerir o Municipal; Instituto Odeon também participou do processo.
Agosto de 2017 - Ministério Público aponta possível irregularidade na concorrência; Cleber Papa, diretor do Municipal desde o início daquele ano, tinha relação indireta com a Casa da Ópera.
Setembro de 2017 - Casa da Ópera é desclassificada na concorrência por falta de documentação; Odeon assume a casa e demite Cleber Papa da diretoria artística do teatro.
Novembro de 2018 - Diretor financeiro da Odeon grava conversa com André Sturm, na qual o secretário da Cultura condiciona a aceitação de prestações de contas do instituto ao anúncio de que o grupo deixaria a casa; Sturm é acusado de chantagem.
Dezembro de 2018 - Secretaria Municipal de Cultura, ainda sob gestão de Sturm, quebra contrato com o Odeon e dispensa os serviços do instituto.
Janeiro de 2019 - Sturm é exonerado de seu cargo; no seu lugar, assume Alê Youssef, que suspende a dispensa do Odeon.
Fevereiro de 2019 - Secretaria de Cultura cria grupo de trabalho para avaliar as contas do Odeon; primeira carta de João do Theatro é entregue.
Junho de 2019 - Grupo de trabalho recomenda que a Fundação Theatro Municipal reprove as contas de 2018 do Odeon; a fundação acata e dá prazo legal de resposta para 28 de setembro.
Janeiro de 2020 - Direção da Fundação Theatro Municipal de São Paulo determina rescisão do contrato; Odeon recorre, mas recurso é indeferido.
Março de 2020 - Odeon abre queixa-crime por difamação contra mensageiro.
Maio de 2020 - Contrato é oficialmente rescindido e Odeon começa processo de desmobilização, que dura aproximadamente três meses.
Outubro de 2020 - Saída prevista do Odeon da administração do teatro.
As OS são uma fraude Constitucional, as OS servem apenas para sugar dinheiro do Estado. o que a prefeitura precisa fazer é criar vergonha na cara, fazer concursos e profissionalizar a SEcretaria de Cultura para gerenciar o Theatro Mvnicipal e todos os outros equipamentos Culturais...Lembro-me quando ia no Mvnicipal e via aquele pessoal concursado trabalhando com amor e respeito pelo Theatro...
ResponderExcluirSaudades do Neshling...
ResponderExcluirUma vergonha tudo isso.
ResponderExcluirTodos ganhando sem ao menos um concerto de câmara. Muito cômoda atitude ao ancelar todas os eventos até 31/1/2020.
Roupa aos cofres municipais !
Sério, já foram realizadas diversas experiências demonstrando que é possível realizar encenações de qualidade mantendo os protocolos necessários para evitar a contaminação pelo vírus. São Paulo não está em um estado ruim da pandemia neste momento e em breve possivelmente teremos uma vacina. Os projetos que vi ultimamente se apropriaram de lutas sérias para fins pura e simplesmente comerciais. Se não for tomada uma direção eficiente, como uma temporada focada em nomes como Verdi, Mozart e Puccini que recupere a alma da ópera da casa, ou algo similar com o que foi feito ano passado no TMRJ, o Teatro está fadado a se tornar um mero prédio histórico sem vida como muitos em São Paulo:
ResponderExcluirComentário de Marco Antônio Seta enviado ao Blog de Ópera & Ballet: Conforme você disse Vi, dá sim para fazer realizar ópera, com os devidos protocolos necessários para evitar a propagação do Coronavírus. Há óperas com pequenos coros, ou mesmo de câmara, com orquestra reduzida. O que falta é vontade de arregaçar as mangas, mergulhar nos trabalhos e colocar os cantores em cena, selecionando-os rigorosamente, com veracidade àqueles personagens enfocados. Não serve, colocar qualquer cantor em qualquer papel. Isso é primordial ! Ou sempre os mesmos ! Não dá mais ! Quanta incongruência vem sendo realizada nos últimos quatro anos.
ResponderExcluirO Theatro possui orquestras (duas: a Sinfônica e a Experimental, ambas com capacidade para tal e dois coros; o Lírico Municipal e o Paulistano.Muita gente habilitada (prata da casa).
Quais serão as óperas programadas para 2021 ? Alguém já pensou nisso ?
Habilite-se a Santa Marcelina Cultura a fazê-lo com critério e sabedoria.