SÃO PAULO CIA DE DANÇA REALIZA APRESENTAÇÃO NA REABERTURA DO TEATRO ESTADUAL DE ARARAS.

                                  

1)  Cena de Grand Pas de Quatre, de Diego de Paula. Foto: Fernanda Kirmayr      

(2)  Cena de Aparições, de Ana Catarina Vieira. Foto: Fernanda Kirmayr    


Espetáculo gratuito no dia 28 de novembro terá balé e dança contemporânea, além de abertura da Cia Estável de Dança de Bauru


São Paulo Companhia de Dança (SPCD), corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, volta a encontrar o público de Araras, no interior de São Paulo. A apresentação única acontece no dia 28 de novembro (sábado), às 18h, e marca a reabertura para espetáculos presenciais do Teatro Maestro Francisco Paulo Russo, gerido pela Organização Social Amigos da Arte. A entrada é franca e limitada a 200 lugares que serão ocupados por ordem de chegada dentro dos protocolos de distanciamento exigidos pelas entidades governamentais. A apresentação também será transmitida gratuitamente, em exibição única, no canal da Companhia no YouTube e na plataforma #CulturaEmCasa.

Para a apresentação, a Companhia terá como convidada a Companhia Estável de Dança de Bauru, corpo artístico da Secretaria Municipal de Cultura de Bauru, que abre a noite com a obra Morte e Vida de Severina, assinada por Arilton Assunção. A criação é inspirada no poema Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), que relata a dura trajetória de sofrimento enfrentado pelos retirantes nordestinos, representado pelo personagem Severino.

Na sequência, o programa apresentado pela São Paulo Companhia de Dança também está de acordo com o novo arranjo social imposto pela pandemia e privilegia coreografias com número reduzido de bailarinos que já convivem entre si para além da sala de ensaio.

 

Com o objetivo de refletir sobre o balé clássico e suas reverberações ainda hoje, foram revisitados para o repertório de 2020 da São Paulo Companhia de Dança trechos de famosas obras. Duas dessas versões serão apresentadas em Araras ­ pela primeira vez para o público presencial: Grand Pas de Quatre, assinada pelo bailarino Diego de Paula, inspirada livremente na obra de Perrot, e Esmeralda, criada por Duda Braz e inspirada na obra de Marius Petipa (1818-1910) a partir do original de Jules Perrot (1810-1892).

 

Encerra a noite a obra Aparições, de Ana Catarina Vieira, com elenco de intérpretes que já convivem entre si na vida pessoal. Esta primeira criação da coreógrafa para a Companhia é inspirada nas obras de Candido Portinari (1903-1962), César Guerra-Peixe (1914-1993) e nas danças populares do nordeste do Brasil. O trabalho evoca imagens do Brasil de maneira poética e com muita liberdade criativa.

 

“É uma grande alegria voltar a encontrar os aplausos do nosso querido público de Araras, que sempre nos recebe tão bem. Esta é a sétima vez que subimos ao palco do Teatro Estadual e, para marcar a reabertura deste espaço tão querido, convidamos a Companhia Estável de Dança de Bauru, que tem um belo trabalho sob o comando do diretor Sivaldo Camargo. É um momento de encontro entre duas companhias paulistas públicas – nós, sob o Governo do Estado, e eles, sob a Prefeitura de Bauru – para mostrar a beleza, a força e a resiliência da cultura e da dança feita em São Paulo”, afirma a diretora artística e executiva da São Paulo Companhia de Dança, Inês Bogéa.

 

“Poder retomar os espetáculos presenciais paulatinamente é muito inspirador. E, claro, sempre seguindo os protocolos sanitários. Também é importante destacar que durante todo o período de isolamento, foram produzidos conteúdos culturais e exibidos pela plataforma #CulturaEmCasa, criada em abril pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. São 1,7 mil conteúdos disponibilizados, muitos deles realizados pelas entidades ligadas à Pasta, como a São Paulo Companhia de Dança. Além de inúmeras lives de artistas e debates com temas da atualidade, totalizando 2,2 milhões de visualizações”, afirma Danielle Barreto Nigromonte, diretora executiva da Amigos da Arte, responsável pela gestão do Teatro Estatual de Araras e da plataforma #CulturaEmCasa.

 

A apresentação da São Paulo Companhia de Dança na reabertura do Teatro Estadual de Araras acontece no canal da Companhia no YouTube (São Paulo Companhia de Dança) e também na plataforma #CulturaEmCasa (www.culturaemcasa.com.br), criada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerida pela Amigos da Arte, que já soma mais de 2,2 milhão de visualizações desde o seu lançamento, em abril. Pelos canais da SPCD no Facebook (@spciadedanca), Instagram (@saopaulociadedanca) e o Twitter (@spciadedanca), o público vai poder conferir ainda bastidores e detalhes do evento.

 

 

Serviço:

São Paulo Companhia de Dança na reabertura do Teatro Estadual de Araras

ProgramaAbertura com a Companhia Estável de Dança de Bauru (Morte e Vida de Severina, de Arilton Assunção); Grand Pas de Quatre, de Diego de Paula; Pas de Deux de Esmeralda, de Duda Braz; e Aparições, de Ana Catarina Vieira

Data: 28 de novembro de 2020

Horário: Sábado, às 18h

Endereço: Av. Dona Renata, 4901 - Vila Pastorello – Araras/SP

Capacidade física: 200 lugares

Entrada franca por ordem de chegada

 

 

Ficha técnica das obras:

Morte e Vida de Severina / Companhia Estável De Dança De Bauru

Coreografia, concepção e composição coreográfica: Arilton Assunção

Música: Flávio Lima

Iluminação: André Bazan e Flávio Lima

Figurino: Ana Bia Andrade

Adereços: Paulo Barreto, Rita de Cássia Oliveira e Sílvio Selva

FotografiaLoriza Lacerda

Assistente de coreografia: Luis Silva, Samuel Rodrigues e Sivaldo Camargo

Elenco: Amanda Lopes, Ester Canno, Julia Soares, Julia Zanini, Marcela Victória, Mariela Mira, Victória Carvalho, Taina Fernanda, Thiago Ruela

A obra faz uma releitura do poema Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), colocando os bailarinos como “Severinos na vida” e utilizando os corpos deles como elemento para a narrativa da história, que se mostra muito atual pelo momento que estamos passando. A criação propõe uma reflexão sobre a luta pela sobrevivência do apesar das dificuldades encontradas por eles durante a jornada por uma vida digna.

 

 

Grand Pas de Quatre (2020)

Coreografia: Diego de Paula, inspirado livremente na obra de 1854 de Jules Perrot (1810-1892)

Música: Cesare Pugni (1802-1870)

Iluminação: Wagner Freire

Figurino: Acervo SPCD

Elenco: Ana Silva, Luciana Davi, Luiza Yuk, Marina Peña

Grand Pas de Quatre foi criado originalmente no século XIX para reunir, em um mesmo palco, as quatro principais bailarinas do período romântico, enaltecendo suas características artísticas individuais, apresentadas ora em variações, ora em conjunto. A versão criada por Diego de Paula – bailarino da SPCD que integra o Programa de Desenvolvimento das Habilidades Futuras do Artista da Dança como coreógrafo – posiciona as bailarinas em focos separados de luz e desenha formações pelo palco que lembram camafeus, destacando a delicadeza da obra.

 

 

Pas de Deux de Esmeralda (2020)

Coreografia: Duda Braz, inspirada na obra de Marius Petipa (1818-1910) a partir do original de Jules Perrot (1810-1892)

Música: Cesare Pugni (1802-1870)

Iluminação: Wagner Freire

Figurino: Marilda Fontes

Elenco: Beatriz Paulino e Leonardo Pedro

Esmeralda é um balé inspirado no livro Notre-Dame de Paris (também conhecido como O Corcunda de Notre Dame), escrito em 1831 por Victor Hugo (1802-1885). A obra foi apresentada pela primeira vez em 1844 por Jules Perrot (1810-1892) e, em 1886, Marius Petipa (1818-1910) a revisitou e incluiu novos elementos. Esmeralda conta a história de uma cigana que se apaixona por Phoebus, um oficial da guarda francesa, na Paris do século XV. Entre as dificuldades do casal apaixonado em viver esse amor, estão a noiva do oficial, uma jovem da alta sociedade, e a obsessão pela cigana do homem mais poderoso da Paris.

 

 

Aparições (2020)*

Coreografia: Ana Catarina Vieira

MúsicaSuíte Sinfônica nº 2 Pernambucana (1955) e Ponteado (1955), de César-Guerra Peixe (1914-1993)

Iluminação: Wagner Freire

Figurino e adereços: Marco Lima

Cenografia: Marco Lima, com imagens de quatro desenhos de Candido Portinari (1903-1962): Pipas (1942); Ilha de PaquetáCirco e Desfile de Carnaval (1941), usados nas ilustrações do livro Maria Rosa (1942) de Vera Kelsey (Os direitos de reprodução das obras foram gentilmente cedidos por João Candido Portinari)

Assistente de cenografia e figurino: Cesar Bento

Dramaturgia: Vivien Buckup

Execução de figurinos: Judith Lima (macacões), FCR Produções Artísticas (demais figurinos e adereços)

Elenco: Alan Marques, Ana Silva, Beatriz Paulino, Cecília Valadares, Diego de Paula, João Gabriel Inocencio, Kaique Barbosa, Leonardo Pedro, Luiza Yuk, Matheus Queiroz, Marina Peña, Poliana Souza

Primeira criação da coreógrafa contemporânea Ana Catarina Vieira para a São Paulo Companhia de Dança, Aparições é inspirada nas obras de Candido Portinari, César Guerra-Peixe e nas danças populares do nordeste do Brasil. Os figurinos e os elementos cênicos de Marco Lima ampliam o gesto no espaço. E a luz de Wagner Freire dialoga com os diversos elementos a contribui para a dramaturgia da obra. Aparições – nome que remete ao poema homônimo de Portinari –, traz imagens do Brasil de maneira poética e com muita liberdade criativa. Seguindo os protocolos de distanciamento social, o elenco de Aparições é formado por bailarinos que já convivem pessoalmente em seu cotidiano.

 

 

*A produção da obra Aparições tem o apoio da Lei de Incentivo à Cultura, patrocínio Itaú, Rede, Tegma Logística e CDF e realização Associação Pró-Dança/São Paulo Companhia de Dança, Governo do Estado de São Paulo – por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa – e Secretaria Especial da Cultura (Ministério do Turismo, Governo Federal)

 

 

SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA

Direção Artística e Executiva | Inês Bogéa

Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 762 mil pessoas em 17 diferentes países, passando por cerca de 145 cidades em mais de 1.000 apresentações e acumulando mais de 30 prêmios nacionais e internacionais. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: os Programas Educativos e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança.


INÊS BOGÉA - Direção Artística e Executiva | Inês Bogéa
 é doutora em Artes (Unicamp, 2007), bailarina, documentarista, escritora, professora no curso de especialização Arte na Educação: Teoria e Prática da Universidade de São Paulo (USP) e autora do “Por Dentro da Dança” com a São Paulo Companhia de Dança na Rádio CBN. De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo (Belo Horizonte). Foi crítica de dança da Folha de S. Paulo de 2001 a 2007. É autora de diversos livros infantis e organizadora de vários livros. Na área de arte-educação foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-2004) e consultora do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado (2007-2008). É autora de mais de quarenta documentários sobre dança.

 

TEATRO ESTADUAL DE ARARAS - MAESTRO FRANCISCO PAULO RUSSO

Inaugurado em 1991, o Teatro Estadual de Araras “Maestro Francisco Paulo Russo” foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com 466 lugares em seu auditório principal e outros 126 lugares no auditório menor em seu subsolo. De 1995 à 2005, o teatro foi equipado com todas as instalações necessárias para os mais diversos eventos de manifestação cultural local, nacional e internacional. A partir de 2004, passou a ser administrado pela Organização Social Amigos da Arte.

 

SOBRE AMIGOS DA ARTE

A Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão do Teatro Estadual de Araras, trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e iniciativa privada desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo difundir a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos como o Teatro Sérgio Cardoso, que este ano está com programação especial de aniversário de 40 anos, o Museu da Diversidade Sexual o Teatro Estadual de Araras.

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