GUSTAV MAHLER - SINFONIA NO. 4 EM SOL MAIOR. ARTIGO DE EMANUEL MARTINEZ NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.
Iniciada em julho de 1899 em Aussee e concluída a 6 de agosto de 1900 em Maierniggam-
Wörthersee, na Caríntia, onde Mahler mandara construir uma casa onde iria
passar as férias de verão até 1907.
A estréia deu-se a 25 de novembro de 1901 em Munique sob a regência do
compositor.
Esta sinfonia volta ao número tradicional de movimentos , suprimindo os trombones e
a tuba na orquestra, inserindo um soprano como voz solista.
A idéia desta sinfonia é a infância, sob seu aspecto a um tempo ingênuo e perspicaz; e
sua progressão, a entrada em um Paraíso apenas notado os três primeiros
movimentos, depois cantado no último movimento – um LIED intitulado Das
himmlische Leben (a vida celeste). As alegrias do Paraíso descritas pelo Wunderhorn
são de início de natureza bem terrestre: dança-se e canta-se sob o olhar de S. Pedro, o
vinho corre solto, os anjos amassam o pão, pratos requintados são preparados por
Santa Maria. Ao mesmo tempo ouve-se uma música produzida por Sta. Úrsula. Ditas as
palavras: “Nenhuma música na terra é comparável à nossa”, todo o equívoco
desaparece.
Esta sinfonia é uma das mais conhecidas obras e populares do compositor. Na ocasião
foi muito mal aceita pelos críticos de Munique e quando foi apresentada em Paris em
1914 o compositor Vincent D’Indy teceu-lhes críticas, julgando-a como “música para
Alhambras ou para o Moulin Rouge, não para salas de concerto”. Mahler reagiu com as
seguintes palavras: “Eles estão de tal forma corrompidos pela música programática
que são incapazes de apreciar uma obra, seja ela qual for, de um ponto de vista
simples e estritamente musical”.
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