A São Paulo Companhia de Dança (SPCD), corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, se prepara para estrear uma obra contemporânea assinada por Leilane Teles, jovem bailarina e coreógrafa soteropolitana.
A convite da diretora da SPCD, Inês Bogéa, Leilane está preparando Umbó, criação inspirada em três grandes artistas negros e seus conterrâneos: o compositor Tiganá Santana, a cantora Virgínia Rodrigues e o bailarino e coreógrafo Matias Santiago.
Formada pela Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), a artista tem vasta experiência com as técnicas moderna e clássica, além de vivências com a dança contemporânea. Já integrou o elenco da companhia Augusto Soledade Brazzdance, nos Estados Unidos, e o Balé Jovem de Salvador, dirigida por Matias Santiago – um de seus mentores – além de ter feito residência artística na Bienal de Veneza, na Itália, sob direção de Ismael Ivo (1955-2021).
Ao longo de sua trajetória também carrega experiências como intérprete-criadora, cantora, atriz, diretora e produtora de videodanças, tendo já participado de importantes peças no Brasil e exterior como Chacrinha - O Musical; Vamp - O Musical; Voices of the Amazon (em Londres e com turnê pela Ásia), Escola do Rock e Donna Summer - O Musical.
“Ter a possibilidade trabalhar com arte nesse momento no Brasil é um grande privilégio, e estar criando algo inédito para a São Paulo Companhia de Dança é um deles. Venho pesquisando para Umbó desde o ano passado e essa obra já tem um lugar muito especial no meu peito. Eu escolhi falar de algo que se conecta bastante com a minha história e, para isso, me inspirei em grandes artistas pretos soteropolitanos que, assim como eu, cresceram e viveram no mesmo lugar, cada um em sua geração, mas com vivências semelhantes. Chegar na sala de ensaio da SPCD e ver tudo o que idealizei se materializando nos corpos dos talentosos bailarinos da Companhia é muito maravilhoso”, afirma Leilane, que está na sede da Companhia em São Paulo para acertar detalhes da obra. A estreia está prevista para o segundo semestre deste ano.
SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA
Direção Artística e Executiva | Inês Bogéa
Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 764 mil pessoas em 17 diferentes países, passando por aproximadamente 145 cidades em cerca de 1.000 apresentações e acumulando mais de 30 prêmios nacionais e internacionais. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: os Programas Educativos e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança.
INÊS BOGÉA - Direção Artística e Executiva | Inês Bogéa é doutora em Artes (Unicamp, 2007), bailarina, documentarista, escritora, professora no curso de especialização Arte na Educação: Teoria e Prática da Universidade de São Paulo (USP) e autora do “Por Dentro da Dança” com a São Paulo Companhia de Dança na Rádio CBN. De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo (Belo Horizonte). Foi crítica de dança da Folha de S. Paulo de 2001 a 2007. É autora de diversos livros infantis e organizadora de vários livros. Na área de arte-educação foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-2004) e consultora do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado (2007-2008). É autora de mais de quarenta documentários sobre dança.
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