SÃO PAULO CIA DE DANÇA FAZ TURNÊ PELO INTERIOR DO ESTADO DE SP.
Seguindo protocolos governamentais de enfrentamento à Covid-19, espetáculos acontecem em Jundiaí
A São Paulo Companhia de Dança (SPCD), corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, viaja este mês pelo interior paulista para a pré-estreia de sua mais recente obra: Umbó, de Leilane Teles. As apresentações são gratuitas e acontecem em Jundiaí (dias 20 e 21/08).
Primeiro trabalho original da coreógrafa baiana para a SPCD, Umbó busca refletir sobre como a arte do outro reverbera em cada um, evidenciando o papel da inspiração no processo de criação. O cantor e compositor Tiganá Santana, a cantora Virginia Rodrigues e o coreógrafo Matias Santiago são o ponto de partida da obra, que convida o público a apreciar e reverenciar as artes e trajetórias dessas personalidades, bem como os bailarinos em cena e os artistas envolvidos na concepção, como Teresa Abreu, que assina os figurinos, e Gabriele Souza, responsável pela iluminação.
Jundiaí
Nos dias 20 e 21 de agosto (sexta e sábado), às 20h, Jundiaí recebe a São Paulo Companhia de Dança pela sétima vez, no Teatro Polytheama, em uma parceria institucional com a Fundação Casa da Cultura e Unidade de Gestão de Cultura de Jundiaí. As duas apresentações são gratuitas, também com uso obrigatório de máscaras pelo público e ocupação da plateia limitada a 62% da capacidade total para garantir o distanciamento entre as poltronas em respeito às diretrizes governamentais de enfrentamento à Covid-19. Os ingressos devem ser reservados com antecedência pelo site www.sympla.com.br.
O programa abre com a Cia Jovem de Dança de Jundiaí estreando Link, de Alex Soares. Criada em 2013 para a Ribeirão Preto Cia de Dança, a obra ultrapassa as fronteiras do campo técnico para abordar a anulação da individualidade humana pelo coletivo. Em 2013, Link ganhou o Prêmio Denilto Gomes da Cooperativa Paulista de Dança como melhor criação coreográfica do ano.
Na sequência, os bailarinos da SPCD sobem ao palco para apresentar o Grand Pas de Deux de Carnaval em Veneza, em versão de Duda Braz, e a pré-estreia de Umbó, de Leilane Teles.
“É uma alegria voltar a encontrar o carinho do nosso querido público do interior do Estado de São Paulo, agora com a pré-estreia de Umbó, que revela o talento de uma jovem coreógrafa e fala sobre inspiração e representatividade. Estar no palco com um repertório assinado por artistas brasileiros demonstra a criatividade do nosso povo e a força da dança feita em São Paulo”, afirma a diretora artística e executiva da São Paulo Companhia de Dança, Inês Bogéa.
As apresentações são viabilizadas pela Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio de Itaú, apoio de CDF e realização da Associação Pró-Dança/São Paulo Companhia de Dança, Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e Secretaria Especial da Cultura (Ministério do Turismo, Governo Federal).
Serviço:
São Paulo Companhia de Dança – Pré-estreia de Umbó, de Leilane Teles
Jundiaí/SP
Programa: Abertura com Cia Jovem de Dança de Jundiaí em estreia de Link, de Alex Soares; Grand Pas de Deux de Carnaval em Veneza, versão de Duda Braz; pré-estreia de Umbó, de Leilane Teles
Datas: 20 e 21 de agosto de 2021
Horário: Sexta e sábado, às 20h
Local: Teatro Polytheama (Rua Barão de Jundiaí, 176 – Centro - Jundiaí)
Capacidade física: 708 lugares
Entrada franca mediante reserva em www.sympla.com.br
Ficha técnica das obras da São Paulo Companhia de Dança:
Pivô (2016)
Coreografia: Fabiano Lima
Músicas: Quem sabe? (1859), cantada por Adriana de Almeida e executada ao piano por Olinda Allessandrini, e Bailado dos Índios da ópera O Guarani (1870), de Carlos Gomes (1836-1896), executada pela Orquestra do Theatro Municipal de São Paulo, sob regência de Armando Bellardi
Iluminação: Guilherme Paterno
Figurino: Cássio Brasil
Duração: 17 minutos
A obra se vale de referências do basquete, do hip-hop e da dança contemporânea. Com músicas de Carlos Gomes, a coreografia traz para a cena o ambiente brasileiro com sonoridades conhecidas. O figurino de Cássio Brasil dialoga com a luz de Guilherme Paterno e evidencia as diferentes camadas de cor da obra. “É uma coreografia de troca e percepção para entendermos como essa dança passa de um corpo para o outro. Gosto de trabalhar com elementos cênicos, dá identidade aos meus trabalhos”, diz Fabiano. A obra foi premiada com o terceiro lugar na escolha do júri como Melhor Espetáculo de Dança de 2016 pelo Guia da Folha de S.Paulo.
Grand Pas de Deux Carnaval em Veneza (2020)
Coreografia: Duda Braz, a partir de Carnival de Venise (1859), de Marius Petipa (1818-1910)
Música: Cesare Pugni (1802-1870)
Figurino: Marilda Fontes
Duração: 9 minutos
O Grand Pas de Deux de Carnaval em Veneza traz para a cena um duo clássico vibrante e virtuoso. Criada originalmente em 1859 por Marius Petipa, com música de Cesare Pugni inspirada em temas da peça de Niccolò Paganini “Carnavale di Venezia” (Op. 10), essa obra faz parte do repertório clássico de grandes companhias de dança pelo mundo. A coreografia da SPCD toma como inspiração os bailes de máscaras da Europa do século XVII.
Umbó (Pré-estreia - 2021)
Coreografia: Leilane Teles
Músicas: Nzambi Kakala Ye Bikamazu, Muloloki e Para a Poetisa Íntima, de Tiganá Santana, e Mama Kalunga, de Tiganá Santana na voz de Virgínia Rodrigues
Figurino: Teresa Abreu
Assistência de Figurino: Priscilla Bastos
Iluminação: Gabriele Souza
Duração: 20 minutos
Para conceber Umbó, Leilane Teles se baseia em uma premissa batizada por ela como “a criação do desejo”, que fala sobre o desejo de se tornar quem se quer ser a partir de determinada referência e como isso reverbera no corpo de cada um. Nesse sentido, o ato de ser inspirado também produz inspiração, gerando um ciclo infinito. O cantor e compositor Tiganá Santana, a cantora Virginia Rodrigues e o coreógrafo Matias Santiago são o ponto de partida de Umbó, que convida o público a apreciar e reverenciar as artes e trajetórias dessas personalidades, bem como os bailarinos em cena e todos os artistas envolvidos na concepção da obra.
SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA
Direção Artística e Executiva | Inês Bogéa
Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 764 mil pessoas em 17 diferentes países, passando por cerca de 145 cidades em mais de 1.000 apresentações e acumulando mais de 30 prêmios nacionais e internacionais. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: os Programas Educativos e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança.
INÊS BOGÉA - Direção Artística e Executiva | Inês Bogéa é doutora em Artes (Unicamp, 2007), bailarina, documentarista, escritora, professora no curso de especialização Arte na Educação: Teoria e Prática da Universidade de São Paulo (USP) e autora do “Por Dentro da Dança” com a São Paulo Companhia de Dança na Rádio CBN. De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo (Belo Horizonte). Foi crítica de dança da Folha de S. Paulo de 2001 a 2007. É autora de diversos livros infantis e organizadora de vários livros. Na área de arte-educação foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-2004) e consultora do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado (2007-2008). É autora de mais de quarenta documentários sobre dança.
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