A ALTERNÂNCIA DE PODER É BENÉFICA PARA A MÚSICA CLÁSSICA: O CASO OSESP. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

 


 Em todas as esferas da política temos uma rotação nos cargos eletivos, isso é benéfico porque a alternância no poder traz novas ideias e acaba com o comodismo. Isso não ocorre na OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) onde o diretor artístico Arthur Nestrovski está há mais de dez anos no cargo fazendo sempre as mesmas coisas.

Somos a favor de um mandato com tempo determinado para qualquer diretor artístico de todos os teatros nacionais. Nestrovski segue a cartilha das elites que não querem se misturar aos menos privilegiados. Transformou a OSESP em uma panelinha onde somente os mais estribados tem acesso. 

   Sua administração é caracterizada pelo: Aumento no valor dos ingressos (a alegação que tem apresentações gratuitas é papo furado, essas são somente no Domingo de manhã vez ou outra e com orquestras e solistas de segundo escalão, o filé mignon fica somente para os ricaços), fim do ingresso da hora, cobrança absurda do estacionamento em um terreno público, perda de milhares de assinantes, programação repetitiva, contratação de solistas estrangeiros em detrimento dos artistas nacionais mesmo tendo eles mesmo nível, excursões pelo exterior com a OSESP ao invés de apresentar a orquestra aos brasileiros, contratação de regentes titulares caros e que pouco se interessaram pela orquestra vide Yan Pascal Tortelier e Marin Alsop.

Por essas e por outras que defendemos novas ideias no que já foi a melhor orquestra do Brasil,  hoje vejo a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais como a número um.

Ali Hassan Ayache 

Comentários

  1. Exagerado seu comentário, não acha? Diretores artísticos que AMAM seu trabalho são raros, o que não quer dizer que sejam perfeitos aos olhos de todo o mundo... A OSESP criou excelência "all over the world", em suas apresentações, e..."sorry"...mas compará-la à de MG é, digamos, ousado. Sua visão é míope?

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    1. Osesp está pior do que era com Neschling, voce que é míope.
      10 anos de atraso com o sr "swarowski".

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  2. Uma das poucas coisas em que críticos da revista Concerto e nós do blog Ópera e Ballet concordamos é que a Filarmônica de Minas Gerais é hoje a melhor orquestra do Brasil. Orquestra melhor é a que toca melhor, simples assim e qualquer pessoa com ouvido musical percebe a diferença entre as duas bandas, escutamos ao vivo ambas e percebemos no conjunto mineiro melhor afinação, maior precisão rítmica, clareza muito maior das texturas orquestrais, contrates mais acentuados de dinâmica, não tem um naipe que pode-se dizer é um ponto fraco na Filarmônica de MG, etc. A única coisa que a administração da OSESP ainda faz melhor é propaganda, enganosa por sinal, ainda convencendo muito incautos de que essa banda paulista é tão boa quanto foi em tempos de um passado recente.

    Isaac Carneiro Victal.

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  3. Sem dúvida nenhuma, podemos ver e ouvir a OFMG em nível que se aproxima da OFBerlim de Carajam. Não discordo da administração, mas é necessário que, a exemplo da Filarmônica de Minas Gerais, se adote um titular competente e permanente, que dote a OSESP de uma característica única, uma identidade que a diferencie, sem a necessidade de contratar titulares que atuam por tempo determinado e curto. Contratar maestros e solistas no exterior como titulares, é desprezar os que o Brasil tem e, acreditem, o Brasil realmente tem, sendo prova disso o próprio Mechetti, Cruz, Carlos Moreno, e outros a quem não se dá oportunidade, mas estão por aí, e alguns conseguem ser vistos atuando no exterior. Que a OSESP perdeu a qualidade progressiva que vinha alcançando com Neschling é lamentavelmente constatável, e nos que o seguiram, verdadeiros turistas do ocaso, não vemos permanência suficiente para manter a OSESP em nível desejável, o que é de lamentar. Hoje, se quisermos assistir Orquestras de altíssima qualidade, temos a OFMG e algumas das melhores Orquestras da Europa, enquanto torcemos pela revigoração da nossa estimada e querida OSESP.

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  4. A escolha de nestrovski para " diretor musical" é bizarra. Ele NUNCA foi diretor artistico, NUNCA trabalhou com orquestras... Enquanto tínhamos nomes excelentes para isso. Lembro que ele entrou falando que queria aprender muito... então comece na academia da osesp!! Essa figura lamentável, sr swarovski(o falso brilhante, apelido dado pelos musicos da Osesp), é vaidoso e égolatra, não acrescente nada... o Unico que merece respeito nessa direção é o Marcelo Lopes. E agora temos 10 anos com essa panelinha nojenta, swarovski e seus amiguinhos(uma legião de puxa- sacos, entre celebridades e jornalistas). FORA nestrovski, queremos um diretor artistico de VERDADE.

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